Puxar por Portugal nas 4 Horas do Estoril

Por a 9 Setembro 2015 14:08

O European Le Mans Series está de regresso ao Estoril e a apresentação do evento foi hoje na Câmara Municipal de Cascais. Na cerimónia, para além do presidente da autarquia, Carlos carreiras, estiveram também presentes o responsável máximo do European Le Mans Series, Gerard Neveu, o presidente da Federação portuguesa de automobilismo e Karting, Manuel de Mello Breyner, o director de corrida da European Le Mans Series, Eduardo Freitas e o presidente da ACDME, Carlos Lisboa.

Se fosse preciso dar-lhe boas razões para ir ao Estoril no fim de semana de 17 e 18 de outubro, bastava dizer-lhe que Filipe Albuquerque e a Jota Sport lideram o campeonato com um ponto de vantagem e têm que bater a Greaves MotorSport em luta direta, para serem Campeões. No Estoril, a lutar pela vitória na corrida, na sua classe, vai estar ainda a Ferrari Portugal, com Francisco Guedes e Filipe Barreiros, e para abrilhantar ainda mais a questão, estará também presente uma equipa portuguesa, a Algarve Pro Racing Team, que apesar de não contar com pilotos lusos, tem na sua estrutura vários mecânicos, e não só, portugueses.

Portanto, são bons motivos para ver uma grande corrida, muito equilibrada, cheia de lutas em pista, nas diversas classes, que este ano tem a seu favor o facto das duas primeiras equipas estarem apenas separadas por um ponto, o que torna quase qualquer posição em pista muito importante para as contas finais.

A temporada 2015 do European Le Mans Series (ELMS) chega às 4 Horas do Estoril, última prova da temporada, com quase tudo por decidir. Uma vez mais, o português Filipe Albuquerque está na discussão do cetro principal (LMP2), onde um ponto separa as duas primeiras equipas. Apenas os títulos de pilotos e equipas da categoria LMP3 estão entregues, mostrando a competitividade das quatro jornadas realizadas, onde poucas vezes os vencedores se repetiram.

Tudo começou em Abril, em Inglaterra, com as 4 Horas de Silverstone. Desde logo foi dado o mote, com um enorme espectáculo na decisão da vitória, tendo quatro carros passado pelo comando. O triunfo pertenceu ao Gibson 015S-Nissan da Greaves Motorsports (Bjorn Wirdheim/Gary Hirschi/Jon Lancaster) que tinham também conquistado o ponto suplementar da pole-position, na frente de outro Gibson 015S-Nissan, da JOTA Sport, guiado por Filipe Albuquerque, na companhia de Simon Dolan e Harry Tincknell. O Oreca 05-Nissan da Thiriet By TDS Racing, entregue a Ludovic Badey/Pierre Thiriet/Tristan Gommendy, completou o pódio, numa prova onde as táticas e as penalizações acabaram por ser determinantes.

Seguiu-se a habitual visita a Itália, com as 4 Horas de Imola, no mês de maio. Filipe Albuquerque, sempre na companhia de Dolan e Tincknell, não conseguiu desta feita repetir o triunfo de 2014. Depois de ter obtido a pole-position, o Gibson-Nissan da JOTA Sport teve de se contentar com mais um pódio, agora no terceiro lugar. O triunfo ficou para o Oreca-Nissan da Thieriet By TDS Racing (Badey/Thiriet/Gommendy), que assim assumiram a liderança da classificação geral. O Oreca 03R-Nissan da Murphy Prototypes cortou a meta no segundo lugar, naquele que foi o melhor resultado do ano para Mark Patterson/Michael Lyons/Nathanael Berthon.

A vitória sorriu finalmente ao Gibson-Nissan da JOTA Sport nas 4 Horas de Red Bull Ring, realizadas em Julho. Na pista austríaca, Albuquerque/Dolan/Tincknell conseguiram pontuação máxima depois de assinaram também a pole-position. Com esses 26 pontos, tornaram-se na terceira equipa a liderar o campeonato em igual número de provas. O Oreca da Thiriet By TDS Racing (Badey/Thiriet/Gommendy) acabou em segundo, descendo para igual posição no campeonato, tendo o terceiro lugar ficado para o BR01-Nissan da AF Racing (então ainda SMP Racing), guiado por Kirill Ladygin/Anton Ladygin/Mikhail Aleshin, naquele que foi o primeiro pódio do novo protótipo russo. Tal como em Imola, o Gibson-Nissan da Greaves Motorsport (Wirdheim/Hirschi/Lancaster) terminou no quarto posto, mantendo-se na batalha pelo título.

A equipa Greaves reforçou a candidatura ao ceptro ELMS 2015 com a vitória nas 4 Horas de Paul Ricard, realizadas no primeiro fim de semana de Setembro. O protótipo guiado por Wirdheim/Hirschi/Lancaster impôs-se na prova francesa numa decisão de pano verde de secretaria, depois de Albuquerque/Dolan/Tincknell terem feito uma corrida perto da perfeição e cortado a meta em primeiro lugar. Só que o piloto português guiou mais 1m51s que os 90 minutos que lhe estavam alocados por regulamento. O Gibson-Nissan nº 38 recebeu uma penalização de 45s, que o fez descer para o terceiro posto final. Ao segundo lugar ascendeu o BR01-Nissan de Ladygin/Aleshin/Shaytar, com o Oreca-Nissan da Thiriet By TDS Racing a não ir além do sexto posto e como tal caindo para a terceira posição da tabela de pontos.

Feitas as contas do campeonato LMP2 (Equipas e Pilotos), os JOTA Sport ‘boys’ (Albuquerque/Dolan/Tincknell) lideram a classificação, mas com apenas um ponto de vantagem – 76 contra 75 – para pilotos da Greaves Motorsport (Wirdheim/Hirschi/Lancaster). Ou seja, será campeã a equipa que ficar à frente da outra na prova portuguesa. Contudo, a tarefa pode ser mais complicada, pois também a formação da Thiriet By TDS Racing (Badey/Thiriet/Gommendy) tem grandes hipóteses de lutar pelo título, estando com apenas 10 pontos de atraso (65). Um dos cenários possíveis para a consagração dos franceses, por exemplo, passa pela conquista da pole-position e da vitória nas 4 Horas do Estoril, sem que nenhum dos adversários diretos fique no segundo lugar.

Por tudo isto a prova do Estoril reveste-se de grande importância, pois quando se preparava para ser apenas um mero cumprir de calendário para os homens da Jota sport, eis que uma penalização fora de horas os leva a que tenham que trabalhar de forma semelhante ao que fizeram, por exemplo, em Paul Ricard, para levar de vencida na pista a competição.

SÓ A CLASSE LMP3 JÁ TÊM CAMPEÕES

Nas outras classes, apenas o cetro de LMP3 está entregue ao Team LNT e aos seus pilotos Charlie Robertson e Sir Chris Hoy, este último um Cavaleiro do Reino britânico, ex-múltiplo campeão olímpico de ciclismo de pista, que assim assinou o primeiro grande título internacional nos automóveis. A dupla levou o Ginetta-Nissan ao triunfo na classe em três das quatro provas, só não vencendo em Imola.

Na categoria LMGTE, duas vitórias consecutivas (Red Bull Ring e Paul Ricard) colocaram o Ferrari F458 Italia do team dinamarquês Formula Racing, guiado por Mikkel Mac/Johnny Laursen/Andrea Rizzoli, a um sexto lugar do título. Mesmo se apenas duas das oito equipas regulares do campeonato esteja matematicamente arredada da batalha, uma delas o Porsche 911 RSR da Gulf Racing UK vencedor em Silverstone, a tarefa apresenta-se muito difícil. Contudo, tanto o BMW Z4 do Team Marc VDS, como os Ferrari F458 Italia da AF Corse, da JMW Motorsport e da AT Racing (que ganhou em Imola), para além do Porsche 911 RSR da Proton Competition, vão lutar até ao final das 4 Horas do Estoril.

Na classe GTC, a divisão de triunfos entre o BMW Z4 GT3 da TDS Racing (Dino Lunari/Eric Dermont/Franck Perera) e o Ferrari F458 Italia GT3 da AF Corse (Francesco Castellacci/Stuart Hall) deixa estas equipas como únicas candidatas ao título. A vantagem de 13 pontos da formação que inscreve o carro germânico, triunfadora em Silverstone e Paul Ricard, fica a dever-se ao facto do principal opositor, vencedor em Imola e Red Bull Ring, não ter pontuado na prova de abertura.

Como tal, mesmo que o Ferrari de Castellacci/Hall faça a pole-position e vença as 4 Horas do Estoril, basta um terceiro lugar ao BMW para chegar ao título. Praticamente de fora das contas está o Ferrari AF Corse dos pilotos da Ferrari Portugal (Francisco Guedes e Filipe Barreiros), que ocupa a terceira posição da geral. A desistência no Red Bull Ring, impediu que um segundo (Silverstone), um terceiro (Imola) e um quarto (Paul Ricard) lugares fossem suficientes para chegar à prova portuguesa com boas hipóteses no campeonato.

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