F1: Um novo mundo de oportunidades a chegar

Por a 17 Janeiro 2021 19:30

A F1 em particular, e o automobilismo em geral, surgem nesta fase com um dinamismo e um novo impulso que se saúda e que poderá trazer frutos saborosos.

Há alguns anos víamos o desporto motorizado numa espécie de letargia. A F1 estava numa fase em que a competição não trazia muito entusiasmo e os fãs iam-se afastando, o WEC começava o seu declínio com os gigantes germânicos a dizerem adeus ao campeonato. Claro que víamos a Fórmula E a mostrar-se cada vez mais ao mundo, o IMSA a ser a competição de endurance mais interessante de seguir e outras competições como o WTCR a mostrar um novo fôlego.

Mas nos últimos tempos as maiores competições da velocidade ganharam um novo fôlego que se torna cada vez mais interessante de seguir. A F1 tem beneficiado do trabalho feito pela Liberty que se tem focado nos problemas de fundo: a falta de interesse dos fãs, as lutas mornas em pista e os custos excessivos. A F1 terá em 2022 monolugares novos, que se espera que possam dar um espetáculo melhor, sem uma dependência excessiva na aerodinâmica. Os fãs começam a ganhar cada vez mais vontade de ver corridas com a maior presença nas redes sociais, e a aposta em novas formas de mostrar o desporto a surtirem efeito. A questão financeira permite agora que as equipas possam ser competitivas sem gastar rios de dinheiro e a distribuição de prémios deverá ser mais equitativa. Pela primeira vez vemos entusiasmo e as equipas que até agora tinham dificuldades em sobreviver poderão aplicar um plano que lhes permita ter lucros. Falta apenas resolver a questão da sustentabilidade e dos novos motores mas parece claro que a F1 terá mais cuidado e não cometerá os mesmo erros do passado.

O interesse renovado é fácil de entender e basta ver a entrada de novos investidores na McLaren, Williams, o ânimo da entrada da Aston Martin, a reformulação da Renault, agora Alpine.

Essa reformulação, com a saída de Cyril Abiteboul poderá trazer novidades mais interessantes ainda. A fusão do grupo PSA com a FCA, criando o grupo Stellantis, que se transformou no quarto maior grupo construtor de automóveis do mundo, poderá levar a um investimento reforçado na Alfa Romeo ou no regresso da Maseratti ao Grande Circo, sempre pela porta da Sauber, sendo que os mais recentes rumores apontam que Abiteboul poderá ser escolhido como responsável deste novo projeto.

As grandes equipas de F1, que agora terão de se adaptar a uma nova realidade, gastando menos do que antes, poderão canalizar algum do dinheiro para novos projetos. McLaren já apostou na Indy, reservou lugar na Fórmula E e tem estado muito atenta ao WEC, com a nova regulamentação LMDh a suscitar muito interesse à estrutura de Woking. Também a Ferrari poderá apostar noutras modalidades para realocar muito do seu pessoal e dos seus recursos, algo que a Mercedes (já presente na Fórmula E) e a Red Bull ainda não revelaram se pretendem ou não, mas não seria de espantar se seguissem o exemplo da McLaren.

Se o desporto motorizado é um exercicio de marketing, quanto maior for o alcance mais eficaz é a publicidade.

Também no WEC se nota um novo ímpeto, com as categorias hipercarro / LMDh a convencer para já a Toyota, Peugeot, Audi e Porsche, sendo que outras marcas parecem estar inclinadas para regressar ao endurance. Por conseguinte também o IMSA poderá ver o seu interesse aumentar ainda mais e o campeonato poderá crescer ainda mais.

Ainda há muito por definir, e a pandemia veio trazer uma incerteza ao mercado que poderá cancelar alguns projetos. Mas nota-se que os campeonatos querem agora fazer mais com menos, o que agrada às marcas. Poderemos estar a entrar numa era dourada do desporto motorizado mundial, o que certamente são boas notícias para todos os fãs.

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garantia4
garantia4
3 anos atrás

Eis outro ponto de vista: Nos anos passados, por esta altura nós ferraristas estavamos febris à espera da apresentação e estreia do novo carro. Agora o interesse é abaixo de zero. Um muito obrigado à FIA à LM e ao binoito. Conseguiram destruir essa paixão, como ninguém mais.

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