McLaren MP4/4: O monolugar do primeiro título de Ayrton Senna

Por a 29 Dezembro 2013 17:24

O McLaren MP4/4 de 1988, que teve como pilotos Alain Prost e Ayrton Senna venceu 15 dos 16 GPs do Mundial de F1 desse ano, ainda hoje recorde de vitórias de uma equipa numa temporada. É por muitos considerado o melhor carro de corrida de todos os tempos e foi com ele que Ayrton Senna obteve o seu primeiro título mundial, com três pontos de avanço sobre Alain Prost, o que foi ilustrativo do domínio protagonizado pela McLaren/Honda.

A equipa britânica venceu 15 das 16 corridas e apenas Berger (Ferrari F187/88) conseguiu uma vitória solitária no GP de Itália. Ayrton Senna subiu por oito vezes ao lugar mais alto do pódio e Prost sete, no ano em que a equipa de Ron Dennis trocou o TAG/Porsche pelos propulsores nipónicos.

A FISA voltou a mexer nos regulamentos, reduzindo a pressão limite dos turbo para 2,5 bar, assumindo que, desta forma, seria possível assistir a uma luta mais animada com os motores normalmente aspirados.

O GP do Brasil acolheu a F1 em Jacarépaguá e a primeira prova do mundial foi ganha por Alain Prost (McLaren MP4-4/Honda). Em San Marino, Ayrton Senna não deixou escapar a sua primeira vitória na McLaren e, após ter conquistado a pole position, liderou sempre a corrida. Prost foi 2º, ambos com uma volta de avanço sobre o 3º, Nelson Piquet. Mais uma ‘pole’ para Senna no Mónaco e uma corrida demasiado fácil. Tão fácil que se desconcentrou e cometeu um erro crasso à 66ª volta na curva do Portier, entregando a vitória a Prost.

No México Senna fez a quarta pole consecutiva, mas seria Prost a chegar em 1º, enquanto no Canadá, o piloto brasileiro da McLaren, voltou a estabelecer o melhor tempo dos treinos, mas desta vez ganhou a corrida. Mais uma pole position de Senna e o domínio total no GP dos EUA em Detroit, com Prost em 2º e Thierry Boutsen (Benetton B188/Ford) em 3º.

Prost quebrou a série de poles de Senna no GP de França e não só conseguiu ser o mais rápido nos treinos como vencer a corrida, com mais de 30s de vantagem relação ao seu companheiro de equipa.

Senna iniciava na Grã-Bretanha uma série de quatro vitórias consecutivas que viria a revelar-se fundamental para a obtenção do título. Triunfou também na Alemanha, na Hungria, após uma luta muito cerrada com Prost e que azedou as relações entre os dois pilotos que já não eram as melhores, e na Bélgica, onde passou para o comando do Mundial, com o mesmo número de pontos que Prost, mas com mais vitórias. Com exceção de Silverstone, onde desistiu, Alain Prost terminou as restantes três corridas sempre em 2º lugar.

Em Monza, a Ferrari conseguiu um resultado inesperado, com Berger a alcançar a vitória, seguido de Alboreto. Apesar de ter conquistado a 10ª pole da temporada Senna não conseguiu terminar a corrida, já que, a duas voltas do final desentendeu-se com Jean-Louis Schlesser (Williams-Judd) que abriu na chicane para Senna passar e depois deu um toque nas rodas traseiras do McLaren. Na altura Ayrton liderava com 25 segundos de avanço sobre Berger e tinha a corrida no bolso.

Em Portugal viveu-se mais um capítulo do relacionamento tenso no seio da McLaren, quando a equipa resolveu prepara um chassis novo para Prost deixando Senna a debater-se com problemas no seu carro, ao longo do fim-de-semana. Na segunda partida, a corrida tinha sido parada devido a um acidente com Martini, Senna arrancou melhor, Prost começou a aproximar-se perigosamente e o brasileiro não pensou em melhor solução do que apertar Prost contra o muro das boxes. Felizmente esta manobra não teve consequências, Prost passou para o comando e acabou por ganhar, com Senna apenas no 6º lugar.

Ayrton Senna voltou a ter problemas no GP de Espanha, o computador de bordo dava informações erradas sobre o consumo (entre outras falhas) e não conseguiu evitar nova vitória de Prost, terminando apenas em 4º. O francês liderava o Mundial mas, caso Senna vencesse no Japão seria Campeão.

Em Suzuka, Senna voltou a ser o mais rápido nos treinos mas, à partida, deixou o motor do McLaren ir abaixo e só facto daquela zona do circuito ser a descer é que lhe possibilitou voltar a colocá-lo em funcionamento. No final da primeira volta era 14º e foram necessárias 27 voltas para que conseguisse, graças a um extraordinário exercício de pilotagem, ultrapassar Prost, vencer a corrida e conquistar o título de Campeão Mundial. O campeonato terminou na Austrália com mais uma pole de Ayrton, a 13ª e a vitória de Prost na corrida.

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