Missão cumprida!

Por a 25 Dezembro 2007 20:16

Tudo tem o fim e a carreira de Marcus Gronholm no Mundial de Ralis esgotou-se no último Rali de Gales onde perdeu a possibilidade de chegar ao seu terceiro título. Mas, com ceptro ou sem ele, o “gigante” finlandês pode dormir tranquilo. Deixou uma marca profunda na história do Campeonato do Mundo de Ralis…

No ano em que desapareceu um dos maiores vultos do Mundial de Ralis, Colin McRae, outro, Marcus Gronholm, decidiu fechar as portas…ao sucesso! Após 18 anos de carreira e após se tornar um dos mais bem sucedidos pilotos de todos os tempos na disciplina, o piloto finlandês, nascido em Espoo a 5 de Fevereiro de 1968, decidiu pousar o capacete e arrumar as luvas. No seu currículo ficam gravadas 30 vitórias e 83 pódios, para além da passagem oficial por cinco equipas oficiais – Toyota, Seat, Mitsubishi, Peugeot e Ford, na maior parte dos casos muito bem sucedidas.

Após uma apurada herança genética, Gronholm começou a despertar as atenções dos principais responsáveis das equipas do Mundial de Ralis no início da década de 90. Ove Andersson foi o primeiro a dar-lhe uma possibilidade num gesto que o finlandês não esquece: «a minha carreira começou verdadeiramente na Toyota quando o agora retirado director da Toyota Team Europe me deu a oportunidade de mostrar o que eu poderia fazer no Rali da Finlândia com um carro competitivo. Provavelmente, sem esse voto de confiança a minha carreira nunca teria chegado tão longe».

Anos de ouro na Peugeot

Mas, efectivamente, chegou e foi com a passagem para a equipa da Peugeot que começou a afirmar-se e a bater-se com os nomes grandes da sua geração como Carlos Sainz, Juha Kankkunen, Tommi Makinen, Colin McRae ou Richard Burns. Ao volante dum carro onde quase tinha que se comprimir para caber – o 206 WRC -, o “mágico” (nome por que ficou carinhosamente conhecido na estrutura francesa) alcançou 12 triunfos e, mais importante que isso, dois títulos de Pilotos em 2000 e 2002. Portanto, uma época de ouro onde afirma ter vivido «o melhor momento da carreira quando garanti o meu primeiro título mundial, numa sensação incrível».

Um ponto alto na carreira apenas interrompido, entre 2004 e 2006, pelo menor sucesso do Peugeot 307 WRC com que, em 32 ralis, apenas conseguiu conquistar três triunfos. Mas o destino havia de compensar o seu azar e com enorme engenho e talento, Gronholm regressou à “crista da onda” em 2006 quando assinou um contrato de dois anos com a equipa BP Ford para guiar o Ford Focus WRC06 e 07, numa ligação que enche o piloto de orgulho: «A Ford deu-me as minhas últimas 12 vitórias no Mundial, sete das quais no primeiro ano e cinco no segundo, triunfos que em muito contribuíram para a conquista do duplo Campeonato de Marcas. Por isso só posso estar grato à equipa BP Ford pelos fantásticos dois anos que me proporcionou e, obviamente também, lamentar os dois pequenos erros que me custaram o título de Pilotos este ano. A verdade é que, actualmente, quanto mais penso no Rali do Japão e da Irlanda, mais me convenço que tenho que corrigir o discurso e passar a dizer ‘grandes erros’ e não ‘pequenos erros’».

Parar era agora!

Certo é que independentemente das suas falhas, Gronholm tinha já anunciado que iria abandonar os ralis antes de perder o título para o seu maior rival nas últimas temporadas, Sébastien Loeb, numa decisão que classificou de muito complexa: «Os ralis fazem parte da minha vida há muitos anos, mas chegou a altura de colocar um ponto final. Quis parar enquanto ainda tenho velocidade para ganhar ralis. Não quis deixar a decisão para demasiado tarde, numa altura em que já não conseguisse vencer. Discuti o assunto longamente com a família e a decisão permitir-me-á passar mais tempo com a minha mulher e os meus três filhos que, ao longo da minha carreira, sempre me deram todo o apoio». Mas a grande questão é: será esta uma decisão mesmo irrevogável?

«Desde que a tomei, todos os dias penso em mudar de ideias. Aliás, quando informei o Malcolm Wilson disse-lhe que talvez lhe telefonasse no dia seguinte a dizer que mudara de ideias! Mas, de facto, esta é a altura certa e não estou arrependido da decisão tomada», declara o piloto. Neste contexto e a avaliar pelas suas palavras será difícil ver o segundo piloto com mais vitórias de sempre no Mundial de Ralis à regressar a actividade nesta disciplina: «não estou a pensar em regressar em 2008 e nem tenho pensado no Dakar como vários pilotos que se retiraram do Mundial.

Talvez no futuro isso possa acontecer, mas, de momento, as prioridades são mesmo a família, os negócios e a minha quinta». E se, de facto, assim for, resta saber se o seu filho, Nicolas, actualmente, com 11 anos, poderá um dia seguir as pisadas do pai. Para Gronholm, «essa é uma decisão só dele e nem o estou a pressionar nesse sentido, mas se quiser experimentar teremos que avaliar a situação nesse momento». Depois de Ulf e Marcus…Nicolas Gronholm? Soa bem…

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