AMAK fala em “incómodo” e critica FPAK

Pedro Calado, presidente da Associação Madeirense de Automobilismo e Karting, criticou a redução de 30 para 15 minutos dos parques de assistência imposta pela FPAK, norma que se aplica a todos os campeonatos tutelados pelo organismo.

“Eu acho que esta situação está a ser colocada porque a FPAK uma vez mais não olhou para a Madeira com a especificidade que devia. Podem-se fazer regulamentos, mas atendo às características que cada região tem. No Norte de Portugal é uma coisa, no Sul outra, e não há dúvida que esta diminuição de 30 minutos para 15 dos parques de assistência não vai ao encontro do desejo de ninguém, nem dos pilotos, nem das marcas, nem da comunicação social, nem dos próprios organizadores. Acho que este é um assunto que tem de ser revisto de imediato”, referiu em declarações recolhidas pela RTP Madeira.

O dirigente madeirense acrescentou que “a AMAK tem tido uma postura de colaboração e tem procurado fazer o melhor possível” e que no Rali de S. Vicente “assistiu-se a um episódio caricato, que é a própria federação retirar de um regulamento de provas os logos da AMAK”.

“Há aqui qualquer coisa que não está bem esclarecida e que tem de o ser para o bem da modalidade. Qualquer organização é livre de fazer acordos com um patrocinador, seja com quem for, da forma que quiser. Se entender pôr 30 logos dentro de um regulamento ou dentro de uma especificação da prova, vai pôr. Agora não vai tirar sem dizer o motivo. E eu aproveito para relembrar que as organizações, nomeadamente esta de S. Vicente e todas as provas do regional, têm os números dos concorrentes todos gratuitos devido a um protocolo que fizeram com a AMAK. Portanto nem que fosse por isso o logo da AMAK devia estar em qualquer regulamento de qualquer prova. Nós não estamos aqui para tapar ninguém, nem para fazer sombra a ninguém. Nós estamos aqui para trabalhar em conjunto e em prol desta modalidade”.

Pedro Calado levantou ainda a hipótese do organismo que dirige sair da FPAK: “Se as pessoas quiserem, querem. Se não quiserem, digam, que a AMAK também vai servir para arranjar outra forma de trabalharmos e fazermos os campeonatos aqui na Madeira. Não há problema nenhum. Nós não queremos isso, mas parece que o incómodo é de tal ordem… E se neste momento estamos a ser incómodos, se calhar o melhor é sairmos [da FPAK]”.

Veja a reportagem da RTP Madeira: