GP de França de F1/2º pelotão: Sem problemas, Alonso vence

Por a 25 Julho 2022 16:40

No início da temporada foram muitas as equipas que se impuseram na luta pela primazia do 2º Pelotão, mas duas equipas têm vindo a afirmar-se consistentemente como as mais fortes – a McLaren e a Alpine – e no Grande Prémio de França foi a formação de marca francesa e Fernando Alonso a levarem a melhor.

Nem sempre estas duas equipas tiveram ao seu dispor dos carros mais rápidos atrás das três estruturas mais fortes, mas ao longo da primeira metade da época tem vindo a ser mais consistentes quer nos resultados, quer na forma como tem vindo a desenvolver os respetivos monolugares.

Em Paul Ricard ambas as formações estrearam novos componentes, tendo a McLaren realizado uma atualização profunda do MCL36, que consistia num redesign completo dos flancos, assim como num novo fundo e condutas de arrefecimento dos travões traseiros. Por seu lado, a Alpine foi mais comedida neste seu novo pacote, tendo reconfigurado as laterais do fundo do A522.

Tantas modificações poderiam ter um impacto profundo na competitividade relativa das duas equipas, podendo uma ganhar uma superioridade decisiva relativamente à outra.

Nos treinos-livres de sexta, com ambas as equipas avaliaram os novos componentes, a McLaren foi mais rápida em simulação de qualificação, ao passo que a Alpine se mostrava mais forte com tanque cheio.

No entanto, no seio da formação da marca gaulesa havia algumas dúvidas quanto ao seu ritmo de corrida, dado o muito calor que se fazia sentir em Paul Ricard e as dificuldades que o A522 evidenciou diversas vezes na gestão dos pneus.

A qualificação confirmou o ascendente da McLaren neste exercício, com Lando Norris a garantir um fabuloso quinto lugar na grelha de partida, a dividir os dois Mercedes, ao passo que Fernando Alonso, como tem vindo a ser habitual, liderava a Alpine, assegurando o sétimo registo, mas os 0,520s que o espanhol perdia para o inglês deixava as hostes gaulesas preocupadas.

Daniel Ricciardo e Esteban Ocon não acediam à Q3, verificando-se novamente vantagem da parte da formação inglesa, com o australiano a registar o décimo primeiro registo e o francês o décimo segundo – contudo, ambos os pilotos subiriam dois lugares na grelha de partida, com as penalizações de Carlos Sainz e Kevin Magnussen, que montaram novos componentes das respetivas unidades de potência.

Na tentativa de assegurar uma boa gestão de pneus, os técnicos da estrutura de Enstone, condicionaram o ritmo de qualificação, mas Alonso temia que tivessem ido longe de mais.

Porém, o arranque acabaria por ser um dos primeiros passos para o triunfo do espanhol.

Como costuma ser habitual, o bicampeão mundial de Fórmula 1 aproveitou as oportunidades dos primeiros momentos de prova e no final da volta de abertura era quinto, à frente de George Russell e chegando a incomodar Sérgio Pérez, ao passo que Norris descia para sétimo.

Ricciardo e Ocon mantinham as suas posições, seguindo atrás do inglês da McLaren.

Sem nada a ganhar em se defender veementemente do britânico da Mercedes, Alonso foi suplantado por este na terceira volta, passando então a gerir a distância para Norris.

A partir de então, as incertezas do espanhol e da sua equipa revelaram-se infundadas, com o piloto do carro número catorze a afastar-se progressivamente do seu perseguidor, conseguindo cavar uma vantagem de quatro segundos até à décima sétima volta, uma antes do Safety-Car entrar em pista devido ao despiste de Charles Leclerc, situação que foi aproveitada por quase todos o pelotão para parar nas boxes.

A vantagem que Alonso tinha construído desaparecia, mas uma vez mais, o espanhol mostrava um ritmo mais forte a partir do momento em que a corrida voltava a situação de bandeira verde.

O Alpine A522 nas mãos do bicampeão mundial evidenciava um ritmo mais forte que o McLaren MCL36 de Norris, cavando um fosso de quase dez segundos para o jovem inglês no final da corrida.

Ocon confirmava o ascendente da formação da marca francesa face a sua rival de Woking, suplantando Ricciardo a oito voltas do fim.

Fernando Alonso vencia assim a batalha do Segundo Pelotão de forma convincente, provando que, quando não tem questões técnicas, é difícil de bater, o que é consubstanciado pela diferença entre ele e o seu colega de equipa – catorze segundos ao longo das cinquenta e três voltas que compuseram o Grande Prémio de França.

Após a prova gaulesa, a Alpine figura agora no quarto posto do Campeonato de Construtores com uma vantagem de quatro pontos para a McLaren, afirmando-se estas duas equipas como as mais fortes candidatas ao título de melhor formação do 2º Pelotão.

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