Rali Vinho Madeira: Alexandre Camacho vence o rali, José Pedro Fontes triunfa no CPR

Por a 6 Agosto 2022 16:49

Confirmou-se o que se esperava. A dupla Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia Rally2) venceu o Rali Vinho Madeira. Alexandre Camacho dividiu a liderança do rali com a dupla Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai I20 N Rally2), mas o azar do piloto da Hyundai esta tarde abriu o caminho para que Alexandre Camacho vencesse a prova. Mas quem se destacou hoje foi a dupla Miguel Nunes/Roberto Castro (Skoda Fabia Rally2) que venceu todas as especiais do dia e venceu 11 especiais em 17 possíveis. Uma grande prestação que não chegou para a vitória, que escapou por 11.5 segundos. Miguel Nunes venceu a última especial da prova, com o tempo de 6:55.7 na segunda passagem por Rosário (11.37 km). Alexandre Camacho ficou a apenas 1.2 seg. do melhor tempo e em terceiro lugar nesta especial ficou a dupla José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), demorando mais 3.5 seg,. a concluir o troço. No entanto, foi suficiente para vencer no CPR, após ter sido consistentemente o mais rápido do nacional no dia de hoje, aproveitando da melhor forma a desistência de Bruno Magalhães. Simone Campedelli/Tania Canton (Skoda Fabia Rally2) fizeram o quarto tempo, numa prova em crescendo, com o italiano a ficar apaixonado pela prova madeirense. Miguel Correia /Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2) fizeram o quinto tempo na última PE e asseguraram assim o terceiro lugar final no CPR, à frente da dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai I20 N Rally2) e atrás de Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally 2), que fez uma prova cautelosa e calculista, sem errar e sem arriscar em demasia.

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O filme do rali

Tal como se esperava, Alexandre Camacho e Miguel Nunes foram os principais protagonistas do Rali Vinho Madeira, embora desta feita tenham tido ‘companhia’ continental de um ‘velho conhecido’. Bruno Magalhães chegou ao final do primeiro dia no comando da prova, depois de ter aproveitado da melhor forma um troço muito complicado para toda a caravana (PE9), especial essa que revolucionou a classificação e terminou com o piloto da Hyundai na frente.

A isso juntou-se o ‘caso’ Alejandro Cachón. O espanhol, acidentado, não procedeu da forma mais correta na sinalização do seu acidente e isso ‘tramou’ tanto Miguel Nunes, que perdeu aí mais de 10 segundos, como Alexandre Camacho, que, tal como o seu adversário, foi posteriormente penalizado, o que os deixou um pouco mais longe da frente, eles que foram protagonistas das lutas pela primeira posição desde o início do rali, ainda que desta feita com os melhores continentais a rodar muito perto.

No segundo dia, apesar do atraso, ‘desconfiava-se’ que Alexandre Camacho iria tornar a vida muito complicada ao líder da prova, Bruno Magalhães e foi exatamente isso que sucedeu, com o madeirense a aproximar-se cada vez mais do líder. Magalhães acabou por perder a liderança na última especial da manhã e na segunda especial da tarde acabou por perder uma roda (falha mecânica), deixando ainda mais o caminho aberto a Alexandre Camacho que já tinha ainda antes do final da manhã passado o piloto da Hyundai.

Miguel Nunes, que ficou ontem ainda mais atrasado depois do “incidente Cachon”, realizou uma bela recuperação, mas já não foi a tempo de chegar a Camacho, realizando, no entanto, uma boa operação de campeonato.

Com o abandono de Bruno Magalhães, José Pedro Fontes chegou ao pódio e venceu a prova reservada ao CPR, depois duma bela exibição, a melhor que lhe vimos fazer em algum tempo. Hoje foi não ficou muito longe dos pilotos da casa e foi constantemente o mais rápido do CPR, numa prova moralizadora e um resultado importante para as suas contas do campeonato. Outra bela operação para o campeonato teve Armindo Araújo, que terminou em segundo no CPR, quarto da geral. Uma prova bem medida, aproveitando azares alheios e sem errar, claramente a pensar no título, mais do que na vitória. Miguel Correia fez também um bom rali, também em crescendo, levando a melhor sobre Ricardo Teodósio na luta pelo top 3 no CPR. Teodósio nunca encontrou o melhor ritmo e o melhor compromisso no seu Hyundai e Correia aproveitou para conseguir mais um pódio este ano. Belo resultado também para Bernardo Sousa, apostando mais no espetáculo para o público, ganhando ritmo sem grande pressão neste seu regresso à competição. Mas termina no top 5 à geral, o que mostra que mantém todas as qualidades que lhe são reconhecidas e pode ser uma grande mais-valia para o campeonato.

Nota ainda para Simone Campedelli que termina em oitavo da geral, à frente da dupla Paulo Meireles/Marcos Gonçalves (Hyundai I20 N Rally2) com Paulo Neto/Antonio Costa (Skoda Fabia Rally2) a fechar o top 10 final (quintos e sextos no CPR, respetivamente).

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