Entrevista carreira a Carlos Barros: “O Adruzilo demonstrou que podia ter sido um piloto do WRC”


Carlos Barros

Aos 63 anos e quando cumpre 43 anos de carreira, Carlos Barros pode olhar para trás com orgulho. Desde o ‘monstro’ 205 Turbo 16 na década de 80, até à ‘flecha’ 905 dos Sport-Protóptipos nos anos 90, tudo lhe passou pelas mãos. Dirigiu uma das equipas de ralis mais reconhecidas em Portugal e na Europa, a Peugeot Sport Portugal e hoje em dia trabalha para a FIA, Federação Internacional do Automóvel.

Numa longa conversa de quase duas horas, falou-se da sua chegada à Peugeot (Talbot Sport) em 1977, dos primeiros anos no WRC com o Talbot Sumbean Lotus. Falou-nos do jovem Henri Toivonen, do início do projeto 205 T16, a sua ascensão na Peugeot Sport.

Como viveu o acidente de Ari Vatanen no Rali da Argentina de 1985, os desafios do ponto de vista mecânico tinha um carro de Grupo B.

A sensação de vencer o Rali Portugal de 1985 e de subir ao pódio com Timo Salonen e Seppo Harjanne.

Do trágico ano de 1986, em Portugal, na Córsega, a última vez que falou e que viu Henri Toivonen e a célebre polémica do Rali Sanremo de 1986, com a desclassificação da Peugeot.

Carlos Barros falou-nos ainda das memórias pessoais de episódios vividos nestes anos do Grupo B, a experiência do Dakar e Pikes Peak, as diferenças na preparação dos carros para o Dakar vs WRC e ainda a mítica história do roubo do carro do Dakar em 1988.

Depois foi a vez da adaptação da equipa às pistas e ao projeto Le Mans, do papel de Jean Todt nas vitórias da Peugeot em todas as modalidades onde competia.

Por fim, passámos para a Peugeot Portugal Sport, falou-nos dos seus pilotos, Adruzilo Lopes, Miguel Campos e Bruno Magalhães, e por fim as suas funções de Delegado da FIA para o Truck Racing e mais recentemente Delegado Técnico da FIA para o WTCR.

Uma entrevista carreira longa, mas que não pode perder, tendo em conta a relevância.