F1: O nome que pode deixar de fora Mick Schumacher e Nico Hulkenberg

Por a 6 Outubro 2022 11:10

Com as definições que se esperam nos próximos dias, a grelha de partida de 2023 ficará apenas com dois lugares livres, um na Williams e outro na Haas, podendo o papel de colega de equipa de Kevin Magnussen ter um candidato inesperado.

A ida de Pierre Gasly para a Alpine e a sua substituição por Nyck de Vries na AlphaTauri parece agora uma mera formalidade, o que deixa dois assentos vagos, sendo diversos os candidatos a eles.

Logan Sargeant, Mick Schumacher, Nico Hulkenberg, António Giovinazzi e Daniel Ricciardo são os nomes mais propalados no paddock, alguns com mais possibilidades que outros, mas um outro nome poderá ganhar força e que não tem sido muito aventado – Robert Shwartzman.

A Haas tem Magnussen confirmado para 2023, estando a avaliar diversos candidatos à posição de colega de equipa do sueco.

Guenther Steiner tem alguma relutância em apostar num estreante, depois das dores de cabeça que lhe foram dadas por Schumacher e Nikita Mazepin nos dois últimos anos, com diversos despistes violentos de ambos a terem um impacto forte nos cofres da equipa, inclinando-se para manter o alemão, que assim entraria na sua terceira temporada, ou recorrer Nico Hulkenberg, que perdeu um lugar na Fórmula 1 no final de 2021, mas tem vindo a disputar alguns Grandes Prémios nos últimos dois anos.

O germânico que se estreou na categoria máxima em 2010 com a Williams poderia ser uma solução de curto prazo, para depois abrir uma vaga para um piloto que ofereça mais garantias à equipa norte-americana.

O terceiro nome em cima da mesa é o de António Giovinazzi, com o apoio da Ferrari, mas Steiner não está muito interessado em ir na conversa de Mattia Binotto, dado que o piloto italiano já passou dois anos na Alfa Romeo e não mostrou ter um rasgo, razão pela qual não manteve o seu lugar na formação de Hinwil.

No entanto, segundo diversas fontes no paddock, crê-se que a Ferrari tem uma palavra a dizer na definição do titular de um dos carros da Haas.

Schumacher está ainda integrado na academia do construtor de Maranello, mas a sua saída parece ser uma inevitabilidade depois de duas temporadas em que não mostrou o que era esperado, não sendo por isso uma prioridade de Binotto e dos seus homens.

Porém, um nome pode emergir do seio da academia da Ferrari – Shwartzman.

O russo que tem agora licença israelita foi Campeão de Fórmula 3 em 2019 e na Fórmula 2, apesar de bons resultados (terminou em 4º e em 2º), nas suas duas temporada não foi brilhante, o que levou a que a sua candidatura a um lugar na Fórmula 1 tenha esmorecido.

Mas este ano tem vindo a estar envolvido num programa de testes com carros antigos da Ferrari, para além de trabalho de simulador, e o trabalho que tem vindo a desenvolver impressionou Binotto e os homens da ‘Scuderia’. “O Robert é um piloto fantástico. Penso que é muito rápido, especialmente num F1. Sempre que pilotou um F1 tem sido muito rápido com o F1 em si mesmo. Há pilotos que são fantásticos na F3, F2 e não são tão bons na F1.

Penso que o Robert é o contrário. Foi muito bom na F3, na F2, mas é muito, muito forte num F1. E, neste momento, é uma pena que não tenha um lugar”, afirmou o chefe de equipa da Ferrari durante o Grande Prémio de Itália.

O russo-israelita realizará duas sessões de treinos-livres com a Ferrari, uma em Austin e outra em Yas Marina, aproveitando a equipa de Maranello para cumprir o regulamento e permitir uma maior correlação de dados entre a pista e o seu simulador, mas se Shwartzman mostrar ao mundo aquilo que Binotto descreve sobre o seu piloto, então a sua candidatura poderá ganhar força, até porque terá no seu patrão um potente aliado. “Esta temporada trabalhou bastante no simulador. Trabalhou muito a ajudar a nossa equipa a desenvolver o carro actual.

Penso que, enquanto piloto, melhorou muito, desenvolveu as suas próprias qualidades e hoje é muito mais maduro até que há um ano. Portanto, penso que é um piloto que merece um lugar. Sabemos que neste momento é muito difícil, nesta situação, mas estou convicto de que no futuro pode acontecer”, frisou o chefe de equipa da Ferrari.

Steiner já afirmou que não tem pressa em definir o colega de equipa de Magnussen para 2023, com apenas dois lugares livres no plantel, Haas e Williams podem-se dar ao luxo de decidir quando fazem a escolha, uma vez que há mais pilotos que assentos disponíveis e opções de qualidade.

Assim, o italiano da equipa de Kannapolis pode esperar para ver o que Shwartzman faz nos treinos-livres que realizará com a Ferrari e, se se sair bem, será difícil para Steiner não ceder perante os intentos de Binotto, vendo-se Schumacher e Hulkenberg superados pelo jovem piloto da academia de Maranello.

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Cágado1
1 ano atrás

O Shwartzman impressionou-me muito mais na F2 que o Schumacher, pareceu-me ter uma maior rapidez natural, faltando-lhe apenas alguma maturidade – um pouco à semelhança do Tsunoda. Resta saber se consegue ganhar essa maturidade, ou se é como o japonês. Talvez o tempo de simulador ajude.

Pity
Pity
1 ano atrás

O Shwartzman perdeu o título de F2 para o Mick por ter errado demais, especialmente quando se tentavam ultrapassar. Chocaram várias vezes, a maioria delas por culpa do russo (ou será israelita?), ainda assim, se o Mick perder o lugar, prefiro que seja para o Shwartzman do que para o Hulkenberg.

Cágado1
Reply to  Pity
1 ano atrás

Em Silverstone, pelo menos, a culpa foi do Schumacher.

Pity
Pity
Reply to  Cágado1
1 ano atrás

Pois… onde foi, já não sei dizer, mas sim, numa delas a culpa foi do Schumacher, por isso é que eu escrevi “maioria delas”, lembro-me que achava o Shwartzan muito impaciente no momento de ultrapassar, mais do que o Mick.

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