Nuno Matos e Nuno R. Silva: Deserto de emoções

Por a 19 Abril 2017 23:29

Depois de vários anos a “correr por cá” e de ter tido boas experiências competitivas um pouco por toda a Europa, Nuno Matos, atual campeão nacional de Todo-o-Terreno estreou-se no continente africano onde se encontra a enfrentar as exigências das duras pistas africanas. Aos comandos do Opel Mokka Proto ‘Made in Portugal’ a dupla portuguesa Nuno Matos/Nuno Rodrigues da Silva está a aprender os motivos pelo qual o Dakar nasceu, cresceu e se afirmou por aquelas terras durante tantos anos. Entre altos e baixos, há muitas histórias para contar…

A dupla portuguesa, que ostenta o número 308, cumpriu de forma exemplar os 387 quilómetros que ligaram Plage Blanche a Icht, ao terminar a especial na segunda posição da classificação geral: “Foi uma estreia extremamente dura e muito exigente, mas correu-nos tudo muito bem. Acordámos as 4h00 para chegar ao início da etapa, em Plage Blanche. Inicialmente tivemos alguns problemas de navegação, mas depressa entrámos no ritmo. Do percurso faziam parte pistas rápidas, mas também muitos troços ao estilo trial, que tivemos de transpor com muita cautela. Também passámos pelo leito de um rio, onde vimos carros parados, o que comprova a dureza da especial, para a qual o próprio diretor de prova nos alertou, ele que no final da especial de hoje nos deu os parabéns pela nossa prestação, o que nos deixou naturalmente muito satisfeitos com aquele início”, começou por contar Nuno Matos.

Contudo, no dia seguinte, uma rótula de suspensão cedeu e atrasou a equipa. A 2ª etapa do Morocco Desert Challenge que ligou Icht a Foum Zguid, não correu da melhor forma para a dupla pois foi forçada a parar durante mais de duas horas para resolver um problema mecânico: “Partimos em segundo, vínhamos a rolar bem. Já tínhamos passado pelo primeiro classificado, quando cedeu uma rótula de suspensão do nosso Opel Mokka “, explicou Nuno Matos. As pistas eram mais rápidas, com um pouco mais de condução, mais técnicas e nas quais me senti mais à vontade. Mas não houve só azares. O Nuno está de parabéns porque vinha a fazer um trabalho excecional, o que é muito positivo porque ainda estamos a aprender. Não caímos em nenhuma das armadilhas, nem apanhámos sustos. E isso já é muito bom.”

Só que, o dia seguinte, num percurso que ligou Foum Zguid a Oum Jrane, que incluía duas passagens pelas dunas do Erg Chegaga, pelo arenoso oued de Mhamid e a subida de uma montanha íngreme, foi de grande aprendizagem: “O resultado não foi o mais positivo, mas a verdade é que sabíamos que o dia seria difícil. Estivemos no Erg Chegaga, fizemos cerca de 30km de dunas e as coisas não nos saíram propriamente mal. Ficámos parados na primeira duna, mas daí para a frente conseguimos superar os obstáculos. Estivemos a treinar em Merzouga, mas é sempre diferente fazê-lo em competição. Percorremos alguns quilómetros no leito de um rio seco, com muita areia. Cruzámos pistas muito diferentes e paisagens absolutamente fantásticas. Havia também muito vento. Quase não conseguíamos ver a pista na segunda metade da etapa devido à tempestade de areia. Para o dia a aposta era não deitar nada a perder, poupar ao máximo o carro e nesse aspeto, creio que o objetivo foi cumprido. Cometemos alguns erros, mas aprendemos com isso” explicou Nuno Matos que manteve a 20ª posição que ocupava na classificação geral.

Hoje, disputa-se a 4ª etapa desta mítica competição africana que liga, ao longo dos 271,5Km, Oum Jrane a Merzouga, num dia também ele marcado pela diversidade de percurso. Os concorrentes terão de atravessar uma planície de areia perto de Marabout, o desfiladeiro MHarech, as dunas de Ouzina, realizar alguns percursos de areia e trilhos de pedra perto de Merzouga e uma primeira travessia do Erg Chebbi.

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