Baja de Portalegre nasceu há 27 anos pela mão do Clube Aventura

Por a 22 Outubro 2015 14:52

Completa-se este ano a 29ª edição da Baja de Portalegre, um evento que nasceu em junho de 1987, no então chamado Rali Maratona de Portalegre – Finicisa, que deu o pontapé de saída para as competições de todo-o-terreno em Portugal. Sem nunca deixar o seu berço, a menina dos olhos de José Megre não mais parou de crescer e evoluir, sendo justamente considerada a prova rainha da modalidade e uma das mais participadas de todo o calendário nacional e internacional – chegando em várias edições a juntar mais de 700 concorrentes!

Verdadeiro motor de um campeonato que chegou a ser considerado o melhor do mundo, Portalegre mantém ainda hoje um carisma que nem mesmo a mundialista Baja 1000 conseguiu alguma vez igualar. Ponto de partida para muitas carreiras, foi o palco de alguns dos mais épicos duelos da história da modalidade, de vencedores e campeões imprevisíveis, de banhos de lágrimas, de champanhe e também de verdadeiros dilúvios! Desde a primeira hora, foi também a mais acarinhada pelo público e a preferida dos concorrentes. Muitos deles ainda hoje afirmam: “Se é em Portalegre, então tudo pode acontecer!”. E assim acontece, ininterruptamente, já lá vão 27 anos…

HISTORIAL DA PROVA

2014 – Em 2014 a vitória na Baja Portalegre 500 valeu o título nacional de TT a Ricardo Porém, isto depois de quatro pilotos terem passado pela liderança ao longo da prova. Nasser Al-Attiya foi o primeiro líder, mas depressa perdeu a primeira posição no segundo dia para Filipe Campos. No primeiro controlo horário do segundo Sector Selectivo o brasileiro Reinaldo Varela era o mais rápido, com Porém logo atrás, panorama que se repetia no CP2. Contudo, a tirada terminou com João Ramos a garantir a melhor marca. Com as decisões adiadas, só no último SS é que Porém conseguiu saltar para a frente, passando o seu principal Miguel Barbosa, que acabou por terminar na quarta posição da geral, atrás de Al-Attiya, segundo, e de Varela, terceiro, e com Campos a fechar o Top 5. Enquanto isso, o russo Vladimir Vasilyev terminava na sexta posição, o bastante para garantir o título da Taça do Mundo de Ralis de Cross Country. Já nas motos, a vitória foi para Mário Patrão, que assim garantiu o título nacional, bem como o recordista de vitórias na prova do ACP e também no que toca a ceptros. Nos UTV o triunfo ficou a cargo de João Lopes, enquanto Ricardo Carvalho foi o melhor entre os Quads e Bruno Martins foi o grande vencedor nos Buggy.

2013 – A 27ª edição da clássica alentejana foi totalmente dominada por equipas polacas. Krysztof Holowczyc, em Mini All4 Racing, venceu pela segunda vez em Portalegre e conquistou a Taça FIA de Bajas. O seu compatriota, Martin Kaczmarski, em carro igual e navegado pelo português, Filipe Palmeiro, ficou em segundo. Neste ano a chuva não apareceu mas não foi por isso que as equipas não sentiram as dificuldades tradicionais desta prova. Pedro Grancha foi imune a problemas e acabou como melhor português, no último lugar do pódio. Nas motos, a triunfo de Mário Patrão foi renhido como nunca. O piloto sagrou-se campeão nacional com um triunfo garantido pela diferença de apenas um segundo para António Maio. Pedro Afonso fechou o pódio. Nos quads, André Carita foi o mais forte e nos UTV Buggys Nuno Tavares estreou-se a vencer.

2012 – Emoções fortes até ao cair do pano, com o checo Miroslav Zapetal a disparar da terceira posição que ocupava aquando da passagem pelo último ponto de controlo para a liderança da prova. Zapetal anulou os quase 13 minutos de atraso para ganhar com 34 segundos de vantagem sobre Rui Sousa, com Boris Gadasin a cair de primeiro para terceiro. Nas motas a glória foi para António Maio, com Mário Patrão a terminar a mais de oito minutos e Hélder Rodrigues a fechar o pódio. Nos Quads, vitória de Roberto Borrego, seguido de Rui Cascalho e André Mendes.

2011 – Mais de 600 participantes nas comemorações das Bodas de Prata da competição. Depois de um verdadeiro recital no último SS, Filipe Campos impôs-se nos automóveis, batendo Helder Oliveira por 2m41s e Miguel Barbosa por 2m53s. Com este resultado Filipe Campos tornou-se assim no recordista de vitórias na mais mítica das provas nacionais de todo-o-terreno. António Maio impôs-se nas motos, Roberto Borrego nos quads, Jorge Monteiro nos UTV e os irmãos Porelo nos Buggy.

2010 – Kryzstof Holowczyc, na Taça FIA de Bajas, e Filipe Campos, no Campeonato Nacional, acabaram por ser os pilotos com maiores motivos para festejar no final da 24ª edição da Baja BP Ultimate Portalegre 500, corrida sob difíceis condições atmosféricas, com a chuva a tornar a tarefa dos concorrentes ainda mais dura. O polaco juntou ainda a vitória na prova, garantindo o seu primeiro sucesso em Portugal. Nas motos venceu António Maio.

2009 – Quarta vitória para Filipe Campos (auto) e Mário Patrão (moto) em Portalegre.

