LEMBRA-SE DE Pierluigi Martini: O piloto que Lamy substituiu

Pierluigi Martini, ou ‘Pierino’, como era afetuosamente chamado, era um personagem inconfundível no meio da F1, com a sua trunfa encaracolada e o seu sorriso fácil. Durante uma década, entre 1984 e 1995, participou em 119 Grandes Prémios de F1; rápido, nunca teve contudo os melhores meios ao seu dispor. Aliás, o seu nome era ‘sinónimo’ da Minardi, equipa com que efetuou a maior parte das corridas – mais exactamente 107. Por isso, não espanta que a sua melhor classificação tenha sido dois quartos lugares, em 1991, nas provas de San Marino e de Portugal.

E já que falamos em ‘nós’, o nome de Pierluigi está intimamente ligado ao de Pedro Lamy, que o substituiu em 1995, precisamente na Minardi, quando o pequeno italiano decidiu abandonar a F1. Curiosamente, o apelido Martini está também ligado a outro facto, mas este incluído no anedotário da modalidade: o seu tio era um tal de Giancarlo, cujo “mérito” principal foi ter destruído um Ferrari 312T na “warm up” para a Corrida dos Campeões de 1976, que teve lugar em Brands Hatch!

Mas regressando a Pierluigi, gastou um bom par de anos na F3 do seu país, ao volante de um errático Dallara, antes de provocar alguma surpresa quando subiu o degrau para o Europeu daquela categoria, que venceu em 1983.

Na temporada seguinte, a sua ligação a Giancarlo Minardi começou com os melhores frutos, ao terminar em segundo lugar a sua prova de estreia na F2. mais tarde, chegou a testar um Brabham, mas foi com a Toleman que tentou a F1, falhando a qualificação em Monza, com um carro oficial. Entre 1985 e 1987, depois da frustração que foi a sua participação na F1 com o Minardi equipado com o Motori Moderni V6, Pierluigi correu no Campeonato Internacional de F3000, vencendo quatro corridas e terminando no segundo lugar, antes de ser chamado de volta à equipa de Faenza, em 1988.

Depois da F1, rubricou uma carreira de sucesso nos “sport cars”, vencendo mesmo em Le Mans, com um BMWV12 LMR, em 1999, fazendo equipa com Yannick Dalmas e Joachim Winkelhock. Voltou à competição no Grand Prix Masters, em 2006, mas ficou-se por aí….