WRC, Rali da Acrópole: Thierry Neuville a caminho da vitória, 3ª seguida da Hyundai

Por a 10 Setembro 2022 18:43

Quem diria há algumas semanas que a Hyundai poderia vencer três ralis seguidos? É óbvio que os ralis estão sempre em aberto e qualquer coisa pode acontecer, mas olhando para a lógica do que tem sido o ano, poucos, ou nenhuns, esperavam que a Hyundai acertasse o passo desta forma. Neste momento, os homens da Alzenau estão muito perto de triunfar pela terceira vez consecutiva, quarta do ano, a primeira de Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1).

Todos sabemos que o Hyundai i20 N Rally1 é rápido, bastava ver o carro andar face à concorrência numa reta extensa para perceber que ‘alma’ nunca faltou naquele motor.

Mas quando tudo o resto tinha que entrar na equação, o menor refinamento aerodinâmico do carro e a fiabilidade resultante de tudo o que já sabemos, atraso no projeto, etc, etc, as coisas eram bem diferentes, e ainda não estão 100% resolvidas, Basta ouvir os pilotos para o comprovar.

Portanto, a Toyota vencer cinco das primeiras sete provas não foi novidade para ninguém, embora se esperasse que a M-Sport pudesse fazer melhor do que ‘apenas’ o triunfo no Rali de Monte Carlo. Já na Sardenha, um bom sinal com o triunfo de Ott Tanak, mas em Alzenau continuou-se a trabalhar afincadamente e os resultados começaram a aparecer. O triunfo na Finlândia e na Bélgica, duas provas de cariz totalmente antagónico, não deixaram dúvidas a ninguém que o campeonato teria sido bem mais interessante se a Hyundai estivesse neste patamar de agora no início do ano e a M-Sport tivesse pilotos que estivessem à altura da valia do carro.

Agora, Thierry Neuville está numa posição quase perfeita para vencer pela primeira vez este ano, ainda que Ott Tänak possa ‘apertá-lo’ nos três troços que ainda faltam. Achamos que não, mas tendo em conta que os ‘bate boca’ na Hyundai andam um pouco aguçados entre ambos, basta relembrar o que se passou na Bélgica. Portanto, se Tanak tentar, não nos admirávamos muito, mas 27.9s dão para muita coisa.

Como se sabe, o rali teve muitas incidência e a primeira ‘bola a sair do saco’ é simples: nenhuma dupla terminou o segundo dia de prova na mesma posição que terminou o primeiro. Sebastien Loeb estava na frente, abandonou. Pierre Louis Loubet era segundo, terminou o segundo dia em quinto. Esapekka Lappi era 3º, tinha dois Ford à frente, mas não aguentou os três Hyundai, caiu na classificação e depois teve problemas e abandonou.

Thierry Neuville era quarto, agora lidera, Dani Sordo era 5º subiu para 3º, Ott Tanak 6º, é 2º, Gus Greensmith, 7º, desistiu com problemas mecânicos, Elfyn Evans, 8º, é quarto, perto do pódio, Kalle Rovanpera era 9º, está muito atrasado a 16.04.s1 da frente, Takamoto Katsuta, 10º subiu para 7º, Craig Breen, 11º, é sexto. Nem um manteve a posição.

como já referimos, acreditamos que Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai i20 N Rally1) não vai atacar, mas nunca se sabe.

Dani Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) vai ter que lutar pelo pódio, já que Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) não estão muito longe depois de um segundo dia bem melhor que o primeiro. A luta pelo lugar mais baixo do pódio promete, e é uma questão de orgulho, a Toyota, não permitir que a Hyundai reserve para si todo o pódio.

Vamos ver como termina esta luta, tem tudo para ser interessante.

Foi pena o que sucedeu a Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1). Chegaram a liderar o rali, na PE6, terminaram o 1º dia muito perto de Loeb, a 1.7s, calculava-se que lhes fosse difícil manter a posição, pois Esapekka Lappi e Thierry Neuville não estavam longe, mas foi pena o que lhes sucedeu na PE9 quando furaram e caíram de 3º para 7º ficando sem hipóteses de um resultado bem melhor, que estavam a fazer por merecer.

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) não merece todo o azar que está a ter. É verdade que auto infligiu muito do azar que tem tido durante a época, mas não consegui uma prova limpa, é demais. Ainda por cima a ver Loeb e Loubet fazerem um brilharete para a M-Sport no 1º dia ao terminarem em primeiro e segundo. Um furo na PE4, ‘tramou-o’, caiu de 5º para 20º, neste segundo dia foi ganhando posições, mas com um andamento cauteloso.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1) tem estado muito apagado neste prova. Até parece que os Toyota não querem nada com a Grécia, mas é apenas uma coincidência. Pouca coisa lhe correu bem, quase nunca teve ritmo, e tudo teve a ver com a aderência.

Já se sabia que Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) iriam ter muitas dificuldades no 1º dia, mas não se esperava esperava que perdessem mais de um minuto. Em Portugal perderam 13.6s nas na Sardenha perderam 1m13.1s, portanto não é novidade.

O que é novidade foi o facto do segundo dia ter sido igual e não sofria da questão de abrir a estrada. Tem sido um rali que não lhe correu bem e para piorar tudo bateu forte e abandonou.

Esapekka Lappi/Janne Ferm (Toyota GR Yaris Rally1) terminaram o primeiro dia em 3º muito perto da frente, mas o dia de hoje não lhe estava a correr bem, depressa começou a perder muito tempo, até que na PE12 teve um problema mecânico, falha na a bomba de combustível, e atrasou-se muito na classificação, desistindo depois devido a excesso de penalização.

Gus Greensmith estava a fazer uma prova muito apagada, por isso quase não se deu por ele quando encostou à boxe na PE11. Problemas de travões no 1º dia, desistiu quando era sexto.

Por fim e não menos importante: Sébastien Loeb/Isabelle Galmiche (Ford Puma Rally1) lideravam o rali com 19.0s de avanço para Thierry Neuville quando desistiram com a correia do alternador partida. Ainda tentaram reparar mas excederam o tempo de penalização.

O francês mais velho e o mais novo mostraram nesta prova que os Ford Puma Rally1 são bons carros, podem andar nas lutas da frente, mas como todos os outros, de vez em quando avariam, e Loeb teve esse azar. Sem ele, provavelmente estaria a disputar a vitória na prova, mas isso nunca iremos saber.

No WRC2 Open, Emil Lindholm/Reeta Hämäläinen (Škoda Fabia Rally2 evo) lidera com 44.6s de avanço para Nikolay Gryazin/K. Aleksandrov (Škoda Fabia Rally2 evo). Andreas Mikkelsen/Torstein Erikson (Skoda Fabia Rally2 evo) já subiu até 10º mas um mau resultado quando já teve dois abandonos, vai colocá-lo muito pressionado na luta pelo título e

tanto Yohan Rossel, como Kajetan Kajetanowicz, ou mesmo Emil Lindholm podem perfeitamente suplantá-lo. E tudo por causa de um toque na super especial…

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