F1: Alfa Romeo mostra o novo C43

Por a 7 Fevereiro 2023 09:37

A Alfa Romeo é a quarta equipa a mostrar ao mundo as novas cores para 2023 e se até agora as novidades têm sido escassas, a Alfa Romeo fez questão de apimentar as coisas com uma decoração mais arrojada do novo C43, o monolugar para a época 2023.

Agora com Andreas Seidl ao leme da equipa, a Alfa Romeo entra no último ano de reinado, com a Sauber a preparar a entrada da Audi. É uma fase de transição com muitas mudanças, mas também de alguma estabilidade, com as peças-chave da engrenagem a não mudarem muito, como a dupla de pilotos, que se mantém.

História rica

A história da Sauber é rica e remonta a 1970, aquando das primeiras aventuras da estrutura suíça nas rampas. A evolução levou a equipa para as corridas de resistência, onde se destacou, até chegar à F1 em 1993. Desde então que a equipa tem vivido altos e baixos, algo comum nas equipas de F1, ainda mais em estruturas privadas. Na sua história já conta com diversas parcerias, nomeadamente com a Mercedes, numa reedição da bem sucedida aliança no endurance no começo da aventura da F1, seguindo-se um novo acordo com a Red Bull, chegando a famosa parceria com a BMW que foi a que mais aproximou a equipa do sucesso de 2006 a 2009. De 2010 a 2018 manteve-se como Sauber e em 2019 recebeu a Alfa Romeo que passou a dar o nome à equipa, sempre com o apoio da Ferrari que fornece atualmente os motores.

A Aliança com a Alfa Romeo veio num momento importante da equipa que, após ter mostrado alguma competitividade nos últimos anos da era V8, teve dificuldades em encontrar o seu rumo na era híbrida. As dificuldades financeiras e o ritmo fraco dos carros, aliados a alguns casos judiciais, motivaram um período em que a Sauber parecia destinada a não sair do fundo da tabela. Mas em 2019 a Alfa Romeo quis investir na F1 e aliou-se à equipa, com o apoio da Ferrari, que passou a ser uma peça importante dessa engrenagem, fornecendo motores e algumas peças, num acordo em que a Scuderia tinha direito de escolha num dos lugares da equipa. Foi nessa altura que Frédéric Vasseur entrou na equipa e travou um acordo que estava alinhavado com a Honda para reforçar os laços com a Ferrari. Vasseur entrou em 2017 e em 2018 conseguiu atrair a Alfa Romeo, com a equipa a chamar-se Alfa Romeo Sauber nesse ano, em que recebeu um tal de Charles Leclerc, que se destacou logo nas primeiras corridas. Em 2019 o nome Sauber caiu, mas a estrutura diretiva manteve-se inalterada. Ou seja, tudo se mantinha igual, apenas a Alfa Romeo tinha o nome em exclusivo. Foi nesse ano que Kimi Raikkonen entrou na equipa e aí se manteve até 2021.

A equipa apostou forte na nova era e no ano passado, depois da saída de Raikkonen, apostou noutro finlandês: Valtteri Bottas. Se Leclerc teve Marcus Ericsson como colega de equipa em 2018, de 2019 até 2021 a dupla Raikkonen, Antonio Giovinazzi manteve-se. Em 2022 vimos um corte radical com o passado, com a entrada de Bottas e do jovem Zhou Guanyu. A dupla que deu boa conta de si na época transata mostrou uma boa mistura de experiência e juventude e tem argumentos para manter a tendência positiva para este ano.

Uma nova era a começar

No ano passado ficou oficializada a entrada da Audi na F1 pela porta da Sauber. A marca alemã vai comprar progressivamente ações da equipa até se tornar acionista maioritária. Até lá, o trabalho de preparação está a ser feito com Seidl, vindo da McLaren, agora CEO da Sauber até 2026, ano em que voltará para as pistas para tomar conta das operações por perto. É assim uma despedida da Alfa Romeo e um primeiro “olá” à Audi. Alessandro Alunni Bravi é agora o representante da equipa, uma espécie de diretor que reporta diretametne a Seidl Jan Monchaux mantém-se como diretor técnico.

“Estou muito orgulhoso do que conseguimos nestes últimos meses, porque criar um carro novo é sempre um esforço grande da equipa”, disse o diretor técnico. “Este carro é uma evolução do ano passado, refletindo os novos regulamentos e introduzindo grandes mudanças nas áreas em que encontrámos melhorias necessárias. Espero que seja mais rápido do que o carro que tivemos no ano passado, isso é o que mais importa, e mais fiável também – colocámos um grande esforço nessa área. Agora, é altura de irá para a pista e ver como este carro funciona. Estou feliz por voltar às corridas e estou confiante de que em breve haverá muito mais a vir de nós”.

O C43 será lançado para o jogo oficial da EA Sports F1 2022, mesmo antes da versão real chegar à pista em Barcelona, ainda esta semana, na sexta-feira.

“Dar vida a um carro é um longo processo que toca todos os departamentos de uma equipa de corrida, por isso é um momento de grande orgulho vê-lo hoje revelado”, disse Alessandro Alunni Bravi. “Escolhemos fazê-lo em frente dos nossos fãs, perto da nossa casa, porque o lançamento de um novo carro não é apenas um momento para declarar os objetivos para a época que se avizinha – é também um momento para devolver às pessoas que o apoiaram, seja nas bancadas, em frente à televisão ou de volta à fábrica, e expressar a nossa gratidão pela sua paixão e pela sua crença no nosso projeto [O evento público foi realizado na Suíça]. O nosso novo carro é o resultado de meses de trabalho, mas hoje é apenas o início de uma viagem. Precisamos de continuar a trabalhar arduamente, com humildade e dedicação, para trazer o desempenho à pista. Todos na equipa estão empenhados neste objetivo e estou confiante de que iremos colher os frutos do nosso trabalho”.

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3 Comentários
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Cágado1
1 ano atrás

Estas apresentações não permitem muitas conclusões, mas aqui vão 2 comentários:

  1. Perde-se a decoração mais bonita de 2022. Patrocinadores a isso obrigam;
  2. Não entendo que continue com o ‘Santo António’ em espigão, depois do acidente do Zhou e das directivas da FIA sobre este assunto.
Patucho10
Patucho10
1 ano atrás

Adorei as novas cores do novo Alfa Romeo, simplesmente lindo ! Até ao momento o mais o carro mais bonito!

canam
canam
1 ano atrás

Todos os carros deste ano serão evoluções dos do ano passado. Mas só quando começarem os treinos do 1º GP é que as cartas serão mais visíveis. Este parece muito sofisticado dentro do que o regulamento permite. Mas esta equipa anda lá apenas a fazer número. Quando vier a Audi pode ser que a coisa mude de figura, mas é sempre muito dificil . O que é preciso é que mais equipas venham para este feudo fechado que é a F1.

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