F1: FIA não vê motivos para retirar limitadores de Monza
São presença frequente em vários circuitos e pretendem evitar que os pilotos exagerem e ultrapassem os limites de pista. Os limitadores elevados, (em inglês sausage kerbs) provam ser eficientes na missão que têm de cumprir mas há um perigo inerente à sua utilização.
Basta lembrar o acidente de Sophia Floersch para entender que este tipo de limitador pode levar carros a levantar do chão, algo que se quer evitar a todo o custo, especialmente em monolugares. Ora no incidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton vimos o piloto da Red Bull a galgar o limitador, desestabilizando o seu monolugar. É certo que o principal motivo pelo “salto” do carro de Verstappen foi o toque no carro de Hamilton mas as imagens serviram para relembrar que este tipo de limitadores pode dar mais dores de cabeça do que soluções.
No entanto a FIA não pretende retirar este tipo de limitadores naquela zona do traçado, como explicou Michael Masi:
“Nesta situação, penso que aqueles limitadores funcionam bastante bem, naquela curva em particular”, disse Masi quando questionado se a salsicha de Monza precisa de ser examinada. “Foi uma escolha do piloto. Pode-se subir o corretor ou ir para a sua esquerda, o que vimos inúmeras vezes ao longo do fim-de-semana. Uma série de pessoas em situações semelhantes optaram por ir para a esquerda e voltar a entrar”.
O que se pode esperar em breve são análises detalhadas ao Halo, que salvou Hamilton, mas que não evitou que o pneu de Verstappen tocasse no capacete do britânico. É provável que este incidente venha a promover alterações ao Halo de forma a evitar este tipo de contacto. Hamilton não é um piloto muito alto e por isso teve sorte, pois se o incidente fosse com pilotos como Esteban Ocon ou George Russell, talvez o toque do pneu no capacete fosse mais intenso e com algumas consequências. O Halo salvou mais uma vez o dia, mas as evoluções na segurança não podem parar e por isso haverá lições a aprender deste toque.
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Naquele incidente concreto, ficou claro que as “sausage kerbs” são perigosas, sem aquilo o carro nunca teria levantado voo e aterrado no adversário. Estamos a falar de uma curva de baixíssima velocidade, pergunto-me se a gravilha não será uma melhor solução, no sentido em que penaliza quem passar para além dos limites, mas não apresenta qualquer tipo de perigo para os pilotos que forem à gravilha. Trará mais sujidade para a pista é certo, mas não acho que isso também seja um problema assim tão grande, ainda em Zandvoort, ou até mesmo em Monza noutras curvas, muita sujidade foi trazida… Ler mais »
Completamente de acordo, gravilha seria a melhor solução, old school mas funciona.
Nem mais.
Esperemos que nunca se arrependam dessa decisão. Nesta mesma pista, Alex Peroni teve um acidente feio na F3, em 2019, porque pisou uma dessas salsichas e sem estar em luta com ninguém. É preferível penalizar um piloto por cortar uma chicane, do que correr o risco de o mandar para o hospital. O argumento de que o piloto pode escolher como fazer a curva, não é aceitável, os pilotos são seres humanos, podem errar. Sim, outros levantaram o pé, mas na luta pelo título, a “fossanguice” (desculpem o termo), faz perder o discernimento. Se, como diz o texto, Hamilton fosse… Ler mais »
Ou seja, querem impingir-nos que o incidente de Monza foi mais grave do que o de Silverstone. É esta a lógica hamiltoniana. O que sucede em prejuízo do HAM é perigosíssimo, o resto não. Resumindo, então, a posição de um hamiltoniano médio: 1 Silverstone não foi perigoso porque os carros de hoje são seguros; aliás, seguríssimos, 2 Monza, um verdadeiro MILAGRE, não fosse o halo era uma tragédia. Halo que evidentemente não faz parte dos F1 de hoje, foi uma coisa metida ali por mero acaso ( e foi a 1ª vez que safou alguém). — Lógica dos laranjas (… Ler mais »
Não sei porque continuam a insistir que foram as “sausage kerbs” que fizeram o carro do Verstappen levantar e cair em cima do Mercedes. Já vi e revi um monte de vezes as imagens do acidente em slow motion e é óbvio que o que fez o Red Bull levantar foi quando sua roda traseira direita bateu na roda traseira esquerda do Mercedes e subiu por cima dela projectando o carro. As “sausage kerbs” desiquilibraram o carro disso não há dúvidas mas não foi por as pisar que levantou a traseira e aterrou em cima do Mercedes.
É mais fácil culpar a salsicha que a falta de bom senso de certos pilotos.
Estão lá para evitar abusos, se quem abusa se lixa, que aprenda a desistir das manobras. Montes de pilotos já passaram por cima delas sem consequências, porque não foram teimosos.