Hopkins e Kawasaki abriram “silly season” no MotoGP

O piloto norte-americano John Hopkins deixará a Suzuki no final da temporada para ingressar na Kawasaki, onde vai ganhar quatro milhões de euros anuais. O facto do norte-americano levar consigo o seu patrocinador, as bebidas Monster e a indecisão de Loris Capirossi, que hesitou em aceitar o convite que lhe foi endossado, foram factores decisivos para o acordo. Este contrato abre as hostilidades no mercado de pilotos, provocando uma autêntica dança de equipas e pilotos, existindo já muitos cenários prováveis para a próxima época.

Lorenzo no MotoGP

Por exemplo, já está garantida, embora falte ainda o anúncio oficial, a passagem para o MotoGP de Jorge Lorenzo. O espanhol vai pilotar uma Yamaha, mas numa equipa distinta da de Valentino Rossi. O veterano Capirossi continua indeciso, garantindo que a sua primeira é a Ducati, assumindo como alternativas ou a Kawasaki, ou a Suzuki. No entanto, os mais recentes rumores apontam para que o italiano aceite mesmo a proposta da “Kawa”, como segundo piloto, com Randy de Puniet a manter-se na equipa, mas com uma moto na versão de 2007.

A saída de Hopkins da Suzuki surpreende pelo facto do norte-americano, que ambicionava há seis longos anos ter uma moto competitiva, bater com a porta quando parecia ter entre mãos uma moto nessas condições, capaz de lhe proporcionar lutar pelas vitórias. O problema parece ser o mau relacionamento com o director da equipa, Paul Denning – razão pela qual também Chris Vermeulen poderá abandonar a marca de Hamamatsu. O australiano foi mesmo já oferecer-se à Ducati.

Se se confirmarem estes rumores, no final do ano existirão duas Suzuki oficiais livres. E candidatos é coisa que não falta: Marco Melandri, Capirossi, Andrea Dovizioso e Alex De Angelis estão na primeira fila, com os dois primeiros em vantagem.

As equipa satélite

Entretanto, a mais que provável saída de Melandri da Honda-Gresini, pois sabe-se que o italiano tem um pré-acordo com a Ducati, necessitando “apenas” de apresentar resultados, poderá abrir as postas da equipa italiana a De Angelis. Porém, também aqui ainda não existem certezas e há quem garanta que o mais provável é que a escolha seja James Toseland, actual líder do Mundial de Superbikes, no caso de Toni Elias se manter na equipa.

Na equipa satélite Ducati-D’Ántin, Alexandre Barros deverá continuar em 2008, mas ao seu lado poderá estar um destes pilotos: Dovizioso, De Angelis, Toseland, Nakano ou Tamada.

Por sua vez, na Honda-Cechinello também se prevêem mudanças radicais, já que dificilmente Carlos Checa e Nakano continuarão na equipa italiana satélite da Honda.

Finalmente, cresce cada vez mais o interesse em que as marcas oficiais, como a Honda, Yamaha e Ducati, se apresentem em 2008 com equipas de três motos. Isso aumentaria o número de pilotos nas grelhas de partida para 24, sendo ainda de referir que, neste particular, a Kawasaki está mais determinada que a Suzuki em aceitar correr com três motos no próximo ano. A ser assim, o mercado de pilotos promete ainda maiores movimentações.