O regresso de Pedrosa e da Honda

Dani Pedrosa foi o grande herói do Grande Prémio da Alemanha, décima prova do campeonato do Mundo de MotoGP, que se disputou hoje no circuito de Sachsenring.

De uma assentada, o piloto espanhol, colocou ponto final a uma longa travessia do deserto da Honda, que não vencia na classe «rainha» à dez corridas consecutivas e ofereceu à Espanha a 300ª vitória em corridas do «Mundial» de motociclismo.

Um fim-de-semana perfeito para o jovem Pedrosa, que, depois de um início de campeonato comprometido pelos problemas, que afectaram as Honda e os pneus Michelin, perece ter reencontrado o caminho do título, graças à subida de rendimento do binómio Honda/Michelin.

Uma resposta do construtor nipónico e dos pneus franceses à muito esperada, mas que só agora foi concretizada, depois da ameaça feita em Assen. A justificar, a nova alma no seio da equipa oficial da Honda, o campeão do Mundo Nicky Hayden repetiu o terceiro lugar da Holanda, repetindo uma recuperação notável, feita desde o 14ºlugar da grelha e contribuindo para a festa da Honda presenciada pelo novo presidente do HRC, Masumi Hamane.

Pedrosa demonstrou logo nos treinos a sua boa adaptação, e também da sua Honda ao sinuoso, estreito e lento traçado do circuito de Sachsenring. Já no ano passado o piloto espanhol lutou pela vitória até à última volta e, recorde-se, que venceu em 2004 e 2005 quando corrida em 250cc.

Com este primeiro triunfo da época, Dani manteve a candidatura ao título, Apesar de ser terceiro, a pontos de Stoner e a de Rossi, o piloto da Honda confia nas suas opções no campeonato, reforçadas pela sua linha ascendente nas últimas corridas.

Bridgestone traíram Stoner

Os pneus continuam na ordem do dia, e na Alemanha voltaram a ser novamente decisivos no desfecho da corrida. Só que em Sachsenring, ao contrário do que tinha acontecido nas anteriores provas não foram as borrachas francesas que não aguentaram a corrida até ao fim, mas sim os Bridgstone, que não aguentaram o ritmo na parte final da corrida, com excepção para os que «calçavam» a Ducati de Loris Capirossi, que permitiram ao pequeno e simpático italiano subir ao segundo lugar do pódio, no momento em que tem em risco a sua continuidade na marca italiana.

Pouco habituado a lidar com este problema, Casey Stoner ficou a saber desta feita, aquilo que há muito têm sentido os seus mais directos adversários, Rossi e Pedrosa. O australiano, teve um difícil final de corrida e acabou por também também não resistir à pressão de Colin Edwards (Yamaha). E os estragos só não foram ainda maiores, porque o líder do campeonato ainda conseguiu recuperar o quinto lugar a Marco Melandri, que também foi vitima do mau desempenho dos Bridgstone, o mesmo acontecendo com John Hopkins (Suzuki), sétimo classificado que. Mas a verdade é que não há campeões em sorte, e este parece mesmo ser o ano de Stoner, que acabou por reforçar a liderança no campeonato, benefeciando da queda do seu grande rival, Valentino Rossi, logo à quinta volta.