F1: Alonso vs Pérez mais difícil que Alonso vs Schumacher, graças ao DRS

Por a 7 Novembro 2023 12:26

Fernando Alonso proporcionou mais um grande momento para a história da F1. O duelo com Sergio Pérez será recordado como um dos grandes momentos do piloto espanhol, que enfrentou grandes pilotos em grandes lutas. Uma das mais lembradas foi o duelo com Michael Schumacher em 2005, em Ímola, um duelo que considerou mais fácil do que este último com Sergio Pérez.

Fernando Alonso é conhecido pela sua inteligência em pista e pela sua enorme capacidade de defender a sua posição. O piloto espanhol já nos mostrou essa faceta várias vezes, como, por exemplo, em Singapura (2010) contra Sebastian Vettel, ou na Hungria (2021) contra Hamilton, com quem travou batalhas disputadas ao centímetro.

Uma das lutas que mais está na memória dos fãs é contra Michael Schumacher, em 2005, no circuito de Imola. Kimi Raikkonen largou da pole, mas durou apenas nove voltas com a transmissão do seu McLaren a ceder após nove voltas. Fernando Alonso, aos comandos do poderoso R25, tratou de agarrar a liderança e de aí se manter durante grande parte da corrida, longe de imaginar que Michael Schumacher (Ferrari F 2005) acabaria por se tornar numa enorme dor de cabeça. O “Barão Vermelho” largou de 13º, mas conseguiu subir na tabela classificativa de forma espantosa. Depois de 20 voltas atrás de Jarno Trulli, conseguiu aumentar o ritmo e ganhar posições depois da primeira leva de paragens nas boxes. Em 13 voltas conseguiu recuperar vinte segundos, despachou Jenson Button (BAR 007). Schumacher aproximou-se de Alonso, que nas últimas 12 voltas teve de se defender do heptacampeão do mundo. Era a quarta época de Alonso na F1, terceira na Renault.

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Para a história, fica um duelo tremendo, entre dois gigantes do desporto. Porém, Alonso considera que essa luta acabou por ser mais fácil do que a luta com Sergio Pérez. O motivo? O DRS e os pneus:

“Foi mais fácil em 2005 porque não havia DRS. Então, provavelmente foi mais fácil. Agora, com o DRS, é um pouco diferente e também temos de fazer as coisas de forma um pouco diferente. E a gestão dos pneus também é muito diferente do que era na altura, em que podíamos levar o pneu até ao fim.”

Alonso usou o mesmo truque que usou em 2021 com Lewis Hamilton. O piloto espanhol usou trajetórias menos convencionais para tentar ganhar vantagem sobre Pérez. O diretor da equipa Aston, Mike Krack, elogiou Alonso pela forma como se defendeu:

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“Foi uma luta interessante nas últimas voltas. Obviamente, quanto mais nos aproximamos do final da corrida, mais emocionante se torna. Foi uma luta interessante. Foi possível ver que adotámos algumas linhas que talvez não fossem pouco convencionais, digamos assim. Mas, curiosamente, disseram ao Sérgio para fazer o mesmo. Foi possível ver a dinâmica interessante que se desenvolveu ali – toda a gente tentou gerir os pneus para ser forte nas partes em que se pode ultrapassar. E isso foi muito interessante. Vimos a enorme experiência, a forma como [Alonso] geriu o seu jogo contra alguém que, no papel, tem um carro mais rápido.”

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Assim, os pneus, mais uma vez, tornaram-se no ponto-chave. As críticas às borrachas da Pirelli sucedem-se, mas, neste caso, trouxeram um tempero diferente, tal como o DRS. O dispositivo de diminuição de arrasto é apontado por muitos como uma “aberração” que deturpa a verdade desportiva, facilitando em demasia as ultrapassagens. Mas se foi o DRS que tornou a vida de Alonso mais difícil na defesa da sua posição, também foi o DRS que permitiu o regresso do espanhol ao terceiro posto:

“Se em 2005 perdêssemos a posição, então era “bye bye”, não poderíamos recuperar, mas aqui tive outra oportunidade”, acrescentou. “Foi introduzido para proporcionar um espetáculo um pouco melhor e hoje é um bom exemplo disso, porque fui ultrapassado a duas voltas do fim e tive outra oportunidade, especialmente aqui no Brasil. Também vimos ontem [sábado, na sprint] que, quando há uma ultrapassagem na Curva 1, há uma forte possibilidade de que na Curva 4 alguém recupere a posição. É por isso que vemos algumas batalhas muito boas nas corridas, sempre em Interlagos.”

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