Fórmula 1: Ponto de ‘viragem’ foi o GP da Alemanha

Já muito se disse sobre o que tem levado a Ferrari, e especialmente Sebastian Vettel, a perder o ’embalo’ que chegou a ter face à Mercedes. Até ao GP da Grã-Bretanha, as coisas foram mais ou menos equilibradas, Vettel saiu dessa corrida oito pontos na frente de Hamilton, mas logo a seguir deu-se, o que nos parece ser o ponto de viragem deste Mundial de F1, o GP da Alemanha…

Dificilmente alguém poderá apontar que Lewis Hamilton tem o carro mais competitivo do plantel ao seu dispor, sobretudo a partir do Grande Prémio da Grã-Bretanha, vencido por Sebastian Vettel, mas a verdade é que desde então, o piloto da Mercedes triunfou em quatro corridas, contra apenas duas do seu rival.

Após a prova de Silverstone o piloto da Ferrari estava no topo da classificação com oito pontos de vantagem sobre o seu rival e, com o ascendente competitivo da equipa transalpina face aos ‘Flechas de Prata’, parecia ter tudo para se encaminhar para o seu quinto cetro.

Mas, desde então, o alemão só conseguiu triunfar por mais uma vez, tendo mesmo perdido uma vitória que parecia ter no bolso, quando se despistou quando estava no comando do Grande Prémio da Alemanha, entregando o degrau mais alto do pódio a Hamilton, que assim ascendeu ao topo do Campeonato de Pilotos.

Depois disso, só no Grande Prémio da Bélgica Vettel conseguiu recuperar pontos face ao seu adversário. Manifestamente pouco para a montanha que tem de escalar.

Para além disso, nas últimas seis corridas, sempre que não venceu, Hamilton terminou em segundo, conseguindo minimizar os danos, muito embora não tenha o carro mais rápido do plantel. Por seu lado, o piloto da Ferrari, quando teve de se vergar perante o seu adversário, só uma vez terminou em segundo, tendo ficado arredado duas vezes do pódio, num dos casos nem sequer pontuou, no seguimento do seu despiste em Hockenheim.

Para termos uma ideia do desafio que Vettel terá de suplantar, se o alemão vencesse todos os seis Grandes Prémios ainda por disputar e Hamilton terminasse sempre em segundo, o alemão seria Campeão Mundial este ano por apenas dois pontos.

Se olharmos para o que se passou ao longo da temporada, percebemos que vencer seis corridas consecutivas será quase uma impossibilidade para qualquer piloto, portanto, Vettel terá de esperar um problema do seu rival na luta pelo título para se recolocar no mesmo plano deste.

O problema do alemão é que, o inglês tem-se mostrado irrepreensível, assente numa equipa que, depois dos erros do início da temporada, tem mostrado ter uma fiabilidade de decisões notável, o que não abona a favor de Vettel que poderá ter de ver Hamilton a rumar para o seu quinto cetro, passando a assumir-se como o piloto atividade com mais títulos.

Contudo, nada disto é ‘líquido’, como bem sabemos, tanta coisa ainda pode suceder. Veja-se em 2016, quando o motor do Mercedes de Lewis Hamilton estou na Malásia, deixando Rosberg com o caminho aberto para o título. Desde aí, o inglês venceu quatro das cinco corridas, mas a gestão de Rosberg valeu-lhe o título.