TCR Europe: Jornada complicada para os portugueses mas com bons apontamentos

A primeira ronda do TCR Europe foi dominada por Dusan Borkovic, que conquistou a pole e as duas vitórias em jogo no fim de semana. O piloto do Hyundai da Target esteve em bom plano e suplantou a concorrência que é de um nível notável.

Para os pilotos portugueses foi um fim de semana de aprendizagem, com alguns aspectos positivos e outros menos positivos. Os resultados obtidos terão ficado aquém do que inicialmente era esperado mas não nos podemos esquecer que foi o primeiro contacto com esta nova realidade . Os três pilotos estão em fase de adaptação às novas máquinas e enfrentaram um campeonato novo com tudo o que isso implica (conhecimento de pista, adversários, etc…).

Francisco Mora, em Hyundai i30 N TCR, foi o piloto que conseguiu os melhores resultados do fim de semana. Conseguiu passar à Q2 e ficou com o nono lugar na qualificação, que lhe abria boas perspectivas para a corrida 2.  A primeira prova do fim de semana não correu de feição e um toque atirou-o para fora de prova. Não começava da melhor maneira e na corrida dois as coisas também se complicaram, com novo toque e nova saída de pista. Desta vez não foi obrigado a desistir e conseguiu uma boa recuperação ficando às portas do pódio. O bi-campeão nacional conseguiu mostrar um andamento interessante e o resultado da segunda corrida é bom, tendo em conta os acontecimentos.  Tem motivos para sair motivado e com boas perspectivas para a próxima corrida.

Francisco Abreu, por seu lado, teve uma missão algo diferente. Inserido num projecto muito aliciante com a Peugeot Portugal, o piloto tem a seu cargo uma máquina  nova  (308 TCR) que está num processo de maturação. As prestações do piloto foram melhorando ao longo do fim de semana e na corrida 1, apesar de um mau arranque que o fez perder algumas posições, encontrou o ritmo certo para recuperar  e chegar à 13ª posição, num bom esforço. O resultado pode não espelhar o andamento demonstrado mas ficou a impressão que há ainda muito potencial por extrair da máquina e que o futuro pode ser mais risonho. A corrida 2 foi afectada por um toque que danificou a frente do carro e uma jogada estratégica que não surtiu efeito (colocação de pneus de chuva) sentenciaram o resultado final. Nada que desmotive a equipa e o piloto que vêm com optimismo os próximos desafios.

Gustavo Moura teve também um fim de semana de aprendizagem. A equipa e o piloto estão ainda numa fase de adaptação e de conhecimento da nova máquina e o objectivo declarado era de chegar ao fim das provas e aprender o máximo possível. O primeiro objectivo não foi conseguido mas certamente que foram tiradas as ilações necessárias para evoluir.

A frieza dos números pode não mostrar mas há apontamentos positivos e as próximas provas podem mostrar um pouco mais do que é a capacidade dos pilotos. E termos três pilotos numa competição deste nível é já por si motivo de satisfação. Os resultados chegarão em breve.