Lotus e Williams, como tudo muda em poucos meses

A Fórmula 1 é uma modalidade em constante evolução e nada é um dado adquirido. De 2013 para 2014 a Lotus viu o seu desempenho decrescer imenso, enquanto a Williams conheceu a realidade inversa. Onde estará a principal mudança?

O diretor técnico da Williams, Pat Symonds, explica: “Quando chegámos, não existia confiança. Era por isso que estavam todos em pânico. Agora toda a gente acredita em si própria novamente. Existe uma atmosfera muito diferente na equipa.”

Pastor Maldonado, atualmente na Lotus, era o piloto da Williams na temporada passada e saiu da equipa de Grove por opção. Conhecendo as duas realidades, aponta o motor Mercedes a chave para o sucesso do FW36, afirmando que “no passado, a Lotus tem construído os melhores monolugares de Fórmula 1. Este ano, as coisas não vão bem, mesmo se o monolugar é bom. A diferença está, principalmente, nos motores Mercedes.”

No entanto, Pat Symonds contraria esta ideia: “O motor Mercedes claro que nos tem ajudado muito. Mas não nos podemos esquecer que no último ano, com o Renault, tínhamos o mesmo motor que os campeões do mundo, e fomos nonos. Agora temos o motor do aparente novo campeão do Mundo novamente e estamos a fazer muito melhor. Somos a segunda equipa Mercedes mais rápida e não muito longe da equipa de fábrica.”

Se a Willliams recuperou a confiança, já a Lotus encontra-se ‘perdida’: “Penso que ainda estamos com problemas em perceber o motor, mas também temos problemas em Enstone em combinar chassis, aerodinâmica e motor. Estamos a tentar melhorar mas é um processo muito, muito lento.” – explica Federico Gastaldi, chefe de equipa da Lotus.

Quanto a Pastor Maldonado, em conclusão, admite: “Algumas vezes ‘saltamos’ para a pista a pensar unicamente em terminar e não a pensar em explorar toda a performance do monolugar o que não é uma grande abordagem. Mas às vezes precisamos de dar um passo atrás para recuperar e ficarmos melhores.”