Fórmula 1, Regras de 2021, Teto orçamental: ‘Vivenda’ ou ‘arranha céus’?

A imposição de um teto orçamental ou limite máximo de custos, se preferir, vai ser um bico-de-obrada nas negociações que decorrem para a Fórmula 1 de 2021. Uma coisa é certa, para já, a Ferrari e a Mercedes vão ter de cortar os seus gastos, mas a grande questão é se esse teto orçamental vai ficar ainda muito acima do meio do pelotão e isso só irá fazer que a diferença para as três equipas da frente seja um pouco mais curta.

Logicamente, é impossível, nem isso faria sentido, nivelar a Fórmula 1 por baixo, na história da competição sempre houve “uns e outros”, ou “ricos e pobres”, mas numa era em que a oferta para os jovens e menos jovens é tanta, que faz todo o sentido pensar na forma de continuar a seduzir novos adeptos e manter os existentes. E não é certamente com anos e anos seguidos a ganhar corridas somente três equipas que se consegue…

Indo ao detalhe, já se sabendo que vai haver um teto orçamental, a questão é mais o que fica de fora ou não. Se os salários dos pilotos ficarem ‘dentro’, pode chegar-se ao ponto de uma equipa poder ter o melhor piloto e não poder ter o melhor carro, porque o orçamento não lhe permite ter os melhores técnicos. É somente um exemplo, mas é assim que a NBA, liga norte-americana de basquetebol sempre funcionou. O orçamento inclui tudo e por isso quem contratar um Le Bron James, vai certamente ter muito menos dinheiro para o resto do plantel.

Portanto, a questão das ‘exclusões’ é importante. Muito! Logicamente, as grandes equipas pressionam para que os salários dos pilotos e dos principais técnicos e Chefe de Equipa fiquem de fora. Lá está, do que vale ter o melhor piloto se o orçamento já não chegar para o túnel de vento?

Pelo que se fala os valores devem começar nos 200 milhões (em 2021), para descerem para 175 milhões no ano seguinte, depois 150, até, provavelmente, parar por aí. Fica por dizer que a Mercedes e a Ferrari gastam por ano hoje em dia mais de 400 milhões…

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