4H Portimão, ELMS: Prema Racing vence e conquista título

Por a 16 Outubro 2022 18:10

A Prema Racing conquistou o título do European Le Mans Series após o triunfo de Louis Deletraz, Ferdinand Habsburg e Juan Manuel Correa nas 4 Horas de Portimão, a última prova da temporada.

Entre os LMP3 foi a tripulação do Ligier JS P320 – Nissan #17 da Cool Racing, composta por Malthe Jakobsen, Maurice Smith e Michael Benham que venceram e com o #13 de Guilherme Oliveira, Charles Crews e Nico Pino fora de prova nos instantes finais da corrida, venceram o título europeu dedicado a esta classe.

Na classe GTE, a tripulação de senhoras da Iron Lynx venceu primeira vez, mas foi a equipa Proton Competition de Christian Ried, Gianmaria Bruni e Lorenzo Ferrari que acabou por ser a primeira classificada no campeonato.

As 4 Horas de Portimão, última prova da época do European Le Mans Series, arrancou com chuva e o piso molhado a dificultar a vida dos pilotos com pneus slicks ainda na volta de aquecimento. Foram vários os piões nessa volta, obrigando a direção de corrida a deixar o Safety Car em pista para uma segunda volta de formação.

Entre os LMP2, o polesitter Oreca 07 – Gibson #34 da Racing Team Turkey, com Salih Yoluc aos comandos foi um dos carros a fazer pião na primeira volta de formação. Apesar disso, o piloto turco começou na liderança do pelotão, mas cedo foi ‘engolido’ pelos adversários. Passou o Oreca 07 – Gibson #9 da Prema Racing com Juan Manuel Correa ao volante para a frente da classificação até ao final dos primeiros 20 minutos de prova, quando Pietro Fittipaldi no carro #43 da Inter Europol Competition, vindo do sétimo posto da grelha de partida, conseguiu a ultrapassagem para passar a líder dos LMP2.

Depois do primeiro período de Full Course Yellow, e antes de terminar a primeira hora de corrida, o Oreca #31 da TDS X Vaillante com Tijmen Van der Helm aos comandos, passou para o segundo posto, caindo o #9 para o terceiro posto. Mas a classificação acabaria por sofrer várias alterações até ao final. O Oreca #43 baixou várias posições depois de Pietro Fittipaldi deixar os comandos do carro e entregar o volante a David Heinemeier Hansson. O piloto sentiu muitas dificuldades e perdeu a posição para o #31 da TDS X Vaillante com Mathias Beche, que passou para a liderança da corrida, e depois de um novo período de Full Course Yellow, o #9 da Prema, com Ferdinand Habsburg ao volante, ultrapassou-o pelo segundo posto.

Com o desenrolar da corrida, o #9 subiu à liderança, enquanto o #31, muito perto das 3 horas de prova, ficou preso na gravilha devido a um toque com o #13 – com Nico Pino ao volante e que danificou o Ligier que resultaria no acidente sofrido por Guilherme Oliveira muito perto do final da corrida – e perdeu várias posições. Nessa altura passou o #65 de Job Van Uitert para o segundo posto, atrás de Louis Deletraz no #9. O Oreca #37 da COOL Racing (Yifei Ye/Niklas Kruetten/Nicolas Lapierre) acabaria por fechar o pódio da classe, com o #43 a fora do pódio apesar do excelente primeiro turno de condução de Fittipaldi.

Entre os LMP3, na categoria onde Guilherme Oliveira esteve perto de conquistar o título europeu, o seu companheiro de equipa Charles Crews demorou cerca de 10 minutos para ultrapassar o polesitter da classe, o Ligier JS P320 – Nissan #17 da Cool Racing, com Maurice Smith ao volante, e passar a liderar o pelotão desta categoria na fase inicial da prova algarvia. Mesmo com a condição da prova em FCY e as paragens, Crews manteve-se como líder.

