CPV Vila Real, Corrida 1: O que disseram os vencedores

Depois de uma corrida com um início de loucos, os pilotos vencedores das respetivas divisões sentaram-se para a conferência de imprensa onde falaram dos acontecimentos em pista.

GT4 Pro

Francisco Mora explicou que a corrida começou com dificuldades ainda no percurso entre o paddock e a grelha, ao optar por pneus slicks numa pista ainda escorregadia. Os slicks com o piso molhado revelaram-se um desafio o que motivou a troca para pneus de chuva revelou-se uma decisão estratégica com vista ao campeonato, apesar de não ser a mais rápida. O foco estava em assegurar pontos e não arriscar O safety-car e a bandeira vermelha permitiram manterem-se na frente, o que facilitou a entrega do carro em primeiro lugar ao colega Francisco Abreu. Abreu enfrentou o segundo stint com a pista praticamente seca, mas não teve tarefa fácil. Teve de lidar com zonas ainda húmidas, especialmente na curva 1, e com o ar condicionado avariado no habitáculo. Apesar disso, encontrou o ritmo e levou o carro até ao fim com segurança. Sublinhou a importância das decisões estratégicas e considerou a vitória especial, sobretudo por acontecer em Vila Real, um lugar onde o público cria um ambiente incomparável.

GT4 AM

Rúben Vaquinhas, da Gianfranco Motorsport estreou-se em Vila Real e admitiu que vinha com uma mentalidade de aprendizagem. Mesmo conduzindo de forma conservadora, ficou surpreendido com os tempos alcançados. A chuva complicou o cenário, mas a equipa decidiu manter os pneus slicks, acreditando que o tempo melhoraria — o que se confirmou. Vencer na estreia foi inesperado e o apoio do público deixou-o profundamente emocionado.

GT CUP

Rui Mirita, ao volante do Porsche 911 Cup, também falou da magia de Vila Real, onde venceu na divisão Cup. Tendo já estado presente no ano anterior, fez um paralelismo curioso ao dizer que vir a Vila Real é como ir a Fátima a pé: quem vem uma vez quer sempre voltar. Em relação à corrida seguinte, espera maior agressividade por parte dos adversários, mas quer sobretudo terminar.

GT4 Bronze

Nuno Teixeira destacou que foi convidado à última hora para correr em Vila Real, circuito onde realizou a sua primeira corrida de sempre. Sem grande preparação, conseguiu a pole position da classe GT4 Bronze e afirmou ter superado as suas próprias expectativas. Revelou vontade de continuar, mas reconhece que o orçamento é um fator limitante. Ricardo Costa, mais experiente, confirmou que triunfar em Vila Real tem um sabor especial. Envolveu-se num toque logo no início da corrida, mas beneficiou da bandeira vermelha para trocar os pneus e recuperar até ao primeiro lugar. Apesar do contratempo e de uma ligeira lesão no braço, conseguiu terminar em grande plano ao lado de Nuno Teixeira.

GT4 Pro Bronze

Sérgio Azevedo, da Batina Racing, fez o primeiro stint do Toyota GR Supra GT4 Evo 2 numa fase caótica da corrida, com chuva intensa e visibilidade reduzida. Classificou o momento como puro instinto de sobrevivência. Agradeceu à organização e descreveu a pista como “do outro mundo”. Orlando Batina, que completou a corrida, entrou com a pista seca e adotou uma abordagem agressiva. Mesmo com handicap, conseguiu assumir o segundo lugar e depois ultrapassar o líder, vencendo numa pista onde ultrapassar é considerado quase impossível. Reforçou o mérito da equipa e da estrutura técnica que preparou o carro.

GTX

Pompeu Simões arrancou na frente na divisão GTX, enfrentou alguma chuva, mas rapidamente mudou para slicks após o safety-car. Conseguiu manter a liderança, gerir os pneus com vista à corrida seguinte e entregou o carro em primeiro ao colega Duarte Camelo. Duarte, por sua vez, estreou-se em Vila Real e ficou satisfeito com o resultado inesperado. Começou o fim de semana com dificuldades na adaptação, mas destacou a importância da ajuda do colega mais experiente, que lhe permitiu evoluir e terminar a corrida na frente. Mostrou-se motivado para repetir a boa prestação no dia seguinte.

Todos os pilotos destacaram a singularidade de correr em Vila Real, tanto pela exigência do circuito como pelo ambiente criado pelo público, que torna cada corrida especial.