GP Canadá F1: Notas AutoSport

Por a 19 Junho 2023 15:09

No final do Grande Prémio do Canadá, a Red Bull festejou a sua 100ª vitória desde a entrada na Fórmula 1 e a 41ª de Max Verstappen, que igualou o registo de Ayrton Senna. Foi mais um fim de semana em que ninguém foi capaz de travar o ciclo vitorioso do piloto neerlandês a bordo do carro construído em Milton Keynes. Parece ser difícil isso acontecer tão cedo. 

Max Verstappen: 10

Só faltou a volta mais rápida – ficou o seu companheiro de equipa com esse registo – para juntar ao domínio exercido por Verstappen durante a prova canadiana. Continua tão longe da concorrência, voltando a fazer uma prova isolado na frente da corrida. Nem no arranque teve que defender a posição, ao contrário do que aconteceu em Espanha, uma vez que depois de ter perdido o posto para Lewis Hamilton, Fernando Alonso quis logo reaver a posição e os dois entraram numa discussão que permitiu ao neerlandês escapar sem perseguidores. 

Caminha a passos largos para o tricampeonato e apesar de ter cometido uma pequena imprudência perto do final da corrida, não há nada a apontar ao desempenho do piloto da Red Bull.

Fernando Alonso: 9

Na sessão de qualificação Fernando Alonso devia ter garantido o segundo posto, tendo nas mãos o segundo carro mais rápido. Partiu dessa posição devido à penalização a Nico Hülkenberg, mas viu Lewis Hamilton a passar à frente nos primeiros metros de corrida. Não foi o arranque mais bem conseguido e a partir desse momento só tinha como objetivo recuperar a posição. Conseguiu 22 voltas depois e nunca mais foi presa para o britânico da Mercedes, mesmo tendo perdido alguma da vantagem que tinha construído antes. Alcançou o sexto pódio da temporada e provou ser possível à Aston Martin ficar na frente da Mercedes apesar das atualizações de fundo do W14. O AMR23 é um carro muito bem nascido e com os novos componentes no Canadá, mantém um desempenho forte.

Lewis Hamilton: 8

A Mercedes fez um trabalho de preparação para a qualificação e corrida muito diferente da maioria dos adversários e houve alturas nos treinos em que os carros de Brackley pareciam que estavam a ter dificuldades no traçado do Circuito Gilles Villeneuve, mas chegados à qualificação, e principalmente à corrida, estiveram fortes. Hamilton mais do que George Russell, que errou numa altura em que tinha de pressionar Alonso, conseguiu retirar a performance do carro e alcançar um pódio muito importante para a Mercedes, que mantém o segundo posto no mundial de construtores.

Não teve argumentos para manter a posição quando Alonso tentou recuperar o segundo lugar, nem para atacar logo de seguida, mas fez uma boa corrida.

Charles Leclerc: 7

Não terá sido o resultado que pretendia para si, mas foi o possível, em mais um fim de semana marcado pela má qualificação. O SF-23 tem problemas que a equipa terá de resolver e arrancar do meio do pelotão aumenta a dificuldade para qualquer piloto. Leclerc e Carlos Sainz beneficiaram da tática da equipa durante a corrida, mas na qualificação ficou a impressão que a Ferrari podia ter feito melhor com o piloto monegasco. Chegou a uma altura, depois do que aconteceu na época passada e já este ano, em que qualquer decisão estratégica levanta dúvidas a Leclerc e isso não é uma boa relação entre as duas partes.

A nota espelha o quão frustrante foi a qualificação, já que em corrida, Leclerc pouco ou nada podia fazer de diferente para alcançar outro resultado. 

Carlos Sainz: 7

A mesma nota do seu companheiro de equipa, mas podia ter a vida facilitada. Sainz teve na mão o oitavo posto da grelha de corrida e podia ter lucrado com isso na prova de domingo, no entanto voltou a ser penalizado por impedir um adversário na sessão. Pode-se argumentar que tinha dois carros atrás de si, mas o espanhol é experiente o suficiente para não repetir este tipo de incidentes.

Na corrida tentou fazer pressão para ultrapassar o companheiro de equipa, mas os responsáveis da Ferrari apostaram no coletivo e seguiram o plano traçado, somando pontos importantes, por isso o piloto espanhol pouco se pode queixar.   

Sergio Pérez: 6 

Custa ver ‘este’ Pérez comparativamente àquele do início da temporada. Parece um piloto resignado ao papel secundário e frustrado depois do acidente no Mónaco. Parece ter sido este episódio que desligou o ‘interruptor’ do piloto mexicano.

Começa a ter Fernando Alonso mais perto e pode ter o segundo posto em causa. Não foi feliz na qualificação, bem tentou, mas foi apanhado pelo facto dos pneus intermédios serem os mais lentos com as condições de pista e depois o mesmo aconteceu com os macios. Em corrida, não conseguiu apanhar os Ferrari e tendo o RB19 nas mãos, é uma situação indesejável. 

Alexander Albon: 10

Uma nota que vale pelo que fez na qualificação e na corrida. Albon foi um dos melhores pilotos que passou pelo GP do Canadá deste fim de semana.

Terminou pressionado por dois pilotos com carros muito mais performantes do que o FW45 e mesmo assim defendeu-se de todas as investidas. Soube tirar partido do melhor que o seu carro tem e nas zonas onde era mais fraco, fechou sempre os caminhos. De tirar o chapéu, o que Albon fez no Canadá e que até nem era dos circuitos onde o piloto pensou ser possível um resultado extraordinário.

Esteban Ocon: 7

Ocon foi novamente melhor do que o seu companheiro de equipa e voltou a dar à Alpine mais pontos. Em corrida foi apanhado no ‘comboio’ de DRS e foi difícil fazer mais. Apanhou Russell, e essa seria uma boa luta que nos foi roubada, e depois da desistência do piloto britânico, ficou à sua frente um ‘super’ Albon, que resistiu a tudo.

O carro da Alpine parece não ter acompanhado alguns dos seus adversários, principalmente quem está acima, como era desejado pelos responsáveis da equipa francesa. 

Lance Stroll: 6

Também longe do que o seu companheiro de equipa consegue fazer com o mesmo carro, a corrida de Lance Stroll ficou marcada pela má qualificação. A partir desse momento era tentar recuperar o máximo possível, mas no meio do pelotão o canadiano sentiu dificuldades em ultrapassar os adversários. 

Lutou até aos últimos metros, comprovando que é um piloto agressivo – no bom sentido – e nunca vira a cara à luta.

Valtteri Bottas: 7

O finlandês mostrou um bom ritmo nos treinos e parecia poder obter uma boa posição para a grelha de partida. Acabou por sair do 14º posto, colocando-o na zona mais discutida do pelotão. A luta pelos últimos lugares pontuáveis foi sempre animada e Bottas tinha vários adversários. Depois do seu esforço, para aquele que seria o 9º lugar da classificação, foi batido quase em cima da linha de meta por Stroll num carro mais performante do que o seu. Ainda assim, foi mais um ponto que somou, assim como a sua equipa que passou a Haas no campeonato. 

Oscar Piastri: 7

Pierre Gasly: 6

Lando Norris: 7

Yuki Tsunoda: 6

Nico Hülkenberg: 6

Zhou Guanyu: 5

Kevin Magnussen: 5

Nyck de Vries: 4

George Russell: 6

Logan Sargeant: N/A

Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images/Red Bull Content Pool

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