F1, James Vowles: Logan Sargeant “merece claramente uma nova oportunidade”

Por a 4 Janeiro 2024 17:18

Logan Sargeant terá mais uma temporada para mostrar o que vale na Fórmula 1, uma segunda oportunidade depois de um ano de estreia que não correu bem, não é muito normal nesta disciplina, mas o piloto norte-americano conseguiu. Considerando James Vowles que o que aconteceu a Sargeant foi falta de preparação normal nos ‘rookies’ de hoje em dia, o responsável da estrutura de Grove gostou de ver uma melhoria na fase final da temporada. 

Não é habitual, com um nível de prestações como as que apresentou Logan Sargeant, ser reconduzido como piloto principal, mas há várias razões que levaram a equipa britânica a manter o norte-americano, revelou James Vowles, chefe de equipa da Williams. 

Começando por afirmar Vowles, em declarações no podcast KTM Summer Grill, do canal de YouTube da publicação Speedcafe, que ao contrário do passado, quanto as equipas podiam dar “cerca de 30.000 quilómetros de testes com um piloto antes de sequer pensar em colocá-lo no carro de corrida”, os estreantes têm muito menos preparação antes de saltar para dentro de um monolugar de F1. “Tempo e experiência suficientes” para poderem perceber os seus limites e os dos carros, acrescentou o responsável da Williams, “porque entre outra série de desportos motorizados e esta, o salto é enorme”. Além disso, “os pilotos precisam de tempo para extrair tudo dos pneus”, um ponto importante, disse Vowles, uma vez que é necessário “colocar os quatro pneus a poucos graus da sua temperatura ideal – a janela é de apenas quatro ou cinco graus – enquanto tentam manobrar um carro a 300 quilómetros por hora num circuito”. 

Foi este cenário que Logan Sargeant enfrentou no seu ano de estreia, tendo que se integrar na competição com um carro que tinha alguns pontos fortes, mas com o passar da temporada e com a falta de desenvolvimento da equipa, passou a não ter os mesmos desempenho no final do ano, altura em que o piloto estava melhor preparado. “Começou o ano realmente muito forte”, observou Vowles. “Penso, e disse-lhe isso mesmo, que pode ter sido um pouco isso que o fez desconcentrar. Talvez tenha ficado demasiado confiante de que tudo iria correr bem. No Barém, qualificou-se com Lando [Norris], dentro do mesmo milésimo de segundo, na Arábia Saudita fez uma volta que foi mais rápida do que Alex [Albon], mas apagada por limites da pista”. Foi nessa altura, que o chefe de equipa da Williams pensa que o piloto começou a destabilizar, em resultado de erros normais de um estreante, que passou a exagerar na condução do monolugar e a não conseguir tirar o máximo partido do seu potencial. 

“Isso aconteceu ao longo de toda a época até começarmos a aproximar-nos do fim”, revela Vowles. “Depois, na altura de Suzuka, passamos a ver um Logan diferente”. Passando a ter um “desempenho em qualificação ao nível do Alex para as especificações do carro que tinha”, Sargeant passou a não “exagerar na condução, controlando o que estava a fazer”, somando o seu único ponto no GP dos EUA, pelo “facto de não ter deitado tudo a perder para tentar subir uma posição, mantendo-se concentrado em pista, sem exceder os limites [de pista], um trabalho sólido”, salientou Vowles.

Novamente no seu país de origem, Logan Sargeant conseguiu qualificar-se para a corrida do GP de Las Vegas, “dentro do mesmo décimo [de Albon]”. O responsável da Williams explicou que a partir desse ponto, o ritmo do piloto melhorou, mas numa altura em que o desempenho do FW45 caiu, não sendo possível lutar por pontos. 

“Este é o meu resumo de Logan, mas também ajuda a entender porque merece claramente uma nova oportunidade”, concluiu James Vowles.

Foto: Williams Racing

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leandro.marques
4 meses atrás

Ao tentar justificar a sua decisão acabou por revelar aquilo que tenho vindo a dizer algumas vezes. O carro do Capito – que já era um pessimo chefe de equipa – garantia ou conseguia lutar minimamente pelos pontos. Pela decisão do atual chefe de equipa, o carro tornou-se mau e só Albon conseguiu limpar a face das más decisões que este senhor foi cometendo. A decisão de meter o sargeant num carro foi de Capito, o que embora me tivesse custado até consegui compreender porque era júnior da equipa. Mas a decisão de o manter ao volante já é dele.… Ler mais »

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