Miguel Cristóvão, no Ligier JS P320 – Nissan #10 da Eurointernational, teve de cumprir uma penalização por ultrapassar antes da linha de controlo na partida da corrida. O piloto português, que esteve presente nas duas últimas rondas do ELMS para preparar a próxima época, ainda esteva na luta pelo pódio da classe, mas um problema técnico obrigou-o a perder muito tempo nas boxes.

Sempre na liderança do pelotão, a perova estava de feição à conquista do título pela tripulação do #13, até que a 15 minutos do final da terceira hora, Nico Pino tocou no LMP2 #31 e dirigiu-se à box sem a equipa estar preparada para reparar os danos. Teve de voltar à pista, mas já tinha perdido a posição para o Ligier #17 da Cool Racing com Malthe Jakobsen aos comandos. A equipa decidiu que tão perto do final da corrida, não valia a pena resolver os danos já que perderiam muito tempo.

A perder tempo em cada volta para os adversários, quando Guilherme Oliveira tomou conta dos comandos do Ligier #13 estavam na quarta posição da classificação. O problema é que um furo nos pneus já desgastados que vinham ainda do turno de condução anterior, levou o luso a ter de parar a menos de 20 minutos do final da prova. De qualquer forma as contas estariam complicadas para a tripulação da Inter Europol Competition, visto que iriam sair fora do sexto lugar, o último posto em que somariam os pontos necessários à conquista do título com a vitória mais que provável do #17 da Cool Racing. No entanto, no regresso à pista Oliveira não conseguiu curvar, foi para fora de pista e no regresso, deu-se o contacto com o Aston Martin #95 (de Henrique Chaves com John Hartshorne ao volante). O carro #13 ficou demasiado danificado e a corrida acabou de forma inglória para o jovem piloto. Os primeiros indícios apontam para uma falha na suspensão do Ligier após a saída do piloto português da via das boxes.

A corrida terminou com a vitória do #17 da Cool Racing, e conquista do título em LMP3, com o #2 da United Autosports (Bailey Voisin/Finn Gehrsitz/Joshua Caygill) e o #27 da Cool Racing (Jean-Ludovic Fouber/Antoine Doquin/Nicolas Maulini) no pódio da classe.

Nos LMGTE, Sarah Bovy, que tinha conquistado a pole position, no Ferrari #83 perdeu duas posições no arranque da corrida, passando o Ferrari #32 da Rinaldi Racing com Diego Alessi para a liderança dos carros de GT, com o Aston Martin Vantage AMR #69 da Oman Racing with TF Sport com Ahmad Al Harthy no segundo posto. Bovy tentou pressionar Al Harthy durante a primeira meia hora de corrida e quando surgiu o período de FCY, a piloto da Iron Lynx não parou nas boxes, ao contrário dos seus adversários, e retomou a liderança, sendo seguida pelo #69 e o #32 a fechar o top 3.

O Aston Martin Vantage AMR #95 da Oman Racing with TF Sport, carro de Henrique Chaves, ocupava o sétimo posto entre os GTE no final da hora inaugural. Com um fantástico (mais um) de Chaves, o luso colocou o carro britânico no segundo posto, enquanto o #83 da Iron Lynx estava no primeiro posto.

A Iron Lynx arriscou numa jogada estratégica diferente dos adversários e manteve a liderança com o Ferrari #83. O #32 foi penalizado durante as últimas duas horas e perdeu algumas posições. O terceiro lugar era ocupado pelo segundo Aston Martin, o #69.

Com o acidente que envolveu Guilherme Oliveira e John Hartshorne, companheiro de equipa de Henrique Chaves, o #95 teve de desistir muito perto do final da corrida, o que fez o #69 assumir o segundo lugar da classificação, já muito distante do líder Ferrari #83 da Iron Lynx.

O Ferrari 488 GTE Evo #57 da Kessel Racing (Takeshi Kimura/Frederik Schandorff/Mikkel Jensen) acabaria no terceiro lugar e subir ao pódio. O título da classe foi para Christian Ried, Gianmaria Bruni e Lorenzo Ferrari da Proton Racing.

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