2008 – Estreia mundial do novo Mitsubishi Racing Lancer que, através de Stéphane Peterhansel e Jean Paul Cottret, dominou a prova. Vitoriosos também – António Maio (motos) e Rui Mendes (quad), numa prova onde à partida alinharam 90 autos, 87 motos e 57 quads.

2007 – Numa prova disputada sem chuva e com muito pó, destaque para a terceira vitória de Miguel Barbosa, desta vez ao volante de um BMW X5, e ainda para o domínio de António Maio e Vítor Santos em Moto e Quads, respectivamente.

2006 – Alinharam 114 Autos, 127 Motos e 84 Quads. Domínio do espanhol Marc Blazquez. Nas motos, Mário Patrão foi o mais rápido e nos Quad seria Luis Engeitado quem levaria a melhor.

2005 – Com a presença das equipas oficiais da VW (Carlos Sainz, Bruno Saby, Jutta Kleinschmidt e Mark Miller) e da Mitsubishi (Hiroshi Masuoka e Luc Alphand), a prova foi disputada sobre péssimas condições meteorológicas, com a vitória a ser entregue ao francês da Mitsubishi. Nas motos a vitória foi para Mário Patrão. Nos quads o triunfo pertenceu a Rui Fernandes

2004 – A presença de Colin Mcrae, numa Pick Up inscrita pela equipa oficial da Nissan, trouxe a Portalegre mais de 250 mil espectadores, segundo dados da Guarda Nacional Republicana. Apesar da excelente réplica oferecida por Carlos Sousa, o Campeão do Mundo de Ralis em 1995 vence na estreia. Nas motos, primeira de três vitórias consecutivas para Mário Patrão.

2003 – A 17ª Baja Anta da Serra 500 Portalegre continua com um esquema de 3 Sectores Selectivos, adoptando o último a designação de “Epílogo”. Decisiva para a atribuição do título absoluto, a prova alentejana revela-se dramática para Rui Sousa, a quem bastava pontuar para se sagrar Campeão Nacional. Obrigado a vencer, Miguel Barbosa não desperdiça a oportunidade, num final tão emocionante quanto inesperado.

2002 – Já integrada na Taça FIA de Bajas, Portalegre regressa ao Campeonato Nacional mas com o estatuto de prova “Joker”, numa das edições mais participadas desde o seu início: 150 automóveis, 150 motos e 60 quads.

2001 – Na edição deste ano foi introduzido o sistema de 3 sectores selectivos, sendo o primeiro disputado após a realização do prólogo. A edição deste ano não contou para o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, mas candidatou-se à então criada Taça FIA de Bajas

2000 – A prova não foi pontuável para o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (Auto). Paulo Barbosa torna-se no primeiro vencedor da categoria Quad.

1999 – A Adega Cooperativa do Redondo passa a ser o patrocinador principal da prova, que passa a designar-se Baja Porta da Ravessa/500 Portalegre. O Clube Aventura abandona o esquema tradicional de prova em linha, passando a prova a dividir-se em dois Sectores Selectivos com uma neutralização pelo meio;

1998 – Filipe Campos vence pela primeira vez em Portalegre e sagra-se Campeão Nacional Absoluto com a estreante equipa oficial da Toyota.

1997 – 11ª Baja Galp 500 Portalegre – Mudança do nome da prova, numa edição onde só se disputaram 182 Km, em 2 Sectores Selectivos, fruto das más condições atmosféricas que se fizeram sentir na prova.

1996 – Apesar de ser uma prova internacional para as motos desde o primeiro ano, só nesta edição acontece a primeira vitória de um piloto estrangeiro, por intermédio de Richard Sainct. Logo no ano seguinte, o compatriota Alain Perez repete o feito.

1995 – Richard Sainct torna-se no primeiro estrangeiro a vencer nas duas rodas.

1994 – João Vassalo oferece à Mitsubishi o seu primeiro triunfo em Portalegre, após bater a Nissan de Francisco Esperto.

1993 – Tomaz Mello Breyner torna-se no primeiro piloto a bisar nos automóveis, repetindo o triunfo da anterior edição.

1992 – António Lopes torna-se no primeiro piloto, desde que a categoria de motos passou a ser feita por um piloto apenas, a vencer a prova por três vezes.

1990 – É nesta quarta edição que se atingem os máximos de 250 carros e 450 motos à partida. Nas duas rodas, a participação passa a ser só para um piloto. Duarte Guedes é coroado vencedor num Nissan Terrano V6.

1989 – Sob o nome 500 km Cerveja Sagres Portalegre, a prova foi disputada numa única volta, num percurso de 500 km de extensão. Apenas dez por cento dos concorrentes atingem o final.

1988 – Nesta segunda edição, o percurso teve duas voltas sem interrupções a um circuito com 400 km. Nos automóveis, os UMM Alter Turbo fizeram o pleno no pódio, de resto, tal como no ano seguinte, enquanto António Lopes assinava o seu primeiro de quatro triunfos nas duas rodas.

1987 – Realizou-se a primeira edição da prova sob o nome de Rali Maratona de Portalegre – Finicisa. Com base na cidade de Portalegre, a prova decorreu num circuito de 400 km, percorrido por duas vezes e sem quaisquer interrupções. Cerca 100 carros e outras tantas motos estiveram à partida desta primeira edição, marcada por fortes chuvadas. António Bayona e José Costa, num Mitsubishi Pajero, inauguraram a lista de vencedores nos automóveis, enquanto nas motos (aberta à participação de dois pilotos) o triunfo foi para a Aprilia RX 250 de Paulo Marques e Marques Carvalho;

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