F1: Racing Point ainda em fase de recuperação

O começo a “meio gás” da Racing Point tem sido notório nos resultados da equipa. Apesar de ser algo já habitual (começos mais modestos), a equipa recupera dos problemas que a afectaram a meio da época 2018.

Os começos de época da Force India eram sempre algo lentos e apenas com a chegada da ronda europeia é que se viam as primeiras melhorias significativas. Este ano, a Racing Point está numa toada semelhante, o que pode causar alguma confusão, dado o investimento que está a ser feito.

Andy Green, director técnico da equipa explicou o começo “morno”:

“Tem sido um começo difícil. A competição está incrivelmente forte no meio da tabela, este ano. Acho que estamos apenas um pouco atrasados. Não estamos muito longe, mas as nossas fraquezas foram expostas nas primeiras duas corridas. Temos um plano para nos trazer de volta ao nível desejado. “

“Vai levar algum tempo, mas temos que lembrar que o carro foi originalmente concebido na segunda metade do ano passado, quando a equipa estava com sérios problemas. Tivemos que tomar algumas decisões sobre o carro e a arquitectura do carro naquela época, sem saber realmente o que iria acontecer com a equipa, ou se haveria mesmo uma equipa. Ainda estamos a tentar sair dessa fase. Isso ainda levará algum tempo. Estamos muito melhor agora, mas as melhorias levam tempo. Leva tempo para construir a infraestrutura que precisamos”

“Podemos dizer agora que temos as contas pagas no final de cada mês, algo que não costumava acontecer, pelo que é uma coisa menos para nos preocuparmos. Mas há mais coisas a pensar, em especial o desempenho do carro, para onde vamos no futuro, que é algo em que estamos muito focados, para onde vão os regulamentos. Há muito o que pensar agora “

Colaboração com a Mercedes fortalecida

Mercedes e Racing Point recusarem a ideia que a última é uma equipa B da Mercedes, apesar dos laços entre as equipas estarem a fortalecer-se. A Racing Point irá agora usar o túnel de vento da Mercedes, abandonando o túnel de vento da Toyota.

“Vamos usar o túnel da Mercedes em Brackley por razões puramente de eficiência”, disse Green. ” O nosso departamento de aerodinâmica está localizado em Brackley; o túnel de vento da Mercedes está localizado em Brackley. É muito mais fácil fazer testes em Brackley do que em Colónia. Então, quando foi oferecido uma oportunidade para fazermos testes lá, foi uma escolha óbvia.”

“Não estamos a usar um modelo Haas-Ferrari porque Haas era uma equipa nova,criada do zero”, interveio Toto Wolff. “Esta equipa existe há muito tempo. Na verdade, não vejo o que pode ser assim tão mau no modelo da Haas-Ferrari”, acrescentou o austríaco. “Capacitamos alguém que tinha interesse em entrar na Fórmula 1, na criação de uma equipa, com a cooperação com a Ferrari, e que se estabeleceu solidamente no meio da tabela. Acho que isso é bom para a Fórmula 1″.

“O nosso modelo é muito diferente. Pelas razões expostas anteriormente, Andy e sua equipa sabem muito bem o que querem alcançar com o carro, eles têm um grupo técnico sólido. Eles usarão algumas das nossas infra-estruturas e vamos ver como as coisas evoluirão com os regulamentos de 2021. Uma vez os regulamentos definidos, vamos decidir qual das áreas em que queremos colaborar e onde é possível, em termos de regulamentação,” concluiu Wolff.