Vítor Pascoal: “Não tinha noção da falta de ritmo poder tornar-se tão evidente em onze meses”

Vítor Pascoal não teve um regresso fácil aos ralis, já que depois de ter estado afastado cerca de onzes meses dos ralis, a falta de ritmo notou-se bastante, muito mais do que o piloto de Baião estava à espera. Ainda assim, terminou a prova de Gondomar na segunda posição, depois de ter passado boa parte da prova na luta pelo segundo lugar: “Foi um rali um bocado atribulado, muita ‘ferrugem’ e falta de ritmo. A última prova que realizei antes de Gondomar foi o Rali de Baião de 2012, e depois disso, só mesmo poucos quilómetros de um Rali Sprint, com um patrocinador ao lado. Sinceramente, não tinha noção da falta de ritmo poder tornar-se tão evidente em onze meses. No final da primeira especial disse ao Luis (Ramalho) que achava que tínhamos andado bem, mas quando vi os tempos fiquei muito espantado. 22 segundos em sete quilómetros é muito e eu até achava que ia a andar bem, antes de ver os tempos, achava que tinha entrado bem no rali. A verdade é que desde 1994 até 2012 sempre estive num campeonato ou noutro. Tenho muita experiência mas a falta de ritmo foi impressionante. Inicialmente havia sítios onde entrava claramente com uma velocidade abaixo do que devia, e de repente dei por mim a fazer o exatamente contrário, ou seja a ser demasiado otimista, com o carro demasiado solto. Na terceira especial as coisas já começaram a melhorar, mas neste tipo de provas, rali sprint, a minha experiência não sobressai, já que sempre estive habituado a troços mais longos, e isso confirma-se com a quarta especial, com 12 Km, onde bati o Carlos Martins, piloto de grande valor, muito rápido e muito bem preparado. Ele preparou-se bem, tem um ritmo muito forte e é muito merecidamente campeão” disse Vítor Pascoal, que já olha para o futuro: “Estas duas participações, pretendo disputar também o Rali de Baião, visam reacender a chama para voltar. Ainda não sei ao certo que tipo de projeto poderá ser possível montar, mas é quase certo que vou fazer qualquer coisa, nem que seja o Open. Para já não há regulamentos, e sem eles torna-se difícil montar projetos. Vamos aguardar.”, conclui Pascoal.