Ralis sem sem fronteiras

O Mundial de Ralis está muitas vezes envolto em mistério. A primeira pista que algo parecido poderia estar para suceder deu-se quando foi publicado o calendário de 2012, onde ao Rali da Argentina aparecia definido como ‘evento longo’. Agora já se sabe mais, naquilo que pode ser o primeiro produto de uma nova era dos ralis do Mundial com tendência para regressar aos ralis da década de 80, conforme as pretensões de Jean Todt.

Michèle Mouton, a nova responsável pela gestão do WRC, explica que “o objetivo é ter ralis com um formato diferente dos do campeonato atual, voltando atrás no tempo e dando maior flexibilidade ao organizador para fazer coisas diferentes: “As reformas em curso no WRC oferecerão maior flexibilidade aos organizadores. Desta forma, o número de parques de assistência e a distância das etapas, por exemplo, deixarão de ser limitadas, o que permitirá aos organizadores recuperarem as características que estiveram na génese da história das suas provas”, referiu a organizadora e ex-piloto francesa.

Entre estas poderão estar ralis com mais zonas de remote service (zonas de assistência intermédias).Algo que venha a implicar mais resistência, traga mais espetadores e, ao mesmo tempo, obrigue os pilotos a novos desafios”. Mas quando se fala em ralis de resistência está-se a falar de ralis de maior quilometragem ou de ralis sem fronteiras, como acontece já no Rali da Suécia-Noruega? Mouton considera que “ambas as fórmulas poderão ser válidas porque quando se democratiza a flexibilidade qualquer uma dessas duas hipóteses pode servir de modelo a uma prova do Mundial”. Em todo o caso, a ideia dos ralis ‘longos’ tem em mente, sobretudo, não subjugar a prova em questão a um único Parque de Assistência central.

Mas, na verdade e de forma concreta, não há ainda decisões tomadas, até porque este novo conjunto de ideias que promete revolucionar o WRC têm ainda que ser aprovado pela Comissão do Mundial de Ralis depois de auscultada a voz dos Construtores.

Martin Holmes