Ricardo Moura entrou da melhor forma no Campeonato Nacional de Ralis, estreando-se a vencer no Rali Serras de Fafe e chegando ao oitavo triunfo da sua carreira no campeonato. Num evento rodeado de grande expectativa pela qualidade e quantidade do plantel, o tricampeão nacional fez uma prova praticamente isenta de erros, liderando o rali do primeiro ao último troço, vencendo quatro especiais (o que lhe dá dois pontos extra) e terminando com 25,3s de vantagem sobre o regressado Miguel Campos. Foi a primeira vitória de Ricardo Moura no CNR desde o Rali Casinos do Algarve de 2013.
Miguel Campos também teve um regresso positivo à competição, sobretudo pelo facto de já não disputar um rali de terra desde 2012 e pelos poucos quilómetros de testes com o Peugeot 208 T16. O piloto de Famalicão venceu um troço e foi o principal adversário de Moura a partir do momento em que João Barros (PEC3) furou e que José Pedro Fontes teve problemas de direcção assistida (PEC4).
Barros ficou mesmo arredado da luta pela vitória com esse furo no início da manhã, já que o piloto de Paredes venceu cinco classificativas (duas delas empatado com Miguel Campos e Ricardo Moura, respetivamente) e esteve sempre entre os mais rápidos, com exceção da azarada passagem matinal pela Lameirinha.
Direcção assistida traiu Fontes
Na prova de estreia com o DS3 R5, José Pedro Fontes ficou fora da discussão pelos primeiros lugares devido a um problema na direcção assistida do carro francês. Fontes tinha acabado de vencer a PEC3 quando o problema se manifestou, fazendo depois um enorme esforço físico para terminar a prova no sétimo lugar. Quando a Sports&You conseguiu minimizar o problema, o piloto do Porto ainda foi o mais rápido na derradeira especial da prova.
O campeão em título, Pedro Meireles, não conseguiu a mesma performance que o levou à vitória em Fafe em 2014 (na altura após um emocionante duelo com o estónio Martin Kangur), sobretudo devido a um pião durante a manhã e depois pela falta de confiança no Fabia S2000 alugado à italiana PA Racing (a mesma estrutura que prepara o Peugeot de Miguel Campos). Meireles terminou no quarto lugar, na frente de Adruzilo Lopes que com o seu talento e experiência continua a conseguir imiscuir o Subaru entre os R5 e S2000.
Boa prestação também para Paulo Meireles que não só regressava à competição após longa ausência como também se estreava com um Ford Fiesta R5. O irmão mais velho de Pedro Meireles fez uma prova em crescendo e terminou no sexto lugar da geral, enquanto Joaquim Alves – campeão de Ralis Norte 2RM – foi oitavo na estreia com o Skoda Fabia S2000.
Nos duas rodas motrizes brilharam João Ruivo e Max Vatanen. O primeiro porque começa a época com um 9º lugar da geral e uma vitória incontestável nos 2RM ao volante do Renault Clio R3. Já o jovem finlandês, filho do lendário Ari Vatanen, conseguiu levar um Ford Fiesta R2 ao top 10 num rali que desconhecia e na frente de carros bem mais potentes.
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Foto: Albano Loureiro – Aifa / PressXL News
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