As outras três vezes que Sébastien Loeb venceu a corrida dos Campeões

Por a 6 Fevereiro 2022 16:10

A primeira vitória de Loeb na Race of Champions aconteceu em 2003, na última vez que o evento se realizou em piso de terra, tendo a maioria das edições tido lugar em estádios desde então. Depois, ganhou no Stade de France em Paris, 2005, e no estádio de Wembley em Londres, em 2008. Recordemos os triunfos…

2003: A última nas Canárias

Depois de ter visto o título de campeão do Mundo “fugir-lhe” na última prova, Sébastien Loeb terminou a sua época de ralis da melhor forma, ao vencer a 16ª edição da Corrida dos Campeões, que como de costume, foi bastante acidentada, com vários pilotos a cometerem excessos, que proporcionaram alguns acidentes bastante espectaculares.

O francês da Citroen dominou por completo a competição, vencendo todas as mangas em que participou, oferecendo assim à França a sexta vitória na prova, colocando o seu país na frente da Finlândia.

E é exatamente desse país que é natural o finalista vencido, mais precisamente Marcus Gronholm, que não conseguiu repetir a vitória do ano transacto, apesar de muito ter batalhado. Depois de uma época em que pouca coisa lhe correu de feição, voltou a “morrer na praia”. A sua primeira manga foi vencida com a maior das facilidades pois Travis Pastrana despistou-se com grande violência, mas na fase seguinte, contra Gilles Panizzi, vendeu cara a sua derrota, obrigando à “negra” para apurar o finalista.

Já Loeb passeou a sua classe pela pista de Telde, não dando qualquer hipótese a Daniel Carlsson e François Duval, que por sua vez já tinham suplantado o espanhol Flavio Alonso, profundo conhecedor do circuito, antes de derrotar Gronholm na final. Aqui, e apesar do finlandês correr com um carro que conhece bem melhor que Loeb, não conseguiu evitar ser batido nas duas mangas por um piloto que já este ano esteve muito perto do título “Mundial”, e que a continuar com a garra e a classe que tem vindo a demonstrar, depressa alcançará o ceptro.

2005: Vencer em casa

Sébastien Loeb é um daqueles pilotos que até nem dá nas vistas. Conduz de uma forma pouco espectacular, mas terrivelmente eficaz. E ganha sempre com uma magnífica frieza, que apenas se diluiu um pouco perante as ovações delirantes que vinham das bancadas do Estádio de França.

No ano anterior, Sèbastien Loeb tinha perdido a final para um ainda mais gelado oponente: nada mais que o finlandês Heikki Kovalainen. Em 2005, com a suavidade que o caracteriza como piloto, o alsaciano voltou a atingir a “Super Final” – e de novo frente a frente com outro nórdico, no caso o dinamarquês Tom Kristensen. E uma vez mais com a eficácia que lhe permitiu vencer até então dois títulos de campeão mundial de Ralis e quase duas dezenas de provas pontuáveis o campeonato maior das provas de estrada, Loeb gelou o adversário, garantindo no Estádio de França, perante mais de 50 mil espectadores rendidos pela sua atuação perfeita, o segundo título de “Campeão dos Campeões”, dois anos depois do conquistado nas Ilhas Canárias: «Sinto-me deliciado! Ganhar aqui, no Estádio de França, tem um sabor totalmente diferente. As pessoas nunca se calaram e podia ouvi-las gritar pelo meu nome mesmo dentro dos carros. Mas devo dizer que não foi nada fácil, pois numa prova deste tipo um piloto está sob pressão desde o primeiro minuto». Verdade? É que não se notou mesmo nada – pelo menos, no que diz respeito ao francês!

Na sua caminhada para a Super Final, ele foi eliminando sucessivamente Travis Pastrana (que fez um pião com o Citroen Xsara WRC), o escocês Colin McRae e o bi-Campeão do Mundo de Ralis Marcus Gronholm. Final com Kristensen No primeiro confronto com Kristensen, em Renault Mègane Trophy idênticos, na primeira parte do percurso a vantagem ía para o dinamarquês; porém, Loeb recuperou e bateu Kristensen por oito centésimos de segundo, com ambos a cruzarem a linha de chegada lado a lado! O embate final foi em Xsara WRC e, aqui, a experiência de Loeb nestes carros falou mais alto, ainda para mais depois do pluri vencedor de Le Mans cometer um erro fatal no início da batalha final: «Depois de ter estado tão perto com o Mègane, nos Xsara tinha que ser “maximum attack”. O tudo ou nada, até porque o Seb passou o ano ao volante de um carro destes. Mas os pequenos erros que fiz no princípio, depressa afastaram qualquer esperança que pudesse ter.»

2008: Loeb vence em Wembley

Sebastien Loeb venceu a Race Of Champions no Estádio de Wembley. Loeb, o na altura pentacampeão do WRC, manteve a sua compostura apesar da forte pressão do outro finalista, o britânico David Coulthard, para se tornar o campeão dos campeões.

O evento único e anual lança as melhores estrelas mundiais dos desportos motorizados frente a frente em maquinaria igual numa pista de asfalto apertada e sinuosa e temporária construída no estádio Wembley.

Com um formato melhor de três para a final, Loeb levou as honras na primeira corrida para exercer pressão sobre o então recém-reformado piloto de F1. Coulthard respondeu de forma espectacular, dando à enorme multidão britânica a esperança de uma vitória em casa ao pilotar até à vitória na segunda prova, conduzindo o KTM X-Bow.

Com o palco preparado para uma final emocionante, os dois grandes pilotos transformaram o famoso estádio de futebol num anfiteatro alimentado a adrenalina; escorregando e deslizando os carros ROC construídos propositadamente para um final emotivo com Loeb a levar as honras por apenas 0,3 segundos.

Fresco de selar a sua terceira coroa ROC, disse Loeb: “Com certeza, quando está na linha de partida, quer ganhar, mas com este evento não há demasiada pressão. É uma pista muito apertada e tem de se dar tudo o que se pode. Não tive tanta experiência como alguns dos outros, pois só fiz uma corrida da Taça das Nações ROC, mas foi um bom fim-de-semana para mim”.

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