F1: E agora Sainz?

Por a 4 Fevereiro 2024 17:21

O mercado de pilotos pode ter sido aborrecido em 2023, uma vez que não houve qualquer mudança no pelotão, mas o que prometia ser um ano intenso, no que isso diz respeito, com a saída anunciada de Lewis Hamilton da Mercedes para rumar à Ferrari em 2025, paira uma enorme dúvida sobre o destino de alguns dos pilotos atuais da grelha, especialmente com Carlos Sainz. 

Com os lugares disponíveis nas equipas de topo a começarem a diminuir, o futuro do piloto espanhol já era intrigante ainda antes de anunciado o piloto britânico para o seu lugar na Ferrari. Agora, ficamos com a certeza que Sainz terá de continuar a sua carreira noutra equipa. Mas em qual?

Em comunicado, Sainz confirmou que em “breve anunciaremos notícias sobre o meu futuro”. E como escreveu Jean Alesi, num artigo de opinião no Corriere della Sera, Sainz teve um “comportamento e desempenho nos últimos anos mais do que positivos, até surpreendentes”. Por isso, assim como o antigo piloto francês considera, é de esperar que Sainz encontre “outras novas oportunidades, dado o seu talento e o prestígio que acumulou ao correr ao lado de [Charles] Leclerc”.

Há muito se fala na possibilidade de Carlos Sainz rumar ao projeto da Audi na Fórmula 1, liderada pelo antigo chefe de equipa da McLaren e que trabalhou com o espanhol, Andreas Seidl. Afastado que está agora o cenário, que alguns davam como certo, adiantando até ter sido confirmado por fontes internas. Como não houve renovação de contrato com a Ferrari para 2025 e 2026, Sainz trabalha numa nova mudança de equipa. 

Houve ainda sugestões de Sainz poder ocupar um lugar vago, deixado por uma hipotética saída de Alexander Albon, na Williams. Este cenário é proposto, além de outras “fontes”, pelo facto de Sainz ter visitado a fábrica da equipa em Grove durante o inverno. Assim, a equipa britânica liderada por James Vowles também poderia ser uma possível opção para o espanhol, mas trata-se de uma teoria pouco fundamentada, que dependeria sempre de como melhora a estrutura britânica. 

Também a Alpine, antiga Renault por onde passou o piloto espanhol antes da McLaren, tem os seus dois pilotos – Pierre Gasly e Esteban Ocon – no final dos seus contratos e ainda sem renovação anunciada. Seria um passo atrás neste momento, apostando que os franceses pudessem estar mais competitivos em 2026, ano de mudança regulamentar. É sabido que até essa altura, haverá, pelo menos, uma diferença de performance da unidade motriz e lutar por pódios nos próximos dois anos, pode ser um cenário otimista para a Alpine.

E se um lugar na Williams e Alpine parecem cenários pouco prováveis, rumar à Haas ainda menos. 

Por isso, pode o espanhol apontar a equipas do topo da tabela, até porque tem argumentos para isso. O único piloto não-Red Bull a vencer em 2023, pode regressar a uma casa que bem conhece. Esta pode ser a última temporada de Sergio Pérez em Milton Keynes e Carlos Sainz pode ter algum espaço de manobra se isso acontecer, mas ao que parece, terá a concorrência de Daniel Ricciardo, um dos “eternos” candidatos a este posto desde que regressou à F1 a meio da temporada passada.

A saída de Pérez pode parecer injusta, até porque qualquer piloto que seja companheiro de equipa de Max Verstappen vai ter sempre muitas dificuldades, mas parece haver uma vontade de retirar o piloto mexicano daquele posto. 

A Mercedes, obviamente, tem um lugar vago, mas sem avançar muito, Toto Wolff deixou no ar a possibilidade da sua equipa tentar uma abordagem diferente. O que quer isso dizer? Pode-se especular se será um piloto estreante ou um “veterano”, talvez como Fernando Alonso. Quererá Wolff mostrar à Ferrari que deveriam ter apreciado melhor as capacidades de Sainz?

Um dos projetos mais aliciantes da grelha da F1 é a Aston Martin, até porque deixarão de ser clientes da Mercedes para seguir caminho com a Honda. Seria preciso, porém, que um dos atuais pilotos deixasse a equipa e nesse caso, aposta-se mais no compatriota de Sainz. Há fundos para investir e há vontade de o fazer, o que para pilotos e engenheiros é sempre muito importante. 

Outro projeto que pode ter alguma capacidade para atrair Carlos Sainz do ponto de vista desportivo é a Visa Cash App RB. No entanto, precisaria de deixar de ser uma equipa júnior da Red Bull ou equipa B, como se quiser chamar, para poder almejar mais do ponto de vista de resultados.

O cenário menos provável para Carlos Sainz é o regresso a Woking, uma vez que a McLaren tratou de “blindar” Lando Norris e Oscar Piastri.

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leandro.marques
3 meses atrás

Com a exceção, por motivos óbvios, da sua atual equipa, da haas e da McLaren penso que qualquer um dos outros assentos são possíveis de ser ocupados por Sainz.

Cágado1
3 meses atrás

Esta é para levar pontos negativos, mas não resisto:
Com o pai super-activo, acho que o Sainz Jr. vai ter que se dedicar a guiar a mãe ao Mercadona. Parece-me a solução mais equilibrada para o conjunto da família Sainz, faria pouco sentido pedir ao pai para se retirar. 😉

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