GP de Singapura de F1: Alpine ‘escorrega’, McLaren ‘comanda’…

Por a 3 Outubro 2022 17:21

A McLaren e a Alpine levaram para Marina Bay novos componentes técnicos, mas acabou por ser a falta de fiabilidade a derrotar pesadamente a equipa do construtor francês, que após o Grande Prémio de Singapura caiu para o 5º lugar do Campeonato de Construtores, por troca com a sua rival.

Estas duas equipas continuam a sua luta pela supremacia no Segundo Pelotão e para o regresso a Singapura ambas tinham desenvolvimentos, na tentativa de bater a sua adversária em pista.

A McLaren estreou apenas no carro de Lando Norris novos flancos influenciados pelos ostentados pelo Red Bull RB18.

Curiosamente, numa era em que o tecto orçamental tem de ser respeitado, o novo componente da formação do Woking tinha sido manufaturado a partir da versão anterior.

Já a Alpine apresentava um fundo completamente renovado, havendo confiança dentro da equipa de que poderia valer cerca de meio segundo – um ganho que talvez possa ser demasiado optimista.

No entanto, depois da sexta-feira do Grande Prémio de Singapura a validade das evoluções de cada uma das equipas ficou completamente em segundo plano, uma vez que a chuva passou a ser uma presença assídua em Marina Bay, passando a ser os pontos de maior importância a confiança dos pilotos e a escolha dos pneus certos para as condições da pista.

Numa qualificação que se iniciou com a pista molhada, mas com tendência a secar, foi Fernando Alonso que se impôs atrás dos pilotos das ‘Três Grandes’, batendo de forma categórica Lando Norris, que ficou no 6º posto no encalço do espanhol, mas a mais de seis décimos de segundo deste.

Daniel Ricciardo e Esteban Ocon, que não tinham conseguido acompanhar os respectivos colegas de equipa nas sessões de treinos-livres, foram eliminados logo na Q1, tendo o francês se queixado de problemas de travões do seu Alpine.

Para a corrida ficava assim a expectativa de um duelo entre Alonso e Norris e de verificar a recuperação do australiano e do gaulês.

Depois de um hora e cinco minutos de atraso devido à bátega de água que se abateu sobre Marina Bay, o Grande Prémio de Singapura teve o seu início, tendo todos os pilotos elegido os pneus intermédios para iniciar a corrida, uma vez que a pista já se mostrava capaz de suportar estas borrachas da Pirelli.

Alonso não teve um bom arranque e viu-se suplantado por Norris, mas a vantagem massiva que exibiu na qualificação não se mostrava em configuração de corrida, tendo perdido mais de quatro segundos para o inglês quando estavam completadas 8 voltas, momento em que o Safety-Car entrou em pista devido ao abandono de Guanyu Zhou, que sofrera um toque de Nicholas Latifi que lhe danificou o seu Alfa Romeo.

O piloto da Alpine teria nova oportunidade, com o reagrupamento do pelotão, mas agora tinha atrás de si Max Verstappen, que depois de uma má qualificação e de um péssimo arranque, procurava recuperar.

Apesar dos ataques do Campeão do Mundo, Alonso permaneceu imperturbável, mantendo a sua posição, mas uma vez mais, não era capaz de acompanhar o andamento de Norris.

A situação poderia mudar quando a pista exigisse a montagem de pneus slicks, mas o espanhol nunca chegaria a esse estágio.

Na 22ª volta, Alonso parava em pista com problemas na sua unidade de potência, abandonando. A maior esperança da Alpine em marcar um bom punhado de pontos esfumava-se com o cantar do V6 turbo híbrido francês.

Para agravar a situação da equipa do construtor de Dieppe, meia dúzia de voltas depois, Ocon via a sua unidade de potência desligar-se subitamente, acabando também a sua corrida.

Com menos de meia prova completada, a ofensiva da Alpine esboroava-se, deixando a McLaren numa situação privilegiada para realizar um ataque ao 4º lugar no Campeonato de Construtores.

Norris nunca teve uma verdadeira oposição, após o abandono de Alonso, e beneficiou ainda dos erros de Lewis Hamilton e de Max Verstappen para terminar num proveitoso 4º posto, somando 12 pontos, e de repente, os confortáveis 18 pontos que a Alpine tinha de vantagem para a McLaren, ficavam ao alcance da equipa de Woking.

Ricciardo não estava a realizar uma corrida espectacular, rodando nas imediações do 10º lugar. Porém, o Safety-Car provocado pelo despiste de Yuki Tsunoda, estavam disputadas 37 voltas, não poderia calhar em melhor momento para o australiano.

Ainda com pneus intermédios, mas com a pista já pronta para slicks, o piloto da McLaren saltou para a frente da maior parte dos pilotos que tinham parado nas voltas anteriores, subindo a 5º.

De um momento para o outro a McLaren tinha à frente dos seus carros, apenas Sérgio Pérez e os dois Ferrari, tendo no final da prova somado 22 pontos, o suficiente para suplantar a Alpine no Campeonato de Construtores.

A marca francesa deixava Marina Bay no 5º posto e, muito embora tenha mostrado competitividade, preocupada com a fiabilidade da sua unidade de potência que atirou para o abandono os seus dois pilotos.

A Aston Martin esteve também em plano destaque, tendo colocado Lance Stroll no 6º lugar e Sebastian Vettel em 8º, o que lhe permitiu ascender à 7ª posição no Campeonato de Construtores, ao suplantar a Alpha Tauri e a Haas.

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