Luzes, câmara…acção!

Por a 29 Março 2007 20:51

Num palco atestado por uma moldura impressionante no Estádio Algarve, o Vodafone Rali de Portugal arrancou sob bons auspícios para Marcus Gronholm. O mais experiente dos “finlandeses voadores” parece já ter criado “asas” e começado a voar baixinho

Sob apoteose. Foi assim que arrancou a 41ª edição do Vodane Rali de Portugal com a realização, ontem ao final da tarde, da super especial do Estádio do Algarve. Num espectáculo de cor, luz e soberba intensidade humana, foi servido o “aperitivo” da prova que, tal como se previa, serviu para levar ao rubro os cerca de 17 mil espectadores que marcaram presença no recinto e, tão importante como isso, para identificar Marcus Gronholm como o primeiro líder do rali.

Depois de uma actuação brilhante mas à qual nem faltou uma leve “mancha” traduzida numa ligeira saída de ?pista, o finlandês do Ford Focus WRC06 colocou toda a concorrência em sentido, deixando o sério aviso à navegação de que veio disposto a alcançar a sua terceira vitória em Portugal e a manter a liderança do Mundial. Ao ser mais rápido 2,3 segundos que Daniel Sordo no segundo Citroen C4 WRC oficial, numa pista de asfalto que está longe de reunir as suas preferências, o piloto da equipa BP Ford não conseguiu (nem tal seria de esperar) uma vantagem confortável para encarar o “handicap” de hoje abrir a estrada de forma despreocupada, mas revelou que a sua determinação está em alta, ao mesmo tempo que deu o primeiro golpe de rins no favoritismo que repartia com Sébastien Loeb e, talvez de forma mais optimista, com Mikko Hirvonen, Daniel Sordo e Petter Solberg.

Num percurso que se revelou demasiado sinuoso (a média alcançada pelo finlandês não foi superior aos 60 km/h), a verdade é que poderá ser falacioso tirar ilacções objectivas dos resultados já que facilmente se conclui que os 2,03 km de extensão que a super especial do Estádio Algarve apresentava, não representavam mais do que ?gota? no “oceano” que será o rali (são apenas 1,7 por cento do percurso total cronometado), ainda por cima numa tipo de piso que não corresponde ao verdadeiro código genético da prova.

Loeb e companhia à defesa

Mas se Gronholm e até Sordo, estiveram em alta, Loeb, Solberg e, sobretudo, Hirvonen, respectivamente, terceiros (o francês e norueguês terminaram com o mesmo tempo) e quinto classificados, deixaram os espectadores do complexo algarvio algo frustrados com actuações talvez menos brilhantes, mas seguramente mais previdentes e sempre com a consciência de que qualquer pequeno erro (e um excesso na ponte era tão fácil de cometer!) poderia transformar-se num verdadeiro pesadelo e hipotecar qualquer veleidade que pudessem ter quanto à ocupação do lugar mais alto do pódio no próximo domingo. Mas se a primeira super especial do Vodafone Rali de Portugal viveu muito do espectáculo, o italiano Gigi Galli assumiu uma quota-parte importante neste capítulo. Mesmo se apenas conseguiu ser o oitavo mais rápido, ex-aequo com Daniel Carlsson, o piloto do Citroen Xsara WRC tornou-se o verdadeiro ?one man show? quando já depois de concluída a classificativa saiu do carro em andamento, mostrando, para gáudio do público, a camisola da selecção portuguesa que tinha vestida por cima do fato de competição! Numa atitude surpreendente, o italiano conquistou já seguramente e até ao final do rali, a simpatia dos portugueses.

Armindo ganha confiança

Debaixo de todas as atenções arrancou Armindo Araújo que não se deixou abater pela pressão a que ficou ainda mais sujeito depois do infeliz acidente protagonizado no ?shakedown?. Averbando o 16º registo, o mesmo tempo efectuado por Matthew Wilson, a 8,1 segundos da marca conseguida por Gronholm e perdendo praticamente um segundo por quilómetro para Toni Gardemeister que com um Mitsubishi Lancer WRC05 semelhante ao seu será, durante todo o rali, o seu ponto de referência, o piloto português privilegiou o espectáculo em detrimento do cronómetro. Procurando, sobretudo, recuperar a confiança no WRC japonês que pela primeira vez guia numa prova do Mundial, Araújo deixou claro que poderá ter uma adaptação mais difícil do que inicialmente se poderia prever, mas que, não serão essas dificuldades que lhe retirarão o ?fôlego? para tentar brilhar lá mais para o final do rali.

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