F1: O intrigante futuro de Carlos Sainz

Em agosto passado, Frédéric Vasseur assegurou que o futuro de Carlos Sainz na Ferrari deveria estar resolvido antes do final da temporada de 2023, mas até agora ainda nenhuma renovação de contrato foi confirmada. No entanto, continua-se a especular sobre a possível saída do piloto espanhol para rumar ao novo projeto da Audi na Fórmula 1 e até há quem aponte um outro caminho, conforme se desenvolver o mercado de pilotos, que se espera intenso nos próximos meses. 

Numa altura em que ainda muito se especula sobre a possível saída do piloto espanhol para o projeto da Sauber com a Audi, faz-se silêncio em Maranello sobre o futuro de Carlos Sainz. Pouco se sabe, a não ser que há vontade de manter o piloto espanhol, mas não se sabe por quanto tempo. A especulação em torno do interesse em Carlos Sainz vai aumentando ao mesmo que não vai havendo notícias sobre a renovação de contrato com a Ferrari, mais agora que o acordo com Charles Leclerc está fechado. 

Houve rumores que o piloto espanhol, muito apreciado pelo seu antigo chefe de equipa na McLaren Andreas Seidl, estaria a orquestrar uma mudança para a Sauber/Audi, tendo havido notícias sobre um suposto um pré-acordo, que daria à estrutura suíça direito de preferência no caso de Sainz sair da Ferrari no final do contrato. Ao mesmo tempo, a ligação de Carlos Sainz pai à marca alemã é bastante conhecida e resultou este ano no seu novo triunfo no Dakar. 

Apesar de Sainz parecer estar no topo da lista de preferências da Audi, vários pilotos têm sido dados como constando também dessa lista. Nico Hülkenberg garantiu ter tido algumas conversas com a estrutura, tendo-se ainda falado da possibilidade de Esteban Ocon ser do interesse dos responsáveis do programa. Surgiram notícias sobre o interesse de duas equipas nos serviços de Alexander Albon, uma delas seria a Sauber/Audi, que também teria Pierre Gasly como suposto alvo. 

Depois de John Elkann, presidente da Ferrari, ter dito no dia do investidor da Exor, realizado no final de novembro em Turim, que Charles Leclerc e Carlos Sainz “vão ficar, claro”, Vasseur sugeriu, uns dias mais tarde, que não havia “pressa” para finalizar um novo acordo com ambos os pilotos, que terminavam contrato no final da temporada de 2024.

Ainda no mês de dezembro, Carlos Sainz confirmou o seu interesse em renovar contrato com a Ferrari antes de começar a temporada de 2024, tendo a intenção que o compromisso tenha mais de um ano de duração, aludindo aos rumores que tinham vindo a público, e salientando que a renovação é uma certeza desde que continue a sentir-se valorizado por Frédéric Vasseur e pela Ferrari.

Chegamos a janeiro e Leclerc tem um novo contrato, enquanto o espanhol, oficialmente, ainda não. 

Logo após o anúncio da renovação com Leclerc, surgiu na imprensa italiana que estaria perto de ser conhecido que Sainz ficará mais dois anos – 2025 e 2026 – na equipa italiana. Contrariando esta tese, no jornal Blick Roger Benoit escreveu que o espanhol está a ponderar entre um novo contrato com a Ferrari para 2025 ou uma mudança para a Sauber. 

Ao mesmo tempo, Lawrence Barreto no F1.com, assumiu que o piloto espanhol terá várias opções, dado o seu desempenho na Ferrari, identificando a Red Bull como a melhor escolha, já em 2025 quando o contrato de Sergio Pérez terminar, voltando desta forma à família Red Bull.  Considerando que uma mudança para a Sauber/Audi representaria um risco maior para Sainz, Barreto colocou ainda outra opção em cima da mesa, que ainda não tinha sido referida. Conforme Alexander Albon vai brilhando na Williams, o piloto tailandês é procurado por outras equipas, podendo ocupar um lugar que Sainz gostaria de ter. Assim, a equipa britânica liderada por James Vowles também poderia ser uma possível opção para o espanhol.

Trata-se de uma teoria ainda mais rebuscada, dependendo sempre de como melhora a Williams com a liderança de Vowles. 

O mercado pode ter sido aborrecido em 2023, uma vez que não houve qualquer mudança no pelotão, mas este ano promete ser muito mais intenso, com os lugares disponíveis nas equipas de topo a começarem a diminuir.