F1: Renault vai de férias com poucos motivos para sorrir

Foi mais um fim de semana negativo para a Renault que ficou pela segunda corrida consecutiva fora dos pontos.

A cenário tornou-se ainda mais negro, pois a Toro Rosso ultrapassou a equipa francesa na tabela classificativa e a McLaren está já a alguma distância. Há muito para repensar e muito a melhorar, como afirmou Nico Hulkenberg:

“É difícil”, disse Hulkenberg ao RaceFans.net. “Estamos obviamente muito abaixo das nossas expectativas e dos nossos alvos. Acho que devemos colocar-nos algumas perguntas sérias e analisar algumas coisas internamente. Mas tem havido muito mais momentos baixos do que altos, infelizmente.“

Hulkenberg disse que a equipa deve questionar-se sobre “como fazemos as coisas e o que conseguimos nos últimos 18 meses com o carro. O que temos feito e o facto de não ter tido o efeito desejado. Devemos entender como faremos isso no futuro para garantir que as actualizações realmente tragam algum rendimento e nos levem para a frente.”

A Renault não tem passado disto… promessas por cumprir. Se no primeiro ano o plano foi realista, enquanto se criavam as bases para uma equipa forte, desde então a Renault tem prometido muito e feito pouco. Primeiro veio a questão do motor e da falta de fiabilidade. Logo a seguir a falta de qualidade do chassis. Se a parte do motor parece estar mitigada, vendo o que a McLaren tem feito, o chassis continua longe do desejável. Cyril Abiteboul afirmou que a contratação de Daniel Ricciardo iria aumentar a responsabilidade da equipa, e embora não se esperasse que os franceses lutassem com as equipas da frente, o mínimo seria estar na frente do “campeonato B”. Nem isso tem acontecido e a evolução do carro tem sido lenta e ineficaz.

A Renault tem uma das melhores duplas de pilotos da F1 que não está a aproveitar. Pior que isso está constantemente a fazer menos do que prometeu. É preciso pensar bem reformular muita coisa na Renault… algo que também tem acontecido com alguma frequência. Os próximos meses podem ser muito importantes para o futuro da equipa. A F1 precisa de uma Renault mais forte e a equipa tem capacidade para fazer mais. Mas falta algo que impede a evolução e que está a custar caro à estrutura. São necessárias respostas e de forma rápida.