Os planos de Vila Real para o WTCC

Por a 29 Dezembro 2014 14:21

É um salto de gigante. Vila Real prepara-se para fazer obras que vão dotar o seu Circuito das estruturas necessárias ao Campeonato do Mundo FIA de Turismos. A autarquia pretende investir um milhão de euros e aponta um retorno direto imensamente superior

O que parecia ser quase uma utopia vai mesmo ser uma realidade já no próximo mês de julho. Vila Real prepara-se para receber pela primeira vez um Campeonato do Mundo FIA e logo o WTCC, competição que representa um salto significativo para os responsáveis do circuito transmontano mas também uma vitória importante para uma cidade cheia de tradição no desporto automóvel nacional e que recebe corridas desde 1931. Com o presidente da FPAK a intermediar as negociações com os elementos do Eurosport Events – que se viraram para Vila Real depois de serem informados que o Porto não teria capacidade para repetir o evento sem o apoio do Turismo de Portugal -, a autarquia liderada por Rui Santos assegurou um acordo de três anos com o promotor do WTCC, prometendo agora investir em melhorias estruturais e das condições de segurança ao mesmo tempo que aponta para um evento auto-sustentável. “Nós sempre considerámos que o Circuito era uma marca distintiva de Vila Real”, referiu o presidente da Câmara de Vila Real ao AutoSport. “As corridas existiam aqui desde 1931, já se tinham feito por 43 vezes e tínhamos prometido ainda em campanha eleitoral que, caso fossemos eleitos, faríamos regressar o Circuito. Isso aconteceu em 2014 com o Campeonato Nacional e com o Historic Endurance. Correu muito bem e depois fizemos uma candidatura ao Quadro Comunitário de Apoio para melhorar as boxes e as condições de segurança da pista. Surgiu a oportunidade de trazermos o WTCC para 2015, 16 e 17 e as boas oportunidades são para agarrar com ambas as mãos. Foi o que fizemos”, afirmou Rui Santos.

Segundo o líder da autarquia, “o investimento total da Câmara será na ordem do milhão de euros e prevemos que as receitas também sejam de um milhão de euros, o que torna o evento auto-sustentável logo a partir do primeiro ano. As nossas projeções dizem-nos que só a transmissão do Eurosport tem um retorno económico imediato de 3 a 3,5 milhões de euros. Depois há um impacto na cidade de cerca de 10 milhões de euros e na região pode chegar até aos 80 milhões, se olharmos para os valores anunciados pelo Porto em 2007 e 2008.”

Sobre a capacidade hoteleira da cidade para receber um fluxo de pessoas muito superior ao habitual, Rui Santos lembra que “Vila Real tem hoje cerca de dois milhões de pessoas a menos de uma hora de distância, portanto a capacidade hoteleira tem de ser verificada quer em Vila Real, quer no Douro, no Tâmega e até, se for necessário, no Porto. É uma capacidade hoteleira capaz de responder às necessidades do WTCC e até de eventos de maior volume”, afirma.

Outra entidade importante em todo este processo é a Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real, criada com o objetivo de recuperar as corridas na cidade em 2014, após um interregno que durava desde 2010 (e que por sua vez sucedeu à longa interrupção entre 1991 e 2007). Eduardo Passos, um dos responsáveis da Associação, explicou ao AutoSport quais as principais obras que serão feitas no terreno para receber o WTCC.

Já a organização desportiva será da responsabilidade da FPAK mas deverá incidir sobretudo no Clube Automóvel de Vila Real, em conjunto com elementos de outros clubes, como é habitual. “É um desafio enorme para nós mas acho que estamos preparados”, defende Jorge Fonseca, presidente do CAVR. Para Eduardo Ferreira, responsável pela segurança nas provas do CAVR, “o segredo será a coordenação das várias equipas porque o próprio WTCC tem uma estrutura própria que terá de ser articulada com a nossa. Temos um circuito de 4,6 km com 30 postos de fiscalização e estamos a apontar para três comissários de pista por posto, o que logo aí significa 90 pessoas, mais meios médicos, os meios de rescue, enfim. A estrutura de um Campeonato do Mundo será naturalmente ainda mais pesada mas o modo de atuação será parecido com o que já fazemos”, explicou Eduardo Ferreira. Entre 10 e 12 de julho os olhos do mundo motorizado estarão postos em Vila Real.

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