Dakar: A aposta arrojada da Dacia com o Sandrider

Uma entrada em grande da Dacia. A marca do grupo Renault está a preparar-se para o Rali Dakar 2025 e apostou num veículo pouco convencional denominado Sandrider, desenvolvida em parceria com a Prodrive. O veículo foi apresentado hoje.

O nome Dacia já tinha estado ligado ao Dakar com o Duster, mas o Sandrider é um veículo de rally raid concebido especificamente para os desafios do rali mais duro do mundo. O design enfatiza o minimalismo, eliminando carroçarias desnecessárias, melhorando o desempenho no exigente terreno do deserto. O interior apresenta um painel de instrumentos modular e várias inovações que visam maximizar a durabilidade e o conforto no meio das exigentes condições do deserto. A sustentabilidade ambiental está no centro das atenções, com a utilização de componentes leves em fibra de carbono e a adoção de combustível renovável.

Por baixo do seu exterior impactante, o Sandrider tem como coração um motor V6 biturbo de 3,0 litros (uma derivação do motor usado no Nissan Z) que gera 360 cv e 540 Nm de binário, que irá usar combustível sintético. A suspensão tem um curso de 350 mm e vem equipado com pneus todo-o-terreno BF Goodrich de 37 polegadas.

O Sandrider irá competir na categoria T1 de topo do Dakar, especificamente na classe Ultimate, que permite métodos alternativos de combustível ou propulsão. A equipa de pilotos é uma autêntica parada de estrela e inclui Nasser Al-Attiyah, Cristina Guttierez Herrero, e Sébastien Loeb.

Programado para fazer a sua estreia no Rallye du Maroc em outubro de 2024, o Sandrider irá depois participar no Rali Dakar em janeiro de 2025. A Dacia comprometeu-se com um programa de campeonato mundial de dois anos, com o Sandrider a funcionar pelo menos até à edição de 2027 do Dakar.

Loeb, citado pelo Dirtfish, indicou que recebeu propostas para mudar de equipa, mas rejeitou-as para permanecer na Prodrive.

“Não foi difícil escolher este projeto. É um verdadeiro projeto profissional com investimento da Dacia”, disse Loeb. “Tive várias oportunidades, mas utilizar a experiência do nosso carro atual com um projeto totalmente novo otimiza as hipóteses de ganhar o Dakar. Por isso, a escolha foi muito fácil para mim.”