F1: Nova fábrica para a Racing Point

É mais um passo na evolução da Racing Point. Depois do processo de insolvência que quase levou ao fim da equipa, a entrada de Lawrence Strollt trouxe um novo fôlego.

O investimento mais ambicioso ganha forma, agora com a construção de uma nova fábrica. Os planos foram mostrados na revista  F1 Racing  e está previsto um investimento de mais de 20 milhões de euros.

“Este é um novo capítulo, o começo de uma nova era e há uma enorme energia dos accionistas para investir e ajudar a equipa a tornar-se numa candidata aos pódios de forma regular no futuro”, disse o director da equipa, Otmar Szafnauer. “A equipa nunca esteve mais estável ou em melhores mãos e este projecto tem como objectivo atrair e reter os melhores talentos da Fórmula 1.”

“As novas instalações serão capazes de abrigar a expansão que planeamos e aumentar os número de pessoal para cerca de 600 pessoas. Precisamos de todos sob o mesmo tecto, queremos expandir a nossa produção, criar uma boa cantina, algum espaço para escritório, salas de reunião e um ginásio para os nossos funcionários – tudo o que não temos no momento.”

“Mas não queremos que seja um espaço demasiado opulento. Ainda queremos manter nosso DNA, por isso será construído com foco no desempenho.”

Neste momento a Racing Point já sente os efeitos do novo investimento com a contratação de mais Staff, que conta agora com mais de 430 funcionários. A construção desta fábrica facilitará o trabalho da equipa que neste momento tem as suas infraestruturas espalhadas (125 funcionários trabalham em Brackley, numa localização secundária). Decorre um reagrupamento dos staff que passará a trabalhar em edifícios temporários, enquanto a obra não termina, algo que está previsto para 2021.

Depois deste investimento, a vontade passa por construir por inteiro os chassis, sem recurso a peças vindas de fora, tal como acontece com as equipas de topo.

Este é um investimento que evidencia um compromisso a longo prazo e que vem dar um novo impulso à industria do motorsport que enfrenta tempos de incerteza com o Brexit e o anunciado tecto orçamental que poderá levar a despedimentos a médio prazo.