Cadillac: Reinado nos DPi continua

Por a 28 Janeiro 2019 18:30

Desde a introdução dos DPi no campeonato IMSA que temos visto boas corridas, graças ao talento de grandes pilotos e ao conhecimento e experiência das equipas. Outro factor comum neste três anos, tem sido o domínio dos Cadillac.

A máquina que se estreou em 2017 com uma vitória em Daytona, continua a mostrar o seu poderio e para 2019 parece manter-se como referência.

O chassis usado pela marca americana é uma derivação do Dallara P217, construído pela marca italiana, o primeiro LMP depois da parceria com a Audi, cujo último fruto foi o R18. O acordo assinado entre germânicos e italianos previa que a Dallara não pudesse construir LMP em nome próprio enquanto a Audi estivesse a competir na mesma classe, mas um acordo amigável mudou a situação, a Audi passou a contar com a colaboração da

YCOM, responsável pelas últimas gerações dos R18, e a Dallara iniciou o processo de construção de um LMP2, aproveitando uma das quatro vagas para construção deste tipo de chassis, permitidas pelo ACO.

O Cadillac usa uma versão alterada, com uma frente diferente da homologada no modelo LMP2 por motivos de estética, usando linhas características da marca, mas também por motivos aerodinâmicos. No geral a performance do carro parece ser superior à do modelo LMP2 um pouco por causa dessas ligeiras mudanças. Henrique Chaves, que usou o P217 no ELMS queixou-se frequentemente de problemas para encontrar aderência ideal no eixo dianteiro do carro, que levou a sua equipa e a Dallara a encontrar soluções, essencialmente no spliter dianteiro. No Cadillac DPi, esse problema parece não existir graças ao desenho diferente usado na máquina americana. Este é apenas um dos pormenores que diferem nos dois modelos.

Também o motor usado é diferente, com o modelo homologado pelo ACO a usar um motor Gibson V8 de 4.2L, enquanto o Cadillac usou na primeira época um V8 6.2L, tendo mudado para uma versão 5.5L, com base nos motores usados no modelo de estrada CTS-V. Esse motor exige obviamente uma instalação diferente da do Gibson, o que leva a mudanças na traseira dos chassis. É possivel ver duas saída de escape nos Cadillac DPi ao contrário de uma saída única no LMP2.

O domínio dos Cadillac começou na prova de Daytona em 2017, em que a Wayne Taylor Racing venceu com o #10, numa prova de má memória para os pilotos portugueses Filipe Albuquerque e João Barbosa, Albuquerque liderava a prova, perto do final quando um toque do #10 levou a um pião, perdendo assim a vaga para o primeiro lugar. Mas o domínio dos “Caddy” ficou bem claro com nove vitórias em 10 provas. Em 2018 a tendência manteve-se e somaram-se mais quatro vitórias para a máquina americana, que apenas não venceu mais porque o BoP do ano passado focou-se equilibrar as performances dos LMP2 com os DPi com claro prejuízo para os DPi. Se tirarmos as vitórias dos LMP2 são 17 as vitórias dos Cadillac na DPi, contra duas da Acura e duas da Nissan. São números claros que não deixam margem para dúvidas. Os protótipos da Cadillac são os mais numerosos em pista (6 em Daytona este ano) e reúnem velocidade e fiabilidade.

Em Daytona vimos que não parecem haver mudanças para já. Os Mazda mostraram-se muito rápidos, mas sofreram de novo com a fiabilidade, tal como o Nissan (problemas já antigos) e os Acura, mostraram bom desenvolvimento, podendo ter uma palavra a dizer na luta pelo título. Mas a referência continua a ser o chassis Cadillac. Embora Daytona não tenha sorrido às cores portuguesas esperemos que no final da época possamos fazer a festa e que seja de novo um Cadillac a ficar no topo da tabela.

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