Filipe Albuquerque: “Estamos muito idênticos à Porsche, é difícil para já dizer qual dos dois é o mais rápido”

Por a 2 Junho 2015 22:40

Prestes a partir para Le Mans, para aquela que vai ser a sua segunda participação no evento, Filipe Albuquerque esteve hoje na apresentação do Eurosport Portugal da transmissão das 24 Horas de Le Mans, onde revelou que tem como objetivo vencer a corrida. Explicou ainda que o dia de testes não foi totalmente proveitoso por causa da chuva e falou também um pouco dos adversários…

Filipe, vais a Le Mans para ganhar?

Filipe Albuquerque: Claramente é esse o objetivo da Audi, todo o projeto da Audi é para ganhar e não há segundos objetivos…

O que representam as 24 Horas de Le Mans para um piloto e uma equipa que parte candidata à vitória, é difícil de gerir ou até é mais fácil?

FA: A ambição é muita, sinto-me um privilegiado por estar numa equipa tão grande como a Audi, pois ir para Le Mans, que é uma das maiores provas mundiais de automobilismo, é único. E depois, cada volta que faço no carro é um verdadeiro prazer, divirto-me mesmo a conduzir. Le Mans cria esta expetativa toda até junho, ou seja já estou à espera desta corrida desde o sábado da corrida do ano passado, quando desistimos, portanto eu quero mesmo que venham os treinos livres, os cronometrados, eu quero que venha cada minuto para estar no carro para me estar a divertir a competir, porque realmente é uma sensação única e que só acontece uma vez por ano.

Estiveste no domingo passado no dia de testes, que ensinamentos recolheram?

FA: Foi um dia difícil para todos porque tínhamos um plano para seco, mas começou a chover logo a meio da manhã, em que eu nem sequer andei em seco. Estava planeado começar o Bonanomi, e ele foi o único que andou com pista seca. À tarde começou a secar e entrei logo, dei uma volta em seco mas começou logo a chover. Tirámos muita informação, mas mais à chuva do que a seco. Foi muito importante para mim andar em Le Mans à chuva, pois posso dizer que é muito diferente, pois vir a 340 Km/h com spray e saber que temos uma chicane em que temos de travar para 100 é preciso ter um pouco de coragem. Há que saber onde colocar as rodas, até porque Le Mans tem partes de circuito citadino e os riscos brancos são muito escorregadios, facilmente perdemos o controlo do caro. Mas correu tudo bem, não só à Audi como para todos os LMP1, e também todos os concorrentes, pois não houve acidentes nenhuns, o que foi ótimo, pois com chuva costumava ser comlicado. As novas regras de segurança da FIA também são bastante boas, com o Eduardo Freitas (ndr, Diretor de Prova) a treinar-nos com estas novas chamadas ‘slow zones’ para nos habituarmos quando houver um pião, para irmos devagar nessas zonas. Foi importante para todos, recolhemos vários pontos agora é a fundo, há que analisar muito bem tudo até 2ª, 3ª feira, para melhorarmos a partir de 4ª feira, quando começam os treinos livres.

Depois do dia de testes oficiais, que análise fazes da concorrência?

FA: A Audi está bastante competitiva face ao ano anterior pois o ano passado estávamos verdadeiramente mais lentos que os Toyota, e depois melhorámos, agora temos um ponto inicial mais competitivo, estamos no mesmo patamar dos Porsche, melhorámos muito no segundo setor o das retas de Mulsanne, em termos de velocidade de ponta, também muito devido ao novo motor híbrido de 6 MJ, e a Porsche, ao contrário do ano passado, que tinha muita velocidade de ponta e pouca aerodinâmica – perdiam muito no terceiro setor – este ano são os mais rápidos nessa zona, portanto é engraçado ver as evoluções de cada construtor. Cada um melhorou a sua parte pior. Nós melhorámos o segundo setor, eles melhoraram o terceiro setor. Estamos muito idênticos à Porsche, é difícil para já dizer qual dos dois é o mais rápido porque não houve muito tempo com pista seca e os nossos carros não apanharam nenhuma volta limpa. Em relação à Toyota, parece um pouco mais lenta, não sabemos é o que eles vão conseguir ir buscar às baterias em termos de tempo. De qualquer maneira parece estar um bocadinho mais distante do que estava o ano passado. Em relação aos Nissan, já se sabia que era um desafio muito grande, vir para Le Mans. Eles entram com um ano em atraso e relação aos outros construtores, viu-se a dificuldades da Audi e da Toyota o ano passado, a Nissan entra com um ano de atraso e sem experiência de vários anos, portanto eles se estivessem a fazer tempos no segundo 27, diria que estavam nos nossos tempos do ano passado, mas estão mais lentos. Eles surgiram com uma tecnologia completamente diferente muito radical, andaram à chuva, vamos ver como vai ser no seco, para além de que tiveram problemas com os travões. Se calhar com um dia de testes em Le Mans vão melhorar, eles tinham como perspetiva ficar à frente dos LMP2, não vai ser fácil, pois os LMP2 estão cada vez mais rápidos…”

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