F1: Mercedes trabalha numa das suas maiores fraquezas

A Mercedes voltou a encontrar um dos problemas que têm afectado os seus carros desde o começo da era híbrida. A dificuldade em ultrapassar.

Desde o regresso da pausa de Verão que a Ferrari tem estado mais competitiva e desde então que a Mercedes se tem encontrado na posição de perseguidora, ao invés de ser perseguida. E não poucas vezes, os pilotos da Mercedes tem sentido dificuldades para passar aos Ferrari. Um dos factores para isso é a tremenda velocidade de ponta dos Ferrari em recta e outro é um “defeito” já antigo dos Mercedes… a perda de competitividade quando estão sob influência do “ar sujo” dos adversários.

A Mercedes sempre apresentou este problema, um carro pouco eficiente no meio da confusão, mas nunca sentiu grande necessidade de atacar essa situação de forma concreta porque… na grande maioria das vezes a visão dos pilotos da equipa era uma pista limpa à sua frente, ou retardatários que não dificultam a sua passagem. Agora com o relançamento do desafio da Ferrari e com um 2020 que promete uma Scuderia muito forte, a Mercedes terá de olhar para esse factor para minimizar as perdas, o que não aconteceu em Suzuka por exemplo:

O director de engenharia Andrew Shovlin explicou isso mesmo na análise da Mercedes no YouTube:

“Como vimos, Lewis estava a alguma distância de Vettel, mas ele estava pneus menos usados até o final da corrida, para que a diferença fosse reduzida. Sabíamos como os pneus se degradam, mas se conseguirmos ter pneus que são muito mais rápidos quando estão mais frescos, isso permite ultrapassar.

“Era nisso que apostávamos [quando Hamilton parou a segunda vez], que naquele período final Lewis seria capaz de passar Vettel. Agora, isso não funcionou e precisamos examinar por que não funcionou”.

“Também devemos melhorar o nosso carro nas ultrapassagens, porque a Ferrari é um carro muito difícil de passar. Vimos em muitas corridas recentes que temos sido capazes de os alcançar e somos mais rápidos na corrida do que eles, mas não os conseguimos ultrapassar. É nisso que temos de trabalhar. “