Lembra-se de Mauro Forghieri: Mago quando jovem


Mauro Forghieri nasceu em Modena, um dos santuários italianos dos desporto automóvel. Filho único do casal Reclus e Afra Forghieri, o seu pai era um preparador de motores e inventor de patentes, que antes da II Grande Guerra trabalhou no projecto Alfa 158 e, durante o conflito, com a Ansaldo. Os genes do pai não se perderam no filho: o jovem Mauro era aquilo que se pode chamar um “crânio”. Os seus interesses voltavam-se mais para a aviação mas, depois de concluir o Liceo Scientifico e obter uma licenciatura em Engenharia Mecânica na Universidade de Bolonha, aceitou um convite da Ferrari, que não ficara indiferente ao seu talento, muito apregoado pelo pai Reclus. Talento que depressa frutificou, ao ponto de, em 1962, passar a fazer parte da equipa de corridas da marca de Maranello – e logo como Director do Departamento Técnico para carros de competição. Poucos anos mais tarde, em 1970, foi promovido anos a Director do Departamento de Competição.

Foi Forghieri quem desenhou toda a série 312 da Ferrari – que se declinou em monolugares de F1 e de Sport. Foi sob a sua batuta que a Ferrari venceu os campeonatos de Pilotos em 1964 (John Surtees), 1975 e 1977 (Niki Lauda) e 1979 (Jody Scheckter), bem como o de Construtores por oito vezes. Isto tudo na F1. Forghieri deixou a Ferrari em 1987, juntando-se então à Lamborghini Engineering, criada pelo inefável Lee Iacocca. Com a “Lambo” voltou à F1, primeiro com um V12 acoplado a umchassis Larrousse (1989), depois com um carro completo (1991). Porém, sem sucesso. Entre 1992 e 1994, foi director técnico da Bugatti e, neste ano, fundou a Oral Engineering Group, empresa de “design” mecânico.

 

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