Jo Gartner: Uma tragédia esquecida


Jo Gartner é contemporâneo de outro piloto austríaco, Gerhard Beger, mas não chegou a ter a mesma glória. Apesar disso, Jo tinha sem dúvida um talento significativo, que dispersou tanto por provas em monolugares, como em carros de “sport”. E foi ao volante de um destes, um Porsche 962C da equipa Kremer, que encontrou a morte, em Mulsanne, na noite de 1 de Junho de 1986, durante as 24 Horas de Le Mans.

Eram perto das 3 horas da madrugada e um clarão luminoso ergueu-se ao longe, por trás das árvores. O 962 de Gartner, na entrada da grande recta, batera nos rails do lado esquerdo da pista, capotando e ricocheteando para o meio do asfalto, em chamas. Jo morreu de imediato, com o pescoço partido. Foi o último piloto de F1 vítima de um acidente de competição, antes de Roland Ratzenberger, oito anos mais tarde.

A carreira de Jo Gartner iniciou-se em 1976, na Fórmula Super V, na Alemanha e no seu país natal. Em 1978, foi 3º no Europeu da categoria, antes de passar para a F3, no ano seguinte. Em 1980, o Europeu de F2 surgiu de forma natural, com um Toleman TG280/Hart e, no ano seguinte, venceu uma prova, com um Spirit 201/BMW.

Nesses anos, o seu manager era a namorada, Doris. O ano de 1984 foi o mais importante da sua carreira. Então, a Osella decidiu inscrever um segundo carro e Gartner foi o escolhido. Disputou oito Grandes Prémios, tendo terminado em 5º lugar em Monza, depois de largar de 24º. Infelizmente, não recolheu os dois pontos correspondentes, porque nessa altura as regras da FIA impediam os pilotos de reserva de pontuar. Foi uma amargura da sua vida – a outra foi nunca mais regressar ao volante de um F1.

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