WRC: Uma tradição a que nem Sébastien Loeb resistiu…


Como se ganha um campeonato, sem, sequer, tentar? Tommi Makinen ganhou quatro títulos consecutivos, mas, em 1998, foi campeão e deu o título à Mitsubishi no Rali da Grã-Bretanha com muita sorte.

Foi campeão depois de se ter despistado e de estar já a caminho de casa na Finlândia, desiludido. Makinen foi para Inglaterra, a última prova do campeonato, com dois pontos de vantagem sobre Carlos Sainz. Portanto, quando o finlandês deu um toque no troço de Millbrokk, desfazendo a suspensão traseira do Lancer, Sainz ficou com o caminho aberto. Mas, no último troço, o motor do Toyota de Sainz enfrentou problemas já no final da especial, mas ainda com a ligação para fazer até ao controlo final.

E não era apenas a sorte de Makinen que tinha virado, a da Mitsubishi também tinha já que o construtor japonês tinha partido com quatro pontos de atraso para a Toyota no campeonato de Marcas. Mas quando começou a sair um estranho fumo do escape do Toyota, tudo estava acabado.

No ano seguinte, foi a vez da Toyota ter sorte quando os pontos suplementares ganhos nos troços televisionados da Córsega e Finlândia lhe renderam o título frente à Subaru.

Sainz, já campeão em 1990 e 1992 nunca mais ganhou nenhum título na sua carreira e tornou-se um dos membros do estranho clube dos “0 e 2”.

Do mesmo clube também fazem parte Walter Röhrl, campeão em 1980 e 1982 e depois disso sem mais títulos, tal como Marcus Gronholm, campeão em 2000 e 2002 e com zero títulos depois daí para a frente.

Na altura, alguém se lembrou de avisar Sébastien Loeb para se divertir enquanto podia… pois ele tinha vencido em 2010 e foi também campeão em 2012.

Se a tradição se mantivesse, nunca mais iria ser campeão. E não é que a tradição se manteve mesmo…

Ativar notificações? Sim Não, obrigado