Historic Endurance: Revelada lista de inscritos para o Estoril Classics

Por a 29 Setembro 2023 12:40

O Iberian Historic Endurance fará parte da festa do Estoril Classics, que já se tornou uma referência no panorama internacional dos grandes eventos de clássicos e que se realiza no circuito português entre os dias 6 a 8 de outubro, com uma extensa e bela lista de inscritos.

Depois da confirmação de 21 monolugares de Fórmula 1 inscritos para as provas do Classic GP do evento deste ano no Autódromo do Estoril, a Race Ready revelou a lista de inscritos para o Iberian Historic Endurance, depois de realizar uma refletida seleção para reunir na 7ª edição do Estoril Classics uma grelha de partida diversa. Foram mais de oitenta pré-inscrições, mas o promotor teve de selecionar quarenta e cinco carros de Turismo e GT, separados em cinco classes.

A grelha de partida, que inclui 13 marcas diferentes de automóveis e pilotos de dez nacionalidades, é composta por modelos icónicos do automobilismo mundial, desde o GT40 da Ford, ao 911 da Porsche, o E-Type da Jaguar, o Elan da Lotus ou o GTAm da Alfa Romeo, aos quais se juntam pequenas raridades, com menor currículo nas pistas como o Ginetta G4R ou Merlyn Mk4.

Para Diogo Ferrão, o CEO da Race Ready e promotor do Iberian Historic Endurance, esta voltará a ser uma corrida especial. “O Estoril Classics já se tornou um ‘must do’ em termos europeus e portanto o evento mais esperado para os nossos participantes da Península Ibérica. Tivemos de fazer uma aturada seleção dos participantes, dando prioridade à diversidade de modelos, comportamento em pista e à frequência de participação, e conseguimos reunir uma lista de inscritos de altíssima qualidade.”

GDS: Destaque aos mais pequenos

A classe Gentlemen Driver Spirit (GDS), que engloba todas as viaturas equipadas com motores até 1300cc e todos os carros de Turismo até 2000cc, reúne um leque sortido de viaturas que inclui três Porsche 911 SWB – ‘the worlds most famous 2.0L Porsche’ – para as duas duplas da Garagem João Gomes, Pedro Moryon/José Carvalhosa e Nuno Nunes/Piero dal Maso, e para parelha espanhola Carlos Beltran/Pablo Tarrero da Nou Onze Team.

Habituais nestas andanças, a dupla pai e filho Alberto e Tomaz Velez-Grilo alinham com o seu BMW 1800 TiSA, um modelo que surgiu em meados dos anos 1960s como uma necessidade da marca bávara se impor nas corridas de Turismo. Eternos rivais, a Alfa Romeo terá dois representantes à altura, um Giulia Ti Super para o trio luso Rui Bevilacqua/António Magalhães/Nuno Veiga, e um exemplar Giulia Sprint GTA para o duo japonês Masami Fujita/Kei Ando, a primeira dupla asiática a competir no Historic Endurance neste evento.

Por fim, João Neves vai alinhar com um Datsun 1200, um carro que diz muito a gerações de aficionados portugueses que vibraram com as disputadíssimas corridas do Troféu Datsun nos anos 1970s e depois no início dos anos 2000s.

H-1965: Diversidade no seu auge

Como o nome indica, esta é a classe para viaturas construídas até 1965. Há quem diga que foi na década de 1960s que se construíram os carros mais elegantes da história e, talvez por isso, não é por acaso que aparecerão nesta categoria alguns dos carros mais aperitivos da grelha de partida, como o Jaguar E-Type, partilhado pelo casal Rhea Sautter e Andrew Newall, o Shelby Cobra Daytona dos franceses Brice Pineau e Olivier Muytjens, ou o imponente Ford Mustang do entusiasta holandês Bart Uiterwaal.

Para além do Porsche 904/6, proveniente da Dinamarca, a ser dividido por Thorkild Stamp e Michael Holden, vão também alinhar os bem aprumados 356 do francês François Guerin e da dupla ibérica Guillermo Velasco/Francisco Freitas, cujo modelo SC se destaca pela lendária decoração da Gulf, assim com o 356 Speedster, pintado de branco como aquele que conduziu o actor James Dean, do ex-velejador francês Vincent Tourneur, um dos poucos pilotos paraplégicos a competir em provas de clássicos.

A completar este pelotão, três Lotus Elan farão as delícias do público, todos eles muito bem conduzidos por Carlos Alberto Oliveira, Francisco Albuquerque e pelo sueco Per-Ake Forsvall.

H-1971: Bravos do pelotão

Com mais de 110 anos de história, a Alfa Romeo estará representada por cinco carros que carregam a icónica designação GTAm. De Hamburgo, na Alemanha, mais precisamente da Fernandes Oldtimertechnik, chegarão dois exemplares cuidados, um para o duo Volker Hichert/Bjorn Ebsen, e outro para Christian Oldendorff. A RP Motorsport, que é o preparador com mais carros na grelha de partida, conta com outros dois: um para a dupla formada por Jorge Santos e pelo ex-campeão nacional de velocidade Alcides Petiz, e outro para o espanhol Roberto Diaz-Rincon. José Oliveira, que este ano marcou presença no Le Mans Classic, completa a armada com o seu GTAm assistido pela Rosário Classic.

Numa classe tão heterogénea seria inevitável não encontrar uns quantos modelos da Porsche, incluindo o acarinhado 914/6 de Manuel de la Torre, o 911 R de Franck Biraben e os dois 911 2.5 ST de Vincent Jimenez e do trio Piero dal Maso/Guilherme dal Maso/José Carvalhosa.

Para quem gosta de carros diferentes, o Volvo 121 de Jorge Guimarães é um chamariz, assim como são os dois BMW 2800 CS de Domingos Sousa Coutinho/Luís Vasconcelos “Licas” e de Luís Sousa Ribeiro, pelo forte e espectacular andamento. Ao volante de um Ford Escort Twin Cam, um carro de Grupo 2, que em tempos disputou corridas em Portugal pelas mãos de Francisco Santos, estarão Manuel Ferrão e Tiago Marques.

H-1976: Reino da Porsche

Deste grupo saiu o primeiro a ver a bandeira de xadrez nesta mesma corrida nos dois últimos anos. O Porsche de Lars Rolsner não estará presente, mas outros 911 RS estarão na linha de partida, quatro deles preparados pela Aurora Motorsport, o braço desportivo da reputada Garagem Aurora. Cláudio Vieira, Bruno Santos e Pedro Bastos Rezende vão guiar os seus 911 3.0 RS, enquanto Mário Meireles/Vasco Nina, os vencedores das “3 Heures de Pau”, entram com o seu 911 2.8 RS. A dupla Bruno Duarte/Filipe Silva Jesus também apostam no seu 911 3.0 RS. O esquadrão de carros de Weissach fica completo com o 911 2.7 RS dos franceses Rémi Guillot e Matthieu Izidi, visto anteriormente no Grande Prémio de Pau.

O Ferrari 308 GT4, que será conduzido pelo seu proprietário, César Freitas, destoa neste pelotão, maioritariamente composto por carros produzidos em Zuffenhausen, quanto mais não seja pelo rugido do motor V8 da casa de Maranello.

GTP & Sportscar: A cereja no topo do bolo

Esta é talvez a classe que ao longo dos anos tem acolhido os carros mais invulgares. Para esta corrida especial, a grelha de partida voltará a contar com o Ginetta G4R de Palle Pedersen, que fez a pole-position nas 3 Horas de Spa este Verão, com o arguto Lotus Seven de João Mira Gomes e Nuno Afoito, ou o Alfa Romeo Ti Super, motorizado por um bloco de 2-0 litros usado nos Estados Unidos da América, do muito experiente Paulo Rompante. Também de regresso está Merlyn Mk4, um pequeno e leve protótipo construído no Reino Unido pela Colchester Racing Developments, de Carlos Barbot, um carro com que o piloto da Foguete Racing venceu os 250 km do Estoril de 2019.

Contudo, os carros mais chamativos para os muitos espectadores que irão comparecer neste evento, serão os dois Ford GT40. Após os bons resultados obtidos no passado ao volante de um Ford Mustang, Paulo Lima apostou esta temporada num carro lendário do automobilismo mundial. O outro GT40 é uma estreia absoluta no Historic Endurance. Os dinamarqueses Otto Reedtz-Thott e Jakob Holstein vão dividir o volante de um carro que nasceu das cinzas do GT40 MK I da equipa Comstock Racing Team, tragicamente destruído nas 12 Horas de Sebring de 1966.

Index de Performance: Classificação que oferece um Cuervo Y Sobrinos

Com o mote “Relaxed Historic Racing” e o objectivo de proporcionar corridas animadas de clássicos para Gentlemen Drivers nos melhores eventos e circuitos do sul da Europa, não há prova do Historic Endurance em que não seja atribuído o Index de Performance. Frequentemente, o vencedor desta classificação sai do naipe de viaturas de menor cilindrada, sendo que o vencedor leva para casa um belíssimo exemplar fabricado ao detalhe pelo prestigiado relojoeiro suíço Cuervo Y Sobrinos. Nesta edição são vários os candidatos ao tão cobiçado prémio, onde o vencedor não será o primeiro a cortar a linha de meta, mas sim aquele que executar em pista a melhor prestação em função da idade, cilindrada e tipo de carroceria. Como tal, os Porsche 356, o Datsun 1200 ou os Lotus, assumem o favoritismo face a carros mais performantes.

Com uma sessão de qualificação na tarde de sábado, a corrida de 50 minutos do Iberian Historic Endurance irá encerrar o preenchido programa do Estoril Classics 2023 às 17h30 de domingo.

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