Que futuro para a Fórmula 1?

Por a 31 Março 2017 11:04

A FIA e os seus ‘convidados’ discutem hoje o futuro da Fórmula 1. Estão presentes as equipas, construtores de motores, acionistas, e alguns convidados extra, de modo a que, caso as suas administrações entendam rumar à F1, pelo menos já participaram nas decisões que venham a ser tomadas. É o caso da Audi, mas não só…

A discussão vai ser muito centrada nos motores, estando em cima da mesa a discussão do World Racing Engine, a base de um motor comum a diversas categorias, sendo a principal razão o controlo de custos. Caso avance, esta motorização-base será utilizada na F1, com sistemas híbridos, WEC, WRC, WorldRX, F2, F3, etc, sendo que poderá ser adequado a cada uma das disciplinas. Obviamente, nesta fase certezas é ‘coisa’ que não há pois quase tudo pode acontecer, pois como se sabe há muito os interesses de cada um são muito díspares. Por exemplo, fala-se num motor quatro cilindros em linha de dois litros. Bem sabemos o que pensa a Ferrari disso, mas como Sergio Marchionne já admite ir para a Fórmula E, então a posição da Ferrari pode estar a mudar…

A redução de custos será um objetivo claro, pois com o atual estado das coisas o mais natural é a F1 perder mais equipas, como nos últimos anos, e apesar de haver sempre a possibilidade de alargar as equipas que forem ficando, a três carros, ninguém quer ver cinco ou seis equipas apenas… com três carros cada uma.

Logicamente a discussão vai dar ‘pano para mangas’, pois houve coisas que correram bem nesta nova era híbrida que nasceu em 2014, outras nem por isso, neste momento está a começar uma nova grande mudança, há coisas boas, já se começam a identificar outras menos boas. Enfim, é cíclico, é sempre assim e o que se espera é que as decisões sejam boas, para que se possa ter uma melhor F1. O Presidente da FIA Jean Todt insiste que a Fórmula 1 tem que viver em harmonia com a indústria automóvel, com as novas tendências, mas estas estão também a mudar imenso, e cada vez mais rapidamente: “Acho que os F1 são hoje em dia demasiado sofisticados, têm demasiada tecnologia, que não é necessária no desporto. É um ponto sensível, pois se por um lado o desporto motorizado está a evoluir, não faz muito sentido que a F1 não seja o pináculo da tecnologia. Não vou ao exagero de pensar em carros autónomos para a F1, mas é isso que o mundo está a encarar para a mobilidade, com eletrónica e unidades motrizes completamente diferentes. Portanto, temos que ver qual é a melhor forma de traduzir isso para o desporto motorizado, em particular para a F1” disse Todt. Basicamente, o problema é que as unidades motrizes da F1 são um ‘exagero’ de sofisticação e isso fez com que tenham existido grandes margens entre os diversos fabricantes, porque uns trabalharam bem e outros nem por isso, e isso não é bom para a F1.

Portanto, agora que se vai falar de novos motores, todos vão ter muito cuidado com o que decidem, não só em termos de custos, como também vão pensar no espetáculo.

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4 Comentários
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Não me chateies
Não me chateies
7 anos atrás

Porque não dar mais liberdade na escolha do tipo de motor? Não inventem alguma que algum dia temos ver corridas de clássicos, experimentem substituir os pilotos por computadores e vão ver o resultado.

2fast4u
2fast4u
7 anos atrás

Não acho que o problema da F1 passe necessáriamente pelos motores. É um assunto muito complicado, porque na verdade se a F1 deve ser onde surgem os conceitos mais inovadores, tendem a manipular demasiado o comportamento dos carros, e como diz Jean Todt caminha-se no sentido ridículo de ter um F1 em pista sem ninguém sentado lá dentro. Não me parece que a solução passe por fazer da F1 um troféu monomarca, com motores de base, mas tem de haver necessáriamente um corte significativo nos sistemas eléctricos, que minam os carros de hoje em dia. Isto é muito simples: dá… Ler mais »

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7 anos atrás

Liberdade de escolha e de oferta , até á alguns anos quem jaó se lembra de haver vários motores de cliente como os Ford cosworth ou os Hart. Bem como vários fornecedores de pneus, a formula 1 esta cada vez mais mono marca. Deve se de impor limites por motivos de orçamentos e assim tentar igualar um pouco mais as equipas e permitir o aparecimento de novas . Recordo com saudade os anos 70 e 80

Não me chateies
Não me chateies
7 anos atrás

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