F1: Exemplo da McLaren serve de estímulo à Mercedes para lutar pelo título em 2024

Por a 30 Agosto 2023 16:29

A Red Bull continua com uma larga vantagem para as equipas adversárias, como vimos nos Países Baixos, mas Christian Horner continua a afirmar que as equipas se vão aproximar, desta vez apostando que nos próximos 12 a diferença entre todos os concorrentes será menor. 

Em declarações à publicação PlanetF1.com. Horner realçou que o facto de ainda não existir o próximo regulamento técnico para os chassis – que está em discussão para ser depois ser aprovado a tempo de entrar em vigor em 2026 – e a estabilidade do atual, fará com que as equipas consigam retirar cada vez mais dos seus monolugares e isso levará, na opinião do responsável da Red Bull, ao aproximar de todas as equipas. 

No entanto há quem não pense assim. Charles Leclerc contraria esta tese, afirmando que até 2026 a Red Bull não terá adversários à altura, algo que, como já demos conta numa outra situação, Carlos Sainz espera que não aconteça. 

Parece que Leclerc tem, pelo menos publicamente, uma opinião contrária à maioria dos elementos do paddock da F1. Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista da Mercedes, está otimista quanto ao futuro da sua equipa. O engenheiro da estrutura de Brackley deu como exemplo o bom trabalho de desenvolvimento recente da McLaren para mostrar que as equipas podem aproximar-se muito rapidamente da Red Bull. Apesar da sua equipa ainda não o ter feito com sucesso, pelo menos para lutar por vitórias em corrida. “A nossa ambição é lutar pelo campeonato no próximo ano, por isso estamos otimistas. Se olharmos para o passo que a McLaren deu, isso mostra que é possível dar grandes passos e que ainda estamos a perceber muito sobre estes regulamentos”, explicou Shovlin em Zandvoort.

Apesar do engenheiro salientar que fizeram “algumas alterações bastante significativas no design do carro e isso está a aumentar um pouco a performance aerodinâmica, por isso continuamos a encontrar um bom desempenho no W14”, Toto Wolff não ficou contente com o que se viu dos seus carros no GP dos Países Baixos. 

Depois de uma corrida em que a Mercedes tomou más decisões estratégicas, Wolff estava desiludido não apenas pelo que aconteceu em Zandvoort no domingo. “Tivemos problemas em tudo”, disse Wolff. “Com piso molhado, em condições mistas ou em piso seco, o carro é muito, muito difícil de conduzir. É rápido, imprevisível, mas se o conseguirmos colocar num ponto ideal, o carro é rápido, e vimos isso com o George [Russell, na qualificação]”, acrescentando que “temos de olhar para a diferença para o Max [Verstappen]. É algo que temos de reduzir. Sete décimos são sete décimos”.

Não tendo sido fácil para a Mercedes ter visto Fernando Alonso, Pierre Gasly e Sergio Pérez terminarem à frente de Lewis Hamilton, Toto Wolff sugeriu o mesmo que Shovlin. Para o austríaco a diferença entre Red Bull e os adversários não acontecem “porque uma equipa e um piloto estão a fazer um trabalho muito melhor do que qualquer outro. Temos de reconhecer que nos cabe a nós encontrar soluções que nos façam dar um passo em frente, até um certo ponto, porque sete décimos não é algo que se encontre de uma corrida para outra. Vimos isso com a McLaren, que com uma atualização, basicamente, mudou consideravelmente os seus níveis de desempenho e o mesmo aconteceu com a Aston Martin durante o inverno, por isso é possível e depende de nós chegarmos lá”.

Quem vai dar o maior ‘salto’ qualitativo, depende muito do trabalho nas fábricas. Do lado da McLaren, e depois da Aston Martin parecer ter acertado com os componentes introduzidos antes das férias de verão para regressarem ao pódio, planeia-se a introdução de “mais melhorias, que é o que planeamos fazer nas próximas corridas”, revelou Andrea Stella, admitindo que o pacote atual do MCL60 “não é suficiente” para desafiar a Red Bull.

Foto: Jiri Krenek/Mercedes

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