LEMBRA-SE DE: A Dupla dos ‘Martini Boys’ no Estoril


Há 41 anos existia um campeonato chamado F2 – basicamente, o pai da F3000 e o avô do atual Fórmula 2. Mas regressando a 1978, nesse ano o circuito do Estoril foi palco de mais uma jornada do Campeonato da Europa de F2, mais precisamente a antepenúltima.

Uma jornada que teve 27 pilotos participantes, entre os quais Didier Pironi, Bruno Giacomelli, René Arnoux, Riccardo Patrese, Eddie Cheever, Derek Daly, Keke (então, ainda conhecido pelo seu nome próprio, Keijo!) Rosberg, Elio de Angelis, Alain Prost, Eje Elgh, enfim, toda a constelação de jovens lobos que, pouco depois, se digladiavam nos GP de F1.

Curiosamente, entre eles estava também um português – Mário Silva, que participou nos treinos com um terceiro Kauhsen, sendo colega de equipa de um tal Prost e de Michele Leclere.O desconhecimento do carro e a dureza do “salto” da Fórmula Ford para a F2 impediram-no de ir mais longe. Ficou a experiência, ainda hoje recordada como uma das melhores (apesar de todas as dificuldades que teve que ultrapassar) da longa carreira do piloto lisboeta, na altura com 27 anos.

Quanto à corrida em si, foi dominada pelo duo de Tico Martini, com Didier Pironi e bater o seu compatriota e vice-campeão no ano anterior, René Arnoux – que, com este segundo lugar, garantiu antecipadamente o título. O terceiro lugar foi para Cheever, num Ralt, na frente de três Chevron, pilotados por Rosberg, Daly e Patrese. Em sétimo, classificou-se o conde sueco Freddy Kottulinsky, um “gentleman driver” riquíssimo e que, na altura, tinha já quase 50 anos, mas ainda sabia “bater o pé” a “lobos” mais jovens.

A prova foi palco de um violento acidente, do qual o brasileiro Ingo Hoffman teve muita sorte em sair ileso.Opiloto do Ralt foi atirado para fora da pista pelo italiano Patrese, com quem estava a lutar pelo quinto lugar e que “forçou” a ultrapassagem numa zona em que tal era impossível de concretizar.

 

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