ERC, Rally Serras de Fafe-Felgueiras-Cabreira e Boticas: A primeira de Nil Solans

Por a 14 Março 2022 10:44

Depois de ter guiado para a Skoda e Hyundai no ERC foi com a Volkswagen que Nil Solans obteve o seu primeiro triunfo na competição, depois de dominar o Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Cabreira e Boticas. Armindo Araújo venceu destacado o CPR e ainda alcançou o 2º lugar no ERC, num fim de semana em que esteve brilhante.

Portugal recebeu mais uma vez o evento de abertura do ERC, este ano com o Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Cabreira e Boticas, uma prova que acabou marcada por condições climatéricas bastante difíceis. Como esta era também a primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis, os pilotos nacionais focaram-se muito mais na competição lusa, e a liderança no ERC esteve sempre entregue a um dos concorrentes do forte contingente estrangeiro em que também militaram muitos pilotos do WRC2 que usaram esta participação como preparação para o Rali de Portugal.

A prova organizada pela Demoporto teve início com uma super-especial que teve como palco a cidade anfitriã na noite de sexta-feira, e aí o mais rápido foi o checo Erik Cais (Ford Fiesta R5 MkII), na frente de Miguel Correia (Skoda Fabia Rally2 Evo) e do húngaro Miklos Csomos (Skoda Fabia R5). No entanto, com a chegada, na manhã de sábado, dos troços cronometrados ‘normais’, o escalonamento rapidamente se transformou.

A partir daí quem tomou conta dos acontecimentos foi Nil Solans (VW Polo GTi R5), que venceu dois dos quatro troços da manhã, assumiu o comando na PE 2 e não mais o deixou. Solans apenas venceu quatro das 15 PE, mas rapidamente se distanciou dos adversários. No final da primeira manhã já tinha Georg Linnamäe (Volkswagen Polo GTI R5) a 28.8s, e no final do dia a 1m44.4s.

Para além do topo da classificação, também os restantes lugares do pódio estiveram desde cedo quase atribuídos. Logo após a PE 3 o estoniano Georg Linnamae passou ao segundo posto e Armindo Araújo assumiu a posição imediata. O piloto português ainda tentou, numa primeira fase, ultrapassar o seu adversário mas, tal como aconteceu com o vencedor, também Linnamae foi, aos poucos e com três triunfos em especiais, ganhando vantagem, chegando a deter um avanço superior a 20s, que manteve até sensivelmente o meio da segunda etapa.

Contudo, Armindo Araújo não baixou os braços, voltou a forçar um pouco o andamento e passou mesmo para o segundo lugar, numa fase em que o seu adversário mais direto se queixava dum mau comportamento do seu carro. A juntar ao triunfo no CPR, Armindo Araújo ainda assegurou o 2º lugar na prova do ERC.

Também com um Skoda Fabia Rally2 Evo, Javier Pardo realizou uma prova em crescendo. O espanhol teve um mau arranque, pois errou na super-especial, mas rapidamente recuperou desse atraso pois após a primeira classificativa de sábado era já sexto classificado. Não demorou muito para que subisse à quarta posição em que terminou, um resultado que premeia uma boa atuação pois venceu dois troços.

Percurso ascensional quase idêntico foi realizado pelo italiano Alberto Batistolli que, dispondo de um Skoda Fabia Rally2 Evo, foi 15º no troço inaugural e acabou por voltar a Fafe no quinto lugar após muita regularidade.

Logo atrás terminou Bruno Magalhães (Hyundai i20N Rally2). O piloto de Lisboa cedo afirmou que este seria um rali para afinar o seu carro, e numa prova cumprida sob condições tão difíceis, apostou numa toada defensiva. Já com o piso em melhores condições, subiu posições e acabou mesmo por terminar no sexto posto. O letão Martins Sesks foi sétimo com o Skoda Fabia Rally2 Kit, claramente o melhor no ERC Open apesar de ter sentido algumas falhas no carro.

No top 10, terminaram também José Pedro Fontes, oitavo, e Ricardo Teodósio, nono. O piloto do Citroën C3 Rally2 teve uma má escolha de pneus e atrasou-se cedo, enquanto o campeão nacional conheceu algumas dificuldades com o Hyundai i20N Rally2, na manhã de sábado, com que chegou a rodar só com tração dianteira.

A encerrar o ‘top 10’ ficou o húngaro Miklos Csomós. Líder na PE1, o checo Erik Cais acabou por desistir uma vez em cada etapa. Abandonou, após duplo furo, após a PE 3, e ainda na PE 17 com a suspensão do Ford Fiesta R5 MkII danificada. Um rali azarado para o checo.

A passagem por Fafe não será para recordar por nenhum dos restantes candidatos à conquista do título em 2022. Efren Llarena partiu o radiador do seu Skoda Fabia Rally2 nos quilómetros iniciais e perdeu muito tempo. Recuperou muitas posições mas não foi além do 12º lugar final.

O húngaro Norbert Herczig ficou fora de prova após a penúltima classificativa e Simone Campedelli teve uma roda partida na PE 7. Na ida ao norte do país apenas Llarena somou um ponto.

O ERC regressa à estrada dentro de pouco mais de uma semana nos Açores.

CLASSIFICAÇÃO

1º Nil Solans/Marc Marti (VW Polo GTi R5) 2h01m13,9s

2º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally 2 Evo) a 55.7s

3º Georg Linnamae/James Morgan (VW Polo GTI R5) a 59.5s

4º Javier Pardo/Adrián Perez (Skoda Fabia Rally Evo) a 2m56.2s

5º Alberto Battistolli/Simone Scattolin (Skoda Fabia Rally2 Evo) a 3.32.6s

6º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20N Rally2) a 6.53.3s

7º Martins Sesks/Renars Francis (Skoda Fabia Rally Evo) a 8.55.2s

8º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Raly2) a 9.24.7s

9º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2) a 9.29.5s

10º Miklos Csomos/Attila Nagy (Skoda Fabia Rally2 Evo) a 9.58.6s

11º Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally2 Evo) a 10.19.1s

12º Efren Llarena/Sara Fernandez (Skoda Fabia Rally 2 Evo) a 11.33.7s

Por João Faria